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Quarta-feira,
6/9/2017
O Blog do Pait
Felipe Pait
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Dinheiro não tem cheiro
Me corrijam se entendi errado:
O Janot queria se posicionar de isentão, e armou uma delação unilateral contra a gangue do Temer. O açougueiro gostou da ideia de proteger seu patrono Lula, e o Facchin aceitou a delação parcial, por uma mistura de indignação, ingenuidade, e parcialidade. O delator se sentiu tão à vontade e certo da impunidade que gravou a si próprio contradizendo a delação e implicando a orcrim do Lula. O Janot não teve outro caminho que fazer o resto da denúncia.
Totalmente fulanizado, "O" sicrano, "O" beltrano, mas política agora está só nisso. Dúvida: o $ do Geddel era o troco do roubo enquanto ministro durante o governo Temer, durante o governo Dilma, ou durante o governo Lula? Isso nunca se vai saber, $ não tem cheiro.
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Postado por Felipe Pait
6/9/2017 às 10h11
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Como terminará o desgoverno Trump?
Brasil EUA
3 x 1 ------ Golpe
2 x 1 ------ Impeachment
4 x 4 ------ Morte morrida
2 x 4 ------ Morte matada
Uma possibilidade para os EUA é seguir o caminho onde já tem liderança, a morte matada. Outra é o golpe, onde a liderança brasileira continua inconteste. O médico particular do assim-chamado presidente afirma que ele tem a melhor saúde do mundo, o que indica que a morte por causas naturais também é uma possibilidade. Mas o impeachment pelo congresso seria lento demais, por causa da pusilanimidade do partido Republicano.
Palpito uma combinação: golpe executado pelos únicos membros atuantes do gabinete, os militares, empregando a emenda 25.
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Postado por Felipe Pait
24/8/2017 às 09h51
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Petista atacando o fim do Ciência sem Fronteira
Petista defendendo o ciência sem fronteiras. Minhas respostas.
As quantias foram enormes, e o programa não atendia a nenhuma necessidade bem especificada do país. Os estudantes foram enviados a esmo, pelos acasos da burocra da Capes, sem consideração nem aos interesses dos estudantes e às capacidades das universidades estrangeiras e nacionais. As verbas foram gastas sem nenhum critério: o exemplo mais óbvio é que as universidades americanas foram pagas pelo valor "cheio" das taxas de matricula, que poucos estudantes pagam, sem nenhuma negociação, que certamente teria sido possível considerando o volume de recursos.
Alguns alunos se beneficiaram - bom para eles, mas não justifica o mau emprego de recursos. Sempre vai ter algum argumento imbecil dizendo que se uma pessoal ganhou vale a pena ter gasto dinheiro de centenas de milhões - mas o total geral foi um festival de incompetência promovido pelas autoridades.
Clareza total já há. 15 anos de orçamento do CNPq gastos sem nenhum critério. Agora o CNPq está sem $, comprometendo a continuidade da pesquisa futura no país. Faria mais sentido colocar as verbas no banco como precaução contra dias futuros nebulosos.
Beneficiados houve, mas foi um desperdício monumental.
Não é unanimidade - tipo "tem um gajo que não acredita em mudanças climáticas mas acredita em homeopatia, então ele está certo e os 99.9% dos cientistas que têm opinião contrária a ele estão errados".
Não é opinião - as bolsas eram dadas sem atenção para as demandas da comunidade científica, sem cuidado em relacionar as ofertas das universidades estrangeiras com os interesses dos bolsistas. Os dispêndios foram exorbitantes - o programa pagava taxas de matrícula muito superiores àquelas pagas pelo estudante americano em média. As instituições de destina não eram sempre as mais adequadas ou de qualidade superior às instituições de origem.
O CNPq sustenta a pesquisa no Brasil fora do estado de S Paulo, que tem também a Fapesp. É indispensável. Informe-se com qq cientista.
15 anos de orçamento do CNPq gastos sem nenhum critério. Indefensável.
As agências de financiamento são indispensáveis para a ciência nacional. O orçamento total é finito.
Não há justificativa para gastar 15 anos de orçamento das agências num programa sem critérios bem definidos, que não atende a necessidades da comunidade científica nacional, e com estrutura administrativa mal concebida e ineficaz.
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Postado por Felipe Pait
4/7/2017 às 08h42
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Estou com pena dô6 que não são corintianos.
Torcedores tucanos, petistas, republicanos, democratas, trabalhistas, tories, gaullistas, socialistas, todos só têm visto os times contratarem bandidos, perderem eleição, e dar zebra. Só o Timão tem ganho algumas.
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Postado por Felipe Pait
28/6/2017 às 10h16
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Emprego público protege quem não precisa?
Há diversos erros na argumentação do
artigo publicado hoje no Pasqüim.
1 - É verdade que o setor público remunera melhor que o privado trabalhadores com pouca escolaridade. Porém os trabalhadores muito qualificados, como professores universitários, recebem no serviço público menos do que no mercado de trabalho competitivo.
O quadro geral é mais complexo que isso: o judiciário oferece remunerações excessivas para alguns; e há muitos diplomados fazendo trabalhos de pouca sofisticação, recebendo mais do que o serviço vale. Isso reforça que a análise do artigo é enganosamente simplista.
2 - A estabilidade em alguns casos tem justificativas necessárias. Os exemplos mais claros são juízes - a estabilidade é indispensável para a autonomia nas decisões; e cientistas em áreas extremamente especializadas - ninguém vai investir numa carreira na qual não há mercado líquido de empregos sem garantia de estabilidade.
Tenho a impressão de que são justamente os casos em que ela é mais necessária que geram mais alvoroço entre os opositores da estabilidade. Isso enfraquece mortalmente o argumento racional que o artigo busca apresentar.
É fácil para um pesquisador numa área de interesse de massa não compreender a necessidade da estabilidade. Um pesquisador em econometria ou em engenharia da computação pode facilmente passar de um emprego universitário para outro, ou para um trabalho não acadêmico. Um especialista em história medieval, ou em geometria diferencial, precisa da estabilidade para embarcar num programa de pesquisa com duração de décadas. Um economista deveria ser capaz de compreender isso.....
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Postado por Felipe Pait
16/6/2017 às 10h03
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Presidenta e presidento
Os elementos que faziam o impeachment da presidenta urgente fazem o impeachment do presidento urgente também: obstrução de justiça e formação de quadrilha.
Quem era contra o afastamento pode continuar sendo contra usando os mesmos argumentos: 51 milhões de votos, gravação do executivo, propina não foi registrada em cartório como destinada a enriquecimento pessoal, rede Globo, Odebrecht e JBS são patrimônios nacionais que o neoliberalismo quer destruir.
Quem era a favor de afastar uma tem que ser a favor de afastar outro.
A campanha para eleição direta antecipada é um perigo. Eleição periódica é cláusula pétrea da Constituição - não eleição quando der vontade. O País passa meses discutindo e aprovando uma eleição extemporânea, daí faz a eleição uns meses antes da data constitucional sem suficiente reflexão. O eleitor com raiva de todos os salafrários escolhe um extremista da direita ou um oportunista da esquerda, que em seguida decide que eleição em 2018 é desnecessária, e remarca a próxima para quando quiser. Risco enorme. Por isso extremistas, oportunistas, e salafrários vão apoiar.
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Postado por Felipe Pait
20/5/2017 às 08h39
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Prefeito dará a carros bela vista da universidade
Prefeito dará aos motoristas na marginal bela vista da universidade, que em troca ganhará barulho e fumaça. Genial.
Não é o muro que separa a USP da cidade - é só o muro da marginal. O benefício de ter vista para a USP, na concepção do prefeito e do reitor, é só para quem anda de automóvel.
O resto da cidade continua vendo o muro.
A USP deve servir ao público, concordo. Abrir o campus para a população, faria sentido.
Melhorar a vista dos automóveis, não tem razão de ser. Não sei se foi a melhor coisa ter construído esse muro; mas agora que está lá, derrubar para o deleite dos proprietários de carro, é uma total inversão de prioridades.
Trazer mais barulho e fumaça para o campus com o objetivo de oferecer uma vista bonita para os carros é estupidez e má fé.
A proteção contra o barulho é parcial - para quem está baixo e perto do muro. Para quem está num prédio mais alto e afastado, não ajuda. Com fumaça, ajuda menos ainda.
Por isso não dá para saber se o muro devia ter sido feito - não houve estudo nenhum. Demolir sem estudo nenhum é mais estúpido ainda.
A universidade devia sim abrir o campus para o lazer da população. O caminho seria cobrar pelo ingresso e estacionamento, para financiar o necessário gasto com segurança. O obstáculo é a ideologia e o comodismo.
Isso não tem relação nenhuma com a derrubada do muro, que só serve para melhorar a vista dos proprietários de automóvel que se deslocam pela marginal. Não foi mencionada abertura do campus.
coerente com outras ações do prefeito de sacrificar tudo para colocar os donos dos automóveis por cima. "Carro também é gente, quem não está dentro do carro que se dane."
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Postado por Felipe Pait
11/5/2017 às 08h50
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A tática republicana
A maioria embora não todos os republicanos entendem que cancelar o plano de saúde de mais de 20 milhões de eleitores é uma tática suicida. Eles entendem que como manobra de campanha podem contar mentiras, mas uma vez que a lei for aprovada, os autores serão responsabilizados.
Qual a possível tática eleitoreira por trás do voto de hoje na Câmara dos Representantes? A explicação é única. O Partido Republicano espera que a revogação do Obamacare seja rejeitada no Senado. Na sequência o assim-chamado presidente pode continuar sabotando os planos de saúde, com sua confiável mistura de malícia e incompetência. Nas próximas eleições o Partido pode argumentar com os eleitores mais crédulos que o plano de saúde é caro porque o Senado não cancelou Obamacare.
O risco para o Partido é direto: e se o Senado aprovar a lei que vem da Câmara? Claro que os políticos podem continuar mentindo que a revogação é boa porque... porque... porque... porque sim - como sabemos, não há necessidade de argumentos muito racionais. Mas quem tiver seu plano cancelado vai perceber o engodo. Ou talvez não.
O outro risco é destruir o país. Esse porém não parece preocupar o Partido mais do que destruir os respectivos países preocupou bolivarianos e peronistas.
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Postado por Felipe Pait
4/5/2017 às 16h09
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Greve geral
Meu otimismo com o governo Temer se mostrou injustificado. Não dá para aprovar leis importantes só com negociatas entre os políticos, fazendo todo tipo de favor para quem já é mal visto.
A situação não estava boa e o povo fica com a impressão de que só querem se proteger. Na oposição o PT volta a fazer seu papel - quanto pior melhor. Vai acirrar os ânimos.
O governo que tenta proteger os mesmos e fazer reformas no lombo dos outros se coloca numa situação vulnerável. O governo está tentando proteger políticos corruptos e isentar os poderosos dos sacrifícios. Assim não dá para obter apoio à reformas necessárias.
Facilita o trabalho dos sindicatos que fazem oposição destrutiva. #prontofalei
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Postado por Felipe Pait
28/4/2017 às 10h22
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Formatura da Poli 2016
O que falei nesse fim de semana como paraninfo da turma de Automação & Controle da Poli que se formou em 2016 foi mais ou menos o seguinte:
Uma expressão que aparece muitas vezes nos discursos dos reitores das universidades americanas é tikkun olam. Tikkun olam é um termo hebraico que significa "reparar o mundo", e se refere ao compromisso de agir construtivamente e consertar os obstáculos ao trabalho coletivo por um mundo melhor.
Os últimos anos foram de muita discórdia no Brasil. Nossa missão como engenheiras e engenheiros, tanto no sentido concreto como metafórico, é reparar os estragos feitos pelos conflitos: construir pontes, abrir circuitos de comunicação.
Quando vocês me deram essa honra de falar na formatura, eu teria ficado satisfeito em dizer que esse é o sentido da carreira que vocês estão iniciando. Mas observando os acontecimentos dos últimos meses, e a calamidade que está se desenrolando nos Estados Unidos, eu fiquei em dúvida se uma mensagem otimista sobre tikkun olam ainda é razoável.
(Nesse ponto improvisei um comentário mais ou menos assim. "Eu perguntei para minha rabina em Boston, e ela disse que eu devia escrever mais alguma coisa no avião. Agora vocês sabem quando professor prepara aula: quando todo o mundo está dormindo. O que escrevi foi o seguinte.")
Nossos planos devem ter também um sentido de manutenção preventiva. Não só o cuidado com as máquinas e equipamentos; precisamos olhar para o futuro e agir profissionalmente com decência, com integridade. Evitar que os atritos, as combustões, os surtos e transientes, os zeros de fase não-mínima, danifiquem nossas amizades, nossa sociedade e as instituições.
É uma carreira linda que vocês têm pela frente. Voltem sempre!
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Postado por Felipe Pait
13/3/2017 às 10h54
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Editor
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