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Quinta-feira,
24/5/2007
BarCamp, Florianópolis - II
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(Começa aqui...) A propósito dos debates, participei de dois. O primeiro, antes do almoço, versava sobre Propriedade Intelectual e Direito Autoral. Reunidos em uma das rodas na sala 301, todos se apresentaram pela segunda vez e a discussão começou por colocar os pingos nos is, a saber: Direito Autoral: direito (moral) da autoria, algo que, de certa forma, permanece como antes. Já Propriedade Intelectual é o direito (econômico) que garante exclusividade. Um dos participantes, com bastante ênfase, afirmou que a Propriedade Intelectual representava um entrave ao desenvolvimento econômico do país. Apesar do teor ideológico dessa sentença, os presentes fizeram valer seus pontos de vista e trouxeram outros, mais especificamente experiências pessoais, que ampliaram o âmbito da discussão. Tanto foi assim que o debate se encerrou apenas porque já tinha passado a hora do almoço.
Pouco mais de uma hora depois da pausa, foi a vez de um dos debates mais acalorados, posto que reuniu um grande número de participantes no auditório. Jornalismo Colaborativo. Jornalistas, blogueiros, professores e curiosos assistiram a um vídeo sobre o grande case do momento, o Ohmynews, com seu modelo ímpar de jornalismo participativo. Ana Maria Brambilla, que colabora com o site coreano (na sua versão em inglês), começou o debate com uma singular intervenção acerca do conceito de jornalismo participativo/colaborativo. Segundo ela, a simples participação do usuário não faz dele um jornalista, assim como não elimina a necessidade de um jornalista profissional dentro do processo informativo. Ainda assim, o envolvimento do usuário, e não somente nos jornais, tornou-se a tônica dominante daquela reunião e quase todos concordaram em continuar a discussão na sala 301.
A conversa, então, passou por vários temas: de Identidade em rede ao controle do ciberespaço (e olha que ninguém comentou naquele dia a proposta do senador Eduardo Azeredo para a internet), passando pela mediação nas colaborações dos usuários - e, ao final, uma pergunta que não foi totalmente respondida: por que, afinal, as pessoas interagem? Como bem escreveu Ana Brambilla em seu Libellus, longe de respondermos, evoluímos bastante na discussão.
De certa forma, as posições, ainda que bem distintas, marcaram o encontro, algo bem diferente das conferências e dos encontros tradicionais, onde se busca efetivamente um consenso. Definitivamente, o consenso não é algo que combina com a internet, muito menos com o BarCamp, que tem na intervenção dos seus participantes o seu traço mais fundamental.
Postado por Fabio Silvestre Cardoso
Em
24/5/2007 às 16h30
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