BLOG
>>> Posts
Quarta-feira,
18/5/2005
Como se faz um best-seller
+ de 1600 Acessos
[Quantos livros você já vendeu desde que começou a escrever?] Não sei dizer exatamente, mas quando lancei 100 Quilos de Ouro, um site de literatura fez as contas e calculou que eu havia vendido mais ou menos 2,5 milhões. A Ilha vendeu uns 600 mil exemplares no Brasil e mais alguma coisa no exterior; Olga vendeu 1,2 milhão; Chatô vendeu 250 mil; Corações Sujos vendeu 170 mil. 100 Quilos de Ouro vendeu 30 mil. A Ilha voltou a vender agora e também acaba de sair uma edição de Olga na Itália, pela editora Il Saggiatore.
* * *
Olha, eu me considero uma pessoa mediana. Acho que aquilo que me interessa, me chama atenção e seduz, também seduz a maioria das pessoas. Claro, assim como eu, esse leitor se interessa por coisas desconhecidas, como a história do Shindo-Remei.
Se o assunto não me seduz, não me tira o fôlego, também não vai tirar o do leitor. E eu escrevo para ser lido, não para uma auto-realização privada, nem para os meus amigos lerem. Escrevo para ser lido pelo maior número de pessoas possível. O fato disso se traduzir em vendas é bom, é saudável.
Agora, não faço concessão, não escrevo livro "para vender", do tipo "faz tal coisa que vai vender muito". Não, não faço isso. Acho que uma das poucas vantagens de se fazer uma carreira solo é a sua independência. Poder dizer, faço isso e não faço aquilo. É um privilégio que você não tem na redação de um jornal, numa revista, em lugar nenhum.
* * *
(...) o jornalismo investigativo já não cabe mais nos jornais. Acabou. Olha a Veja. Uma revista da importância que tem, e dois terços das suas capas são temas de comportamento. Temas como menstruação, depressão, sei lá! Ou então pense numa publicação como a Revista da Folha. Podia ser a grande revista de reportagens de São Paulo. Há personagens maravilhosos nessa cidade, como o delegado Giudice, da Divisão Especial Anti-seqüestro, que eu apresento no livro sobre a W/Brasil. Mas não... a revista fica naquelas coisas...
Nos países da Europa, as revistas dominicais dos jornais estão abalando as demais revistas justamente pela força das suas reportagens. Estão colocando em cheque a imprensa semanal. A revista de El País é excelente! Se você pensar bem, tudo dá matéria.
Fernando Morais, em entrevista ao mesmo site, o Trópico.
Postado por Julio Daio Borges
Em
18/5/2005 às 17h03
Quem leu este, também leu esse(s):
01.
Regina Dalcastagné em BH de Ana Elisa Ribeiro
02.
The Sharing Economy de Julio Daio Borges
03.
O Homem Perfeito: eu, eu, eu de Yuri Vieira
04.
Passarinho do Twitter de Rafael Rodrigues
05.
Detesto multidão de Julio Daio Borges
* esta seção é livre, não refletindo
necessariamente a opinião do site
|
|
|