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Quinta-feira,
5/3/2015
Blog de Antonio Carlos de A. Bueno
Antonio Carlos de A. Bueno
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A questão do duplo particípio - (experimental)
Trecho de texto copiado do Dicionário de verbos (pag. 15), de autoria de Vera Cristina Rodrigues Feitosa. Obs: Apenas para testes de comandos do Manual HTML.
Alguns verbos apresentam duas ─ e até três ─ formas variantes. São exemplos de formas abundantesjaz e jaze, comprouvera e comprazera, constróis e construís (usado em Portugal). Importam-nos aqui, particularmente, os verbos de duplo particípio.
Os particípios fazem parte das chamadas formas nominais do verbo, que são formas que podem assumir comportamento funcional de nomes. Tomemos como exemplo o verbo educar. O particípio passado é um nome adjetivo em frases comoEsse menino é muito educado. Em Ele havia educado o menino com esmero, é forma verbal, de tempo composto, e em Foi educado por padres é forma verbal da passiva analítica. A descrição gramatical nem sempre é simples: o particípio de uma frase como Educado, ele apenas sorriu, é, para uns, adjetivo em função predicativa; para outros, é verbo, núcleo de oração reduzida. Se há dois particípios, um regular e outro irregular, a regra geral, recomendada pela maioria dos gramáticos, é que o primeiro seja usado na formação de tempos compostos (o povo havia elegido maus governantes), e o segundo na passiva analítica ( Foi eleito com larga margem de votos).
Ocorre que, em sua evolução, as línguas tendem à simplificação. Por isso, grande número de vocábulos que se originaram de particípios latinos (como aflito, defeso, pretenso etc.) são percebidos e funcionam, hoje, apenas como adjetivos. Não há quem diga Ela era aflita pelas preocupações. Muitos dos particípios passados que sincronicamente ainda podem ser reconhecidos como tais já deixaram de fazer parte dos quadros de conjugação verbal, assumindo plenamente seu valor adjetivo.
Reunimos as listagens de verbos de duplo particípio oferecidas por doze gramáticos e dicionaristas, perfazendo um total de 121 verbos. No quadro a seguir estão os duplos particípios que tiveram de doze a quatro citações.
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Postado por Antonio Carlos de A. Bueno
5/3/2015 às 18h54
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Descrição do Dicionário - texto experimental
OBS: Textos ou trechos de textos copiados de livros, apenas para testar os comandos do Manual HTML
Os capítulos nucleares deste dicionário tratam da conjugação verbal e do uso de preposições determinadas pela locução verbal. São precedidos de breve explanação teórica eu trata de conceitos e termos gramaticais usados para apresentar os fatos linguísticos que pautaram a confecção dos padrões, bem como a organização, em grupos, dos verbos com as respectivas preposições. São também precedidos da Nominata,que reúne mais de 14.000 verbos. Nela encontra-se o padrão de conjugação dos verbos. Estão também assinalados os verbos que apresentam duplo particípio (dp), os que constarão da parte relativa a uso de preposições (P).
O capítulo que reúne informações a respeito do uso de preposições pedidas pelo verbo consta de dois itens: Exemplário e Grupos de verbos.
No Exemplário estão organizados alfabeticamente todos os verbos com os quais, em pelo menos uma acepção, se emprega preposição. Cada um desses verbos é sucedido de um conjunto de frases-exemplo, por meio das quais tencionamos dar conta das suas diferentes acepções em contextos preposicionados. Portanto, só constam desta parte do dicionário verbos que tenham pelo menos uma acepção com uso de preposição: os usos tradicionalmente denominados intransitivos ou transitivos diretos não fazem parte do Exemplário nem dos Grupos de verbos.
Os Grupos de verbos se constituem de verbos que, acompanhados da mesma preposição, no mesmo contexto sintático, têm atualizado um traço semântico comum. Em alguns desses grupos, pode-se mesmo falar de sinonímia (p.ex.: galgar a, ascender a, montar a, subir a, trepar a); em outros, sem ser sinônimos, os verbos se ligam por determinado traço semântico.
Em alguns casos ─ como em gracejar com ─ o verbo também ocorre como transitivo direto , sem mudança de acepção. A observação registra-se também a ocorrência da preposição X foi aposta a alguns grupos quando tal ocorrência se mostrou, nas descrições oferecidas pelos autores consultados, relevante para verbos que compõem o grupo.
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Postado por Antonio Carlos de A. Bueno
4/3/2015 às 19h13
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Unidade e diversidade - texto experimental
Na área vastíssima e descontínua em que é falado, o português apresenta-se, como qualquer lingua viva, internamente diferenciado em variedades que divergem de maneira mais ou menos acentuada quanto à pronúncia, à gramática e ao vocabulário.
Embora seja inegável a existência de tal diferenciação, não é ela suficiente para impedir a superior unidade de nosso idioma, fato, aliás, salientado até pelos dialectólogos.
Com relação a Portugal, observa o professor Manuel de Paiva Boléo: "Uma pessoa, mesmo alheia a assuntos filológicos, que haja percorrido Portugal de norte a sule conversado com gente do povo, não pode deixar de ficar impressionada com a excepcional homogeneidade linguística do País e a sua escassa diferenciação dialectual - ao contrário do que sucede noutros países, quer de lingua românica, quer germânica".
Com referência à situação linguística do Brasil, escreve Serafim da Sila Neto: "É preciso ter na devida conta que unidade não é igualdade; no tecido linguístico brasileiro, há, decerto,graduações de cores. Minucioso estudo de campo determinaria, com segurança, várias áreas. O que é certo, porém, é que o conjunto dos falares brasileiros se coaduna com o princípio da unidade na diversidade e da diversidade na unidade".
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Postado por Antonio Carlos de A. Bueno
3/3/2015 às 18h38
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Novo texto experimental
O verbo mobiliar (do português do Brasil) apresenta, nas formas rizotônicas, o acento na sílaba bi: presente do indicativo: mobílio, mobílias,mobília, mobíliam; ppresente do subjuntivo: mobílie, mobílies, mobílie, mobíliem; etc. Mas, em verdade, tal anomalia é mais gráfica do que fonética. Este verbo também se escreve mobilhar,variante gráfica admitida pelo Vocabulário Oficial e que melhor reproduz a sua pronúncia corrente. Advirta-se, ainda, que em Portugal a forma preferida é mobilar, conjugada regularmente.
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Postado por Antonio Carlos de A. Bueno
3/3/2015 às 17h28
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Minha tia - texto experimental
...Titia era amável, carinhosa e querida por todos. Dona-de-casa exemplar, mulher de modos simples, porém, vaidosa (gostava de vestir-se bem e usar joias: trazia os cabelos e as unhas sempre bem cuidados e não revelava sua idade). Na verdade tinha trinta e oito anos: era quatro anos mais velha que minha mãe, mas na época eu não sabia disso. Casada, mas não tinha filhos.
Titio era um homem pacato, alegre e um tanto bonachão. Possuía um automóvel de cor preta, não sei exatamente de que marca: possivelmente era um daqueles modeloschevrolet ou ford importados, e ele o conservava muito limpo e reluzente. As roupas de meu tio eram bem cuidadas, ele usava gravata e estava sempre barbeado: era chauffeur de praça.
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Postado por Antonio Carlos de A. Bueno
3/3/2015 às 14h42
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Julio Daio Borges
Editor
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