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Segunda-feira,
22/6/2015
Blog de Aden Leonardo Camargos
Aden Leonardo Camargos
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Uma ordem secreta determinou que as folhas caíssem
Imagem: Jorge Pinheiro
Eu te esperei todos os dias. Limpei nossa rua. Varri certas loucuras à noite. Saiba que ainda venta muito sem você. Fico de sombra em sombra. Dá um azar danado pisar no pedaço iluminado. De sol.
Tento sair de todo fim. Mas é muito tarde no fim da tarde. É cansaço, roupas da nossa casa, farelos do café que te esperei ouvindo uma notícia de outro lado. Do outro lado B.
Finjo que ouço. Finjo que vivo.
Quando o portão bate é só o vento. Ainda. Insisto em sustos. Cismo em musgo na pele. Possuo carapaça. Desde que olhei no espelho existiu uma cobertura dura que não me enxerga. É você que nunca mais veio.
Umas sementes ressequidas espalham junto com as folhas... Só as folhas correm mais. Já viu que não caem uma em cima da outra? Nunca vi. Não se misturam na solidão do pó cidadão. As sementes não flutuam bailarinas na ventania, só deixam marcas horríveis. Quando pisadas, estateladas...
Fica um choro natural. Esparramado. Silencioso, imundo.
Acho que não tem jeito. Em alguma ordem secreta, foi determinado que as folhas caíssem. Surgissem do nada no desprendimento. Deve ser para ocupar varredeiras como eu, ou terem um motivo para andar pela canção das palhas tocadas no chão. Ou porque nossa rua te espera chegar. Toda torta já... Afundada de tanto passar o peso do dia a dia.
Não sei... Sigo. A sina, a seta, a flecha de varrer aqui... Ou epicentro do que invento. Ou porque esqueci.
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Postado por Aden Leonardo Camargos
22/6/2015 às 15h13
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Vingança ou a última vela da fé.
Imagem: Photografize
Acordou vingativa. Colocou meiões imensos com a roupa de academia. Aquela calça bem transparente com o nome que deram. "Calça de foda". Selecionou um sertanejo ridículo, dizendo que era você. Propagando em ondas o "ê". Fez tudo que mais detestava.
Desejou em orações que vai se arrepender. Ganhar da vida esse qualquer. Esse viver. Marcou a viagem. Por pura disposição. Um passaporte em outra cidade. Sim! Marcou. Vai cortar de novo o corpo, de tanta raiva. De tanto nada inútil. Ela só esperava o pedaço de carne? No muro acuada. Sem procedência, sem data, sem poder nada.
De vingança desbloqueou a caixa de pandora. Deixou aparecendo todos os venenos. Só assim vem toda a verdade. Tem tudo guardado, arquivado. De vingança. Entendeu? Vingança.
Olhou as malditas fotos. Subiu os meiões, clicou "repeat". Sorriu. Nesse desfile descobriu... Que foi só. Só por vingança. Sua grande ameaça: esconder, duas ou três palavras. Debaixo do choro, do lado das fichas da noite que jogou. Vai sair. Por pura vingança, baby, dormir com quem ela mais detestava: a novidade! Por vingança dessa fraqueza do abandono mortificado.
É a última vela da fé.
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Postado por Aden Leonardo Camargos
12/6/2015 às 12h57
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Solidão é um pós-ritual africano com uma leoa
Imagem: L'Âme du monde
Dormiu como quem espera passar. A vida ir e dormir.
Disse placas e avessos. Ela não quis conserto, seus gritos por excesso de uso, precisaram ficar em lamentos.
Confundo morte com tristeza. Sei que não sou a mesma. Tem uma velha chamada senhora querendo sentar.
Sobraram uns sonhos avoados batendo na janela da existência. Expectativa é subir escalando montanha de neve sozinha. Gelada, alta e te consumindo pelo medo de falar. Frio é o medo de falar. Medo das avalanches. O que causa avalanche? Um agudo, um grave? A última gota de som? Uma impaciência pousada feito mosca, inquieta.
Venta demais quando a gente espera. Tão as mesmas esperas que quase esqueço o que faço. Um cinza estranho engole a gente.
A solidão é um pós-ritual africano dormindo de mãos dadas com a leoa. Caçadora. Acorda faminta. Todas as feras chegam ao fim, à exaustão. Seus olhos não mentem.
Sabe, eu subi no alto das pedras. Achei-me tão feroz! Desenhei minha vida para você. Entreguei uns bilhetes emaranhados, tal qual fiozinhos de uvas que nascem. Fiz um caminho para percorrer todo seu cabelo, de cajado deitar no seu peito, marquei o peregrinar de desejo. Existe um vazio feliz em nada querer. É tão mínimo te ver. Um pouco nada igual diferente.
A realidade é um monstro. Engole às vezes meu abismo interno. Não há de ser nada. Ventava muito ontem e eu pesava a importância das avalanches. Criando definições. Foi um dia lindo.
Fiquei brigando de realidade, cansada, combinei um pacto de dois fatos: um fundamental, outro bem exato. Eu que detesto cálculos, pude ver: borboleta nunca voa em linha reta. Pulei de onde nunca existi. Te espero sempre desse lado, é uma travessia e tanto... vem logo, andar comigo?
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Postado por Aden Leonardo Camargos
9/6/2015 às 05h37
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Três pétalas, muita poeira, quatro pedras, bilhete
Imagem: Adrian Sommeleng
Era uma vez (a décima terceira vez) uma menina vadia. Passava-se por santa. Envelhecia. Em doses diárias carregava pesos de esperanças. Treinava. Também levantava voos. Escondia. Ninguém percebia.
Enquanto seu corpo flutuava, seus pensamentos mexiam. Não era afeita ao comum. Ao dia a dia. Analisava planilhas. Desencantava-se da secura das linhas. Os números eram formais, em filas, representavam fortunas alheias.
Fim de semana bebia. Bêbada, caía. Em si. Não suportou quase nada. Fugia.
Viajava para um lugar muito, muito, muito distante. Um castelo sem janelas construía. Uma torre suja erguia.
Nessas corridas matinais encontrou o arqueiro. Sem saber como sabia, deu-se de repente sem armas ou fantasia. Perguntou se era a décima terceira vez que se apaixonaria.
Disse sim.
Não foram tantas as vezes. Sua história mentia. Era uma vez só. Era agora.
Futuro de pretérito foi bordado, tatuou um abraço, na cintura, do lado. Tatuou a espera de um menino encantado. Uma borboleta, um caracol, um sonho louco clássico.
Arqueiro carregou nos braços, todas as flores desenhadas. Sorveu o tempo possuído. Tão pouco, mas o melhor tempo já na Terra vivido. Ele não foi mal. Apenas dominado. Pela flecha de seu mestre, destino já lançado.
A menina vadia, sempre bem comportada, vestida de professora, doou-se toda à verdade das loucas transgressoras.
Numa linda noite, ele de vez adoeceu. Lembrou-se de outra moça. Não escutou a voz, simplesmente apagou a única vela da escuridão -dela - distraiu. O mestre veio e levou-o. Exigível objeto ficou. Uma flecha, um arco e a felicidade marcada a ferro e fogo de lua tão nascente no abismo amor, pulso adentro calou. Só teve a visão dos quartos em doces encantos de excessos. Os olhos sempre se fecham por beijos, princípio da loucura.
Logo o tempo não parou. Num dia qualquer, nem lindo, sem datas, a menina doeu-se tanto que apoiando nas pedras agachou. Deu dois passos meio mortos, bem perto do fim para um mergulho, desesperou ao vento: traga os deuses tortos para mim?
Respondeu a divina potência em tempestade, enviou do alto dois raios riscados e fortes. Cortaram seu coração. Foi um corte quente fechando imediatamente - com vida - três pétalas, muita poeira, quatro pedras e a resposta de um Deus, escrita em grego. Tudo cicatrizou. Nunca leu. Nem soube do seu amuleto místico, guardado na trouxinha de crochê, em quarenta e três pontos altos, dentro do peito... Quem mesmo sabe o que guarda nos seus próprios segredos?
É só mais um conto de menina vadia, com coração cheio de pedras, poeira, pétalas e um bilhete em grego num amuleto.
Vadias não estudam grego. Salvam-se do amor, amando. Lobos
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Postado por Aden Leonardo Camargos
2/6/2015 às 07h39
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Café derramado.
Imagem: Livro & Café
Não tem como te dizer que voltei aqui, na igreja da matriz - enquanto você rezava - fiquei no canto olhando, enquanto o café esfriava. Enquanto você não se movia no nada bem vazio que preenchi de cores num feitiço ao contrário. Agora, tudo que penso tem seu nome. Um silêncio bem calado, interrompido pelo telefone. Um diário "desanotado", apagado pelas interrupções constantes do que tento pedir.
Cada dia que passa parece agora uma contagem regressiva. Quanto tempo ainda teremos? Sabemos do fim pouca coisa. Evitamos. Acordo pensando, meio louca por ter separado meu eu duplicado nos devaneios dos sonhos. Sou agora insuportável... Coloquei flores imaginárias, colhidas do nosso jardim na janela, perto da sua xícara. Arrumei a mesa. Espero que venha da cama para cá. Enquanto quase misticamente observo a água fervente.
Passei o café. Sem açúcar. Não há cálculo matemático que decifre a incógnita desproporcional de ter encontrado você. Nosso gato está inquieto hoje.
Eu desvairada no infinito.
Só o seu cigarro tem cheiro doce, misturado ao perfume, lembra o mato cortado meio molhado, num dia rosa. Daquele... Em que fomos namorar de carro, numa tarde de domingo.
É seu cheiro que me aqueceu quando voltei. Deitei no chão por pura piedade.
O tempo determinou a permanência do que sinto.
Quando será que você acorda? O café já passou. Tudo que preciso, quando fecho os olhos, são as coisas diárias... O pão, o barulho dos passos pela casa, a porta que se fecha, o chuveiro que liga, o cheiro do sabonete... As chegadas de todo dia.
Nunca aconteceu o que vivo. Olho minhas mãos que escrevem, as letras do seu nome. Em tudo que derramei.
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Postado por Aden Leonardo Camargos
27/5/2015 às 07h54
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Afastei duas casas de Marte, meu plano astral
Imagem: Internet
Fico em dúvida das muitas teorias existentes da existência efêmera. Ascendente em Aquário, descendente de todos os signos. Dependente do meu símbolo - fogo - decadente. Cruz de Malta cabalística ou apenas um fóton perdido?
Fiz barganha com Marte. Com meu dedo afastei à direita duas ou três casas. Acho que causei tempestade. Para perdoar de exagerar o Universo, rodeei com três Alfas Centauros. Aproximei-me misticamente das seis estrelas do seu pescoço.
Diz a lenda pessoal que vamos nos casar em Eros. Moraremos num sorriso eterno.
Vou ler para o infinito, frases afirmativas.
O frio será quente, a dúvida razão. Voo de Segredo.
Só. Só para brincar de Deus, vou pedir sua mão. Café com queijo, cigarro, beijo.
Entra pra dentro, amor! Que amar não é ficar de fora, é voltar de longe...
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Postado por Aden Leonardo Camargos
19/5/2015 às 07h40
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O silêncio do meu quarto grita como uma gaivota
Imagem: Photografize
Hoje de manhã doeu sobremaneira. Coloquei às 4:30 (hora que geralmente acordo impulsionada pelo universo) meus fones de ouvido. Selecionei uma faixa que fala dos sonhos jogados em lugar nenhum, da espera. Chama-se Wait, confesso ser do filme A culpa é das estrelas, ainda confesso ter visto e confesso ter chorado... Confesso até ter gostado da fofice que geralmente - ou sempre condeno.
Lembrei-me da última vez que nos encontramos. Era sempre nesse horário o de aprontar, porque só podíamos nos ver de madrugada, quando ninguém efetivamente ligaria.
Lembrei o corpo no meu rosto, na minha pele. Seus cabelos balançando enquanto nos amamos.
Quase pude tocar um fundo azul de mim. Agora já não sei mais onde está.
Vezes por dia dá desespero. Mas finjo tomar café. Vezes faço o que tem que fazer. Meu estômago desveste minha sanidade.
Ela é tão linda! Que eu abraçaria de levantar e trazer para casa.
Mandou uma mensagem me chamando de pequenina. Que sente muito por ser fraca e ter escolhido não ser feliz. Comigo.
Eu quis rolar um pouco no chão. Mas há sempre um café na minha vida a ser feito. Vesti-me, fui para academia. Gosto de exercitar. O corpo dói mais que meu espírito moído. Ela não vem.
Mas é linda.
Tem a boca de gaivota voando generosamente. Só que as gaivotas gritam. Ouvi muito.
Tem uma mancha na parede do meu quarto. Foi quando veio aqui. Ficamos na parede, a calça era preta e o botão arranhou a pintura. Está perto do meu guarda-roupas. Ali ela pousou numa de minhas pernas quando descansou.
Na minha cama nos amamos nesse mesmo dia, que lembrou uma outra noite em que passou por aqui. Quando pelas vias da loucura veio para meus braços. E pernas. E boca. E língua.
As lembranças estão impregnadas no meu rosto. No silêncio do meu quarto que grita como uma gaivota...
Hoje dói muito. Porque não tem data de nada hoje.
Hoje eu queria arrancar minha roupa e sair gritando.
Mas sempre tem um café para fazer. Uma conta para pagar amanhã. Essas coisas que continuam, e faz o coração tremer de normalidade.
Eu a amo. Mas ela prefere a inércia de não querer.
Eu a amo. Tenho café para fazer. Sei lá, estamos em 2037, tenho sessenta e cinco anos, ela não liga mais para minha casa, nem desliga. Foi ser feliz em Londres, Paris. Nem sabe. Eu ainda tenho fones de ouvidos. Ouço as gaivotas, todos os dias, meu amor. Aqui no lado B.
Só queria te contar querida, entre esses apagões governamentais, compartilhar com você essa confissão. Só de falar parece melhorar minha alma. A partir de hoje eu serei também, borboleta, como você. Quem sabe assim, alguém me notaria? Mesmo que minha vida toda só durasse um dia!
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Postado por Aden Leonardo Camargos
14/5/2015 às 21h58
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Seu cansaço irritante de cores
Imagem: 1.000.000 Pictures
Como que explico que estava tudo pronto e o café esfriou? Como caber nessa loucura que gira o dia sem falar um sinal? Essa chave que apenas fecha o novo início?
Há sempre quem diga fim. Ela amanhece certa. Veste as roupas corretas. Empenha seus anéis com o malandro cigano. Compra as coisas que nunca fez. Brigas e absurdos.
Em alguns dias dorme surda. Ouviu de novo que não era agora. Errada hora. Seu cansaço irritante de cores. A casa não brilha. Sombras das roupas desvestidas, do encontro que não aconteceu.
Difícil saber por que os meninos vendem picolé. Não faz sentido existir coerência dos fatos. A vida continuar tão segura lá fora. Tão capítulo seguinte logo mais.
Ela veste a roupa errada. Arranca umas partes que sobram do corpo. Fica bom para o trabalho.
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Postado por Aden Leonardo Camargos
10/5/2015 às 21h10
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As sombras que os leões deixaram
Imagem: São Tomé das Letras - Pousada Arco Iris
Hoje acordei no mesmo horário. Com as mesmas coisas para fazer. Os fantasmas insones, a cabeça vazia, o sangue que não escorreu dessa morte. Fiz meu chá. Por falta de tempo o vidro partiu de tal fervura despejada. Não pensei bem antes. Nunca penso bem. Muito menos antes. A pia da minha pressa para o trabalho ficou verde ralo. Cheiro de mato molhado, com certas queimaduras. Não muito forte.
Pingou no chão, pelo armário. Tão volátil a água se embrenhando nas matas domésticas! Meu rifle de caça na parede foi olhado com tamanha dor que veio um cheiro seu. Caço leões contratados. Pelas sombras que eles deixam.
Ontem chegaram umas contas. Entre elas a do telefone em lista de três páginas gerando seu número obsceno. Ainda veio absurdamente repetida. Imagina se vêem tudo que te escrevo?
Imagino a lentidão dos passos como se fosse música. Não toca mais. A gente dançou no meu quarto, cantando estrelas de um poeta moreno. Um violão de jangada em declive. Seu perfume me faz rodar em volta de mim. Um abraço que não tive. Mais.
Preciso ir ao banco. Precisava tanto viver! Mas morrer também é preciso. Vou cortar todos os pulsos. Das veias e artérias. Quero a dor quente. Cansei de conter o grito. Vou te chamar na janela esquartejando as palavras do meu corpo. Peço um resgate da aplicação, coisa pouca. Hoje arrumo as unhas. É preciso fingir organização.
Venta em todos os quadrados que risco seu nome. Todos estão dormindo num mundo de opiniões. Eu hachuro uns. Textura. O que fazemos é textura. O que fiz na sua vida foi textura... Buracos entre rabiscos. A lápis. Cinza. Você não viu o desenho e recorte em modo de amostra grátis da gente no jardim? Mas você insiste nos cubos sobrepostos nas dimensões únicas de um ser. Vai ficar com ela, enquanto eu divido formigas em quarks.
Vai perder a identidade. Todo autor tem penalidade a ser cumprida. Eis a minha prisão.
Eu queria só café. Comum mesmo. As evidências do óbvio. Vi você de repente na praça. É engraçado como as aparências têm bom gosto, e converte o mundo nessa cor.
Hoje o universo deu para testes. Derrubou-me, quebrou. Queimei as mãos em Andrômeda. Coloquei o pano no tanque. Sabão. Não sobrevivo nesse mundo de paz. Vendo murmúrios. Fiquei presa um ano e tanto. É uma pretensão racional pagar as contas e morrer à noite.
Tudo vai ser filme. Com a música que dançamos.
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Postado por Aden Leonardo Camargos
7/5/2015 às 11h48
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Demoras astrais, esperas
Nas paredes amarelas ficaram lembranças inaudíveis de nós. O lugar que segurei suas mãos, pintadas no vermelho casual, há de lembrar a cada chegada sua, minha presença.
Seu cigarro no jardim não contará fluidos meus. As nuvens de desenhos não farão sentido sem minha incessante explicação de tudo. Universo paralelo, fótons, demoras astrais, esperas.
Esse barulho penetrante de espada no peito. O grito que não posso falar. O nome de esconder todo segredo.
Aqui no lado de mim, por ódio, por dor marquei meu quarto. Um fado impresso nos acordes invertidos de nós. Seu corpo que segurei com meu sonho. Tão intensamente firme, tão morosamente denso que você não suportou.
Não suporta a escolha. Não viu que era um pedido. De morrer comigo? Essas mensagens auto destruidoras de auto ajuda alheia, não servem para nenhuma situação emergente.
Na verdade aqui dentro é muito frio. Calor é roupa de existir um pouco. Viver que é vestir... O que parece melhor. .
No final do ano vestido chique branco, brindes clicados... Acho que estou sobrando. Soprando. Uma nuvem qualquer. Tomara que não chova. O som. De nunca mais te ver.
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Postado por Aden Leonardo Camargos
3/5/2015 às 20h41
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