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Quarta-feira,
7/11/2007
Os premiados da Mostra
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Em meio a homenagens, entrega de prêmios e discursos emocionados, a 31ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo chegou ao seu fim com um apelo, feito pelos próprios organizadores do evento. Leon Cakoff e Renata de Almeida pediram às autoridades que se revejam os critérios de circulação de cópias de filmes no Brasil, que, por conta de pura burocracia, deixou fitas apreendidas na alfândega. "Esse tipo de coisa prejudica não somente a Mostra como a imagem do nosso país lá fora", salientou Cakoff.
A cerimônia de encerramento aconteceu no Memorial da América Latina na última quinta-feira, dia 1º de novembro. Com apresentação de Serginho Groissman e Marina Person, o evento começou com homenagens a dois cineastas: ao chinês Jia Zhang-ke, que levou o prêmio (atrasado) de melhor filme da 29ª Mostra (por O mundo) e ao israelense Amos Gitaï, que levou o Prêmio Humanidade pelo conjunto de sua obra (entre os filmes, Kippur - O dia do perdão e A Retirada, exibido nesta edição).
O primeiro prêmio desta edição foi ao longa francês A questão humana, de Nicolas Klotz, escolhido como o melhor pela crítica. A venezuelana Mariana Rondón levou o prêmio do júri de revelação e o Prêmio da Juventude, por seu filme Postales de Leningrado. Já o público preferiu Into the wild, de Sean Penn, e Persépolis, de Marjane Satrapi e Vicent Parannaud, como melhores filmes estrangeiros de ficção.
O público escolheu também, como melhor longa brasileiro de ficção, Estórias de Trancoso, de Augusto Seva, que dedicou o prêmio aos não-atores do filme, no elenco formado pela própria população local. Entre os curtas-metragens, o júri escolheu O crime da atriz, de Elza Cataldo, como o melhor brasileiro.
Entre os documentários, se destacaram O filme da rainha, do argentino Sergio Mercúrio, que levou o prêmio de melhor documentário estrangeiro votado pelo público. Na mesma categoria, só que entre as produções nacionais, Pindorama - A verdadeira história dos sete anões, de Roberto Berliner, Leo Crivalara e Lula Queiroga, foi o premiado. Os três diretores também ficaram com o prêmio TeleImage de finalização, que dá direito a 30 horas de telecine off-line (transformação do filme de 35mm para digital), 15 minutos de transfer (passagem da imagem digital para película 35mm) e 60 horas de edição de som.
O vencedor do prêmio especial do júri oficial da Mostra ficou com o cineasta polonês Andrzej Jakimowski, por Truques. Outro destaque do júri foi à atriz Carla Ribas, que levou o prêmio de melhor atriz por seu trabalho no filme A casa de Alice. Mas a platéia realmente ferveu quando foi entregue o troféu Bandeira Paulista a Enrique Fernández e César Charlone, pelo filme O banheiro do Papa, escolhido pelo público como o melhor filme da Mostra.
O evento se encerrou com a pré-estréia do novo filme dos irmãos Joel e Ethan Coen, Onde os fracos não têm vez. Porém, como em todos os anos, a Mostra, mesmo depois de realizar a cerimônia de encerramento, faz uma reapresentação dos filmes que tiveram mais sucesso com o público e crítica. As exibições vão até amanhã, 8 de novembro.
Para ir além
31ª Mostra de Cinema Internacional de São Paulo
Postado por Débora Costa e Silva
Em
7/11/2007 às 13h38
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