Acordo sonolenta, preocupada com tudo que tenho que fazer. Um pouco mais tarde do que gostaria.
Faço café. Tomo uma caneca, daquelas que deixam meu pai extremamente preocupado com o bom funcionamento dos meus órgãos vitais.
Computador ligado, abro a caixa de e-mails e me pré-desespero com o trabalho que tropeça em vez de andar.
Tomo mais café. Quando me dou conta, vejo que já sequei um bule inteiro.
Em poucas horas, percebo que estou esfuziante e com mãos ligeiramente trêmulas. Mais empolgada com o trabalho, pelo menos.
Almoço creme de legumes, "pra desintoxicar". O trabalho finalmente anda, e cafeinada no último, vou pro sofá ler um pouco.
Mais umas horinhas depois, e o trabalho engasgando voltando a andar, como uma colherzinha de doce de leite, pra liberar endorfinas. Tenho a impressão de acabei de reintoxicar tudo que eu desentoxiquei na hora do almoço.
O corpo humano é uma máquina maravilhosa. O que será que acontece se eu tomar um gole de conhaque?
Eu também amo jornalismo. Mas não amo alguns meios de comunicação, tendenciosos, comprados, nem jornalistas que falam, às vezes de forma maliciosa, tendenciosa também, e não vão para a cadeia por ofender a moral de alguém de forma leviana. Parei de ler jornais. Só recomeço quando o jornalismo brasileiro (com raras exceções) parar de fazer fuxico ao invés de jornalismo honesto.
Eu não posso me definir... Eu gosto de telejornais. Pronto. As vinhetas me encantam, os apresentadores me transmitem segurança, gosto de cenários em redações, acho que monitores e telões têm tudo a ver com jornais, e as bancadas são 25% do jornal. Ah, esqueci de dizer duas coisas. A primeira, nem precisava falar, é que vou ser jornalista. A segunda é que os erros dos jornais me divertem...