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Terça-feira,
29/3/2005
Moacir
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Estava tomando café na Fnac quando o telefone tocou. Número desconhecido. Atendi.
- Alô?
- Alô, Moacir?
Muito bem. A maior parte das pessoas diria que, a não ser que você se chame Moacir, a resposta correta deve ser:
- Não, acho que você se enganou.
Então a outra pessoa diz "Ah, desculpe", ou "Que cabeça, a minha!". Você responde "Não foi nada", ambos desligam e pronto.
Pessoas que pensam assim não sabem se divertir. Eu, por exemplo, a despeito de me chamar Marco Aurélio, respondi sem hesitar:
- É ele.
- Ô, rapaz! Você vem pra cá?
- Peraí. Quem tá falando?
- O Eduardo, Moacir.
- Ô, Edu! Que bom que você ligou, já ia ligar pra você.
- Pois então, você vem pro clube?
- Ah, Edu, não sei. Essa chuva...
- Deixa disso, rapaz! A moça tá aqui, já tá tudo acertado.
- Hum. Tudo acertado?
- Tudo, tudo!
- Tem certeza, Edu? Cê cuidou do negócio todo e tal?
- Opa, claro!
- Tá bom. Então tô indo, me espera aí.
- Ok. Tô aqui na frente da Blockbuster. Você demora?
- Acho que levo uns quarenta minutos, tá um trânsito danado.
- Ah, tudo bem. Tô te esperando.
- Mas tá com a moça, né?
- Tô sim.
- Vê lá, hein Edu?
- Ô, Moacir, eu alguma vez já te deixei na mão?
- Hehehe. Espera aí, tô saindo agora mesmo.
- Tá legal. Até mais.
- Até. Abraço, Edu.
Imagino que deixei um Edu e uma moça esperando debaixo de chuva, enquanto um Moacir em algum lugar da cidade esperava por uma ligação a respeito da moça.
A vida pode ser divertida, às vezes.
Marco Aurélio dos Santos, no Jesus, me chicoteia!, via Copy & Paste.
Postado por Julio Daio Borges
Em
29/3/2005 às 08h45
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