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Ponto de Fuga III
Teu vórtice
É
teu vértice
Amém...
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Postado por JOSÉ FERNANDO DIAS PIRES DE ALMEIDA
4/4/2018 às 22h03
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Marés
Perder-se na ilusão
Sina de poeta
Sobrelevar-se na percepção
Olhar de profeta
Permitir que se dilua para perceber-se como tal
Repugnante de tudo...
diluir-se de si mesmo como um imã ao contrário e ser
atraído pela força do mesmo vórtice abaixo
És imã de diversas faces como o fluxo e refluxo dos mares
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Postado por JOSÉ FERNANDO DIAS PIRES DE ALMEIDA
4/4/2018 às 09h34
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Queijo e Goiabada
Quem nasceu primeiro, a dança ou a música?
E, a cor ou a textura?
Como diria o Jabor,
em ambos os casos, a celebração
de amor e sexo.
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Postado por JOSÉ FERNANDO DIAS PIRES DE ALMEIDA
29/3/2018 às 08h20
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"Elas estão descontroladas..."
As bússolas também sentem
Vivem descabeladas
Enquanto os relógios,
frios e calculistas
permanecem impassíveis
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Postado por JOSÉ FERNANDO DIAS PIRES DE ALMEIDA
29/3/2018 às 07h32
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Alma & Palavra
Procuro expandir-me como a água que acolhe a tinta evitando que seja tingida de corpo inteiro
e ao mesmo tempo, como a tinta que ansiosamente se expande n'água procurando
colorí-la de cabo a rabo...
Corolário de um amor perfeito
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Postado por JOSÉ FERNANDO DIAS PIRES DE ALMEIDA
27/3/2018 às 09h43
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Desarrazoado
A própria razão é a simples constatação de que toda razão não lhe pertence
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Postado por JOSÉ FERNANDO DIAS PIRES DE ALMEIDA
26/3/2018 às 13h16
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Auto absorvente
O desejo é silêncio
Intacto, é a areia que absorve ondas efervescentes na praia
As palavras são frias
e o silêncio é quente
O sol que arde em silêncio qual semente plantada no peito
Draga que tudo dilacera
O silêncio pulsa e repulsa
O silêncio acenta e sustenta
O silêncio é o veludo da noite
Tenro, nos envolve
O silêncio em silêncio nos resolve
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Postado por JOSÉ FERNANDO DIAS PIRES DE ALMEIDA
24/3/2018 às 08h44
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Numa garrafa de H2O...
- Ó, que gênio!
O
oxi- gênio
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Postado por JOSÉ FERNANDO DIAS PIRES DE ALMEIDA
22/3/2018 às 13h08
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Papo de sexagenário... só se pensa naquilo.
Meu pai em seu leito de morte me disse o seguinte: - A vida? são os momentos, José! portanto, filho, trate de aproveitá-los...
Os momentos são como gotas d’água, perfeitos quanto justos; justos, tensos, quanto perfeitos, sob pena de se desperdiçá-los ao ruírem e se desaguarem. O momento é a gota que salva, enquanto se tenta salvá-la...
A gota d’água, o momento: é o espelho do mundo em 360 graus refletido ao redor do próprio corpo, qual a bola de cristal da vidente... A gota d’água é a máscara do universo... O momento é o lapso do qual, depende todo o universo...
Gota a gota é o ritmo do relógio, e uma música em contratempo, ou a destempo... A vida e o tempo, excruciante tortura chinesa...
A gota da memória na ponta da língua prestes a quedar-se abismo abaixo. Estalo iluminador a lembrar que também se morre.
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Postado por JOSÉ FERNANDO DIAS PIRES DE ALMEIDA
20/3/2018 às 12h00
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Ofícios (aos apontadores de lápis)
Já há muito que não enxergo o chão, tantas são as folhas caídas
Cachos de cabelos no piso da barbearia
O chão do marceneiro coberto de serragem
Assim é meu caminho
cujo solo não vejo e nem sequer ressinto,
tamanho o volume de palavras no chão desbastadas
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Postado por JOSÉ FERNANDO DIAS PIRES DE ALMEIDA
13/3/2018 às 12h54
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Julio Daio Borges
Editor
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