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Sábado,
2/5/2015
Blog de Rita de Cássia Oliveira
Rita de Cássia Oliveira
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No portal da escolha
A memória que está antes da escrita
Trás lembranças das tranças dos caminhos olvidos
Em quantos anos meu Deus?!...
Agora,
A memória irrompe afora
No labirinto
Que se entranham segredos
Gradeados em fosso
Buraco sem medida
Do fim.
As grades guardam
Gritos
Sussurros
Insultos
Pragas Jogadas no tempo da vida
Atravessam gerações
Ações escoadas naquele tempo imemorial
De antigos preceitos e orações
Que interferem no presente
Como transversais do passado ao futuro>
Construídas pela maldade
De não deixar ser
Aquela que se é
Mas
Eu sou o que sempre quis Ser
No âmago da vida que se tece em histórias
Reveladas em Musas da Poesia
Um dia
Talvez
Eu conte de mim em Romance.
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Postado por Rita de Cássia Oliveira
2/5/2015 às 15h07
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Existência Errante
Intróito
Avoé Musas!!!
Esse corpo bomba?
Bomba.
E bambeia a beira do só
Que sou em si
Só
Mesmo em frente de mim
Em solidão necessária
Em solilóquio
No som do vento que faz as árvores
Que arboram a sacada da minha morada
No alto do espaço da minha medida.
Eu!!!
E os pássaros cantam na música do vento.
O quanto preciso de mim Assim
Só
Em sintonia da plenitude de existir
Na querela da vida em meio a tantas outras vidas.
O rosto
No espelho que não é meu
Mas
Necessário a mim
Pois
Eu
Sou
O avesso de mim
No outro
Lado do rosto
Esquerdo ou direito
Ensimesmado na unidade do estilhaço
De múltiplos caminhos iluminados
A serem escolhidos pela verdade
Que extraio
Da errância que assumo
Para ser que Sou!!!
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Postado por Rita de Cássia Oliveira
1/5/2015 às 17h07
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SOLIDÃO
À frente, o precipício se afunda no sem fim do oco do mundo. A visão assombrada do poço no meio do mundo inunda as pupilas dos meus olhos, deixando-as dilatadas de admiração! O fundo do poço reflete a saída que se alarga para o universo... O fundo do poço reflete o teto do mundo, um caleidoscópio de múltiplas formas
E eu, no alto do penhasco, no meio do universo, entre o fundo do poço e o teto do mundo!
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Postado por Rita de Cássia Oliveira
19/4/2015 às 09h50
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JULIANA
Impenetrável, o olhar de sonhos de Juliana. Em qual época aquela mulher colocara a sua existência? Era uma pergunta tácita que toda a aldeia se fazia ao vê-la passar todos os dias, nas primeiras horas da manhã, com o envelope branco entre dedos, a dirigir-se ao cais. Quem era Juliana?... Aquela moça de tez morena e longos cabelos cacheados que prendada, há alguns anos passados iniciava os pequenos da aldeia às letras e aos números...
A carta é colocada lentamente sobre as ondas do mar!
- Mar de segredos meus ... levas notícias ao meu amor .... contas a ele que ainda aqui estou... Filipe! Meu amor!
O murmúrio faz parar o tempo e o destino atemporal daquela mulher na eterna espera do homem amado. Juliana vive para a espera, pacientemente tece o dia que enxergará Filipe descer do barco "Andorinha", com o dorso queimado de sol, a lhe abrir os braços musculosos de pescador.
A muitos mares daquela aldeia, na capital do Estado, um moço descarrega peixes dum barco.
Na beira do porto, uma jovem com gravador na mão encaminha-se a ele e diz:
- Bom dia, sou jornalista e estou fazendo uma matéria sobre barcos, você quer me conceder uma entrevista?
O moço para. E ironiza. Com olhar aguçado, diz silabicamente:
- Antes conto uma história de pescador!.
Rapidamente ela liga o gravador e ouve atenta:
- A muitas praias daqui, tem uma linda mulher que todos os dias manda uma carta para mim pelo mar.... Na sua aldeia todos pensam que ela é louca...
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Postado por Rita de Cássia Oliveira
4/3/2015 às 11h37
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JULIANA
Impenetrável, o olhar de sonhos de Juliana.
-Em qual época aquela mulher colocara a sua existência? Era uma pergunta tácita que toda a aldeia se fazia ao vê-la passar todos os dias, nas primeiras horas da manhã, com o envelope branco entre dedos, a dirigir-se ao cais.
-Quem era Juliana?... Aquela moça de tez morena e longos cabelos cacheados que, prendada, há alguns anos passados iniciava os pequenos da aldeia às letras e aos números...
A carta é colocada lentamente sobre as ondas do mar!
- Mar de segredos meus ... levas notícias ao meu amor .... contas a ele que ainda aqui estou... Filipe! Meu amor!
O murmúrio faz parar o tempo e o destino atemporal daquela mulher na eterna espera do homem amado. Juliana vive para a espera, pacientemente tece o dia que enxergará Filipe descer do barco "Andorinha", com o dorso queimado de sol, abrir-lhe os braços musculosos de pescador.
A muitos mares daquela aldeia, na capital do Estado, um moço descarrega peixes dum barco.
Na beira do porto, uma jovem de gravador em mão encaminha-se a ele e diz:
- Bom dia, sou jornalista e estou fazendo uma matéria sobre barcos, você quer me conceder uma entrevista?
O moço para. E ironiza. Com olhar aguçado, diz silabicamente:
- Antes conto uma história de pescador!.
Rapidamente ela liga o gravador e ouve atenta:
- Há muitas praias daqui, tem uma linda mulher que todos os dias manda uma carta para mim pelo mar.... Na sua aldeia todos pensam que ela é louca...
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Postado por Rita de Cássia Oliveira
4/3/2015 às 11h37
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Julio Daio Borges
Editor
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