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Segunda-feira,
27/7/2015
Fotografia e afins por Everton Onofre
Everton Onofre
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Qual a câmera certa para comprar? Parte 3
Esta é a parte 3 de 4, e demorou demais pra ser escrita, portanto peço desculpas desde já. Na primeira parte definimos os critérios a serem levados em conta para escolher uma câmera. Na segunda parte abordamos a categoria de base disponível no mercado (compactas e ultracompactas), e agora neste terceiro post vamos nos aprofundar em uma das categorias mais versáteis disponíveis:
CATEGORIA 2 - As câmeras superzoom
As superzooms tem o objetivo principal de fazer jus ao nome e ter zoom, muito zoom e zoom exorbitante. As câmeras com o menor zoom desta categoria têm pelo menos 15x de zoom óptico (o que já é bastante), podendo chegar a 40, 60, ou até mesmo 90x de zoom óptico em alguns modelos.
Mas pra quê se usaria tanto zoom em uma câmera? Não sei. E nem você sabe. Não consigo imaginar uso prático para 50x, 80x ou 100x de zoom, e é muito provável que você nunca consiga tirar uma foto aproveitável com este zoom todo. Mas de qualquer forma não há como negar a praticidade que um zoom tão elástico pode proporcionar.
Em uma viagem por exemplo, você pode fotografar seus filhos com a Torre Eiffel ao fundo, e logo após o primeiro click usar este zoom todo para aproximar a Torre e fotografar as pessoas que estão lá. Esta grande variação de zoom é impossível de se obter mesmo nas lentes mais caras das câmeras profissionais, e faz desta categoria a mais versátil entre todas, atendendo muito bem a hobbystas e viajantes.
Mas esta versatilidade toda não é obtida de graça: para conseguir este zoom exagerado, a câmera precisa ser feita com um sensor muito pequeno, do mesmo tamanho do sensor das câmeras compactas. Falamos da importância do tamanho do sensor no capítulo anterior, e na prática quanto maior este componente, maior a eficiência óptica da câmera para capturar a luz.
Vamos ver os modelos mais comuns desta categoria aqui no Brasil:
Abaixo: Sony HX300 e HX400, com 50x e 60x de zoom respectivamente, são as mais fáceis de operar entre todas as marcas.
Aqui vemos as Nikon's, P530 (42x), e P600 (60x), são bem fáceis de se encontrar no mercado, com bom custo/benefício:
E as Canon's, uma das mais completas, porém mais complicadas de usar, SX50 (50x), e SX60 (65x):
Estas câmeras são bem completas, com boa capacidade de processamento e qualidade de imagem bastante interessante, porém é preciso deixar claro que estas câmeras não são aptas para serviços profissionais, pois têm um sensor muito pequeno e são bastante lentas no tempo de resposta - não importa a marca, as superzooms são lentas por natureza devido à sua lente muito grande. portanto se você pensa em entrar par ao ramo da fotografia (sendo pago para fotografar), nem pense em adquirir uma superzoom.
Outro aspecto que é preciso saber: as câmeras desta categoria não são máquinas semi-profissionais como se vende por aí. Sim, eu sei que você já viu vários anúncios na Internet e até mesmo na TV mostrando estas câmeras como semi-profissionais, mas este é um conceito bastante errado difundido no mercado. Câmeras semi-profissionais são da categoria SLR, que veremos no próximo post, e estas sim são aptas para quem quer trabalhar como fotógrafo
Se você tem interesse por fotografia pode aprender mais em nosso curso de fotografia para iniciantes e também em meu livro sobre como comprar uma câmera, onde abordo diversos aspectos técnicos com muito mais detalhes.
Um grande abraço e até o próximo post!
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Postado por Everton Onofre
27/7/2015 às 11h55
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Qual a câmera certa para comprar? Parte 2
Este post era pra ser dividido em 3 partes, mas durante a escrita surgiram detalhes que valem a pena aprofundar, e portanto vamos adicionar mais uma parte para não ficar extenso demais (sendo assim, esta é a parte 2 de 4).
Em nosso primeiro post sobre o assunto abordamos a importância de definir o uso que será feito da câmera para que se possa escolher o tipo de máquina mais adequado para este uso.
Para quem procura uma câmera para uso casual (viagens, passeios, eventos de família, essas coisas), recomendamos as categorias compacta e superzoom, sendo esta última a mais versátil que se pode encontrar no mercado atualmente. Vamos ver as características das compactas neste post, e das superzoom no próximo post.
CATEGORIA 1 - As câmeras compactas
Vamos começar pelo tipo mais comum, as ultracompactas e compactas. Todo mundo certamente já viu uma e provavelmente já teve oportunidade de fotografar com uma dessas.
Esta categoria foi a grande responsável por popularizar a fotografia digital ao grande público, devido ao tamanho portátil e à "inteligência" que os fabricantes conseguiram inserir nestas câmeras no modo automático. Só foi possível projetar câmeras tão pequenas como estas após a invenção do sensor eletrônico (que substituiu o filme). Quanto menor for este sensor, menor pode ser a lente, e desta forma menor será o corpo da máquina. Se quiser conhecer tecnicamente sobre sensores, não deixe de ler mais detalhes abaixo neste post.
Qual a diferença das compactas para as ULTRAcompactas? As compactas já são pequenas por sí só (cabem no bolso confortavelmente), porém as ULTRAcompactas foram projetadas para serem ainda menores, mesmo que este tamanho reduzido custe qualidade de imagem. Geralmente os fabricantes conseguem essa redução de tamanho embutindo a lente no corpo da máquina, veja os exemplos abaixo, as seladas Nikon AW120, Sony TF1 e a líder deste segmento GoPro (clicando nas imagens abre a comparação de preços no Buscapé):
A principal vantagem das ULTRAcompactas (com o ultra) é a construção reduzida que permite selar o corpo e torná-las a prova d'agua e mega resistente - se não fosse por isso, não haveria razões para este tipo de câmera ainda existir nos dias de hoje. Se você não precisa de uma câmera resistente a água e impactos (para fotos de esportes e viagens em lugares com água por exemplo) sugiro não investir em uma câmera ultracompacta, e sim usar o valor dela para comprar um smartphone avançado, como o Motorola Moto G, Motorola Moto X, Sony Xperia Z3, Asus Zenfone 5, Samsung Galaxy S5, Samsung Galaxy S6, Apple Iphone 5 ou Apple Iphone 6.
Já as compactas (sem o ultra) tem um corpo um pouco maior, com mais botões e peças móveis (como as lentes que saem pra fora do corpo quando se aplica o zoom). Isto permite mais recursos e controle da câmera, porém a máquina perde as características de resistência a impactos e água. São bastante comuns de se encontrar na mão das pessoas por aí, e nesta categoria existem modelos bastante completos para fotógrafos entusiastas e avançados inclusive. Abaixo alguns dos modelos mais comuns encontrados nas lojas brasileiras:
As câmeras compactas têm 2 problemas crônicos: (1) a dificuldade de controle da exposição da foto - já que elas foram projetadas essencialmente para serem automáticas - e (2) o sensor muito pequeno.
O que seria o sensor? Resumindo bastante, é o componente da câmera que captura a luz que entra pela lente. Lembra do filme de 36 poses que a gente comprava antigamente? Então... o sensor substituiu esse filme, e o problema das compactas é que ficou muuuito pequeno, com apenas 6 milímetros de largura (enquanto o filme de antigamente tinha 35 milímetros). Na prática, quanto maior o sensor, mais eficiente é a câmera para capturar a luz, principalmente em ambientes com pouca luz. A explicação técnica disso é bem simples: sensores maiores permitem configurações de ISO mais altas com menos ruído característico que as altas ISOs causam. Se você se interessa por fotografia e quiser aprender mais sobre este e outros fundamentos, dá uma olhadinha no nosso curso de fotografia para iniciantes.
É claro que os fabricantes já pensaram nisso e fizeram câmeras compactas com controles manuais e sensores maiores, e estas são as indicadas para os leitores mais avançados (e mais abastados), veja abaixo alguns modelos com sensores maiores (com 7mm de largura ou mais) e também com mais controles para atender aos entusiastas e hobbystas avançados:
Paramos por aqui com as compactas, e no próximo post, vamos ver as SUPERZOOMs ;-)
Grande abraço e até la!
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Postado por Everton Onofre
1/6/2015 à 00h45
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Qual a câmera certa para os leitores do Digestivo?
Post dividido em 3 partes (esta é a parte 1 de 3)
Em nosso Curso de Fotografia para Iniciantes sempre abordamos o tema da escolha de câmeras devido a infinidade de modelos disponíveis, e também da grande quantidade de mitos e conceitos (muitos deles errados) em torno deste assunto.
E pra piorar, o mercado também não ajuda: as informações contidas nos anúncios das câmeras são irrelevantes para a escolha. Em lojas online e até mesmo na TV, sempre estão destacados os megapixels e o zoom da lente, justamente características que não importam tanto para um usuário comum que não trabalha com fotografia.
Então, o que devemos levar em consideração na hora de escolher a máquina ideal? Vou escrever aqui uma série de posts para ajudar os leitores do Digestivo a escolher sua câmera. Este assunto vai ser dividido em diversas postagens para a leitura não ficar cansativa, e também para que possamos detalhar melhor as características de cada tipo de câmera. Se você está pensando em comprar uma máquina fotográfica nos próximos dias, recomendo que aguarde todas a postagens, pois garanto que irá fazer uma escolha mais embasada e segura. Se não tiver este tempo para aguardar, me escreva e terei o maior prazer em te ajudar.
O mais importante para escolher sua câmera é definir o uso dela, para então encontrar o tipo de câmera ideal para este uso.
Repare que eu disse "tipo", e não "modelo" ou "marca de câmera". O tipo da câmera (também conhecido como categoria) separa as câmeras de acordo com suas características físicas e funcionais para atender nichos de uso diferentes. Basicamente temos 3 tipos: compacta, superzoom e SLR, além de mais uma dezena de variantes como mirrorless, médio formato, SLT entre outras, mas estas variantes não são tão comuns de se encontrar no mercado, principalmente no Brasil.
Antes de aprofundar nas características dos tipos de câmera, vamos dar o primeiro passo: definir o uso.
Primeiro passo: definindo o uso da câmera
Aqui não tem muito o que estender o assunto: ou você quer uma câmera para uso casual, ou precisa de uma máquina para trabalhar.
- Uso casual inclui: viagens, uso domestico para fotos de sua família e amigos, eventos sociais casuais em que você é convidado, hobby e fotografia entusiasta (fotógrafos entusiastas são pessoas que não trabalham com fotografia, mas têm certo conhecimento no assunto e portanto requerem máquinas com mais recursos).
- Uso para trabalhar inclui: qualquer trabalho em que você seja pago para fotografar, seja você um fotógrafo profissional ou não. Eventos, casamentos, fotos em estúdio, produtos e etc.
As câmeras do tipo compacta e superzoom atendem muito bem ao uso casual, sendo que a superzoom cai como uma luva para quem viaja muito. No próximo post vamos detalhar melhor este tipo de câmeras.
Já as SLR são quase que obrigatórias para quem precisa de uma câmera para trabalhar - há quem diga que logo serão atropeladas pelas câmeras mirrorless, mas isso é papo para outro post. Este tipo de câmera vai garantir a eficiência ótica, a agilidade de resposta e a durabilidade que um trabalho fotográfico requer.
No próximo post vamos falar das compactas e superzooms, e na terceira postagem, fechamos com os detalhes das SLRs.
Até lá!
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Postado por Everton Onofre
18/5/2015 às 22h34
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O Atarefado Preguiçoso
A um tempo atrás, prestando consultoria no escritório de um cliente, ouvi ele dizer que era "ocupado demais para ter um hobby".
Ocupado demais...
Estranhamente, esta ocasião foi a primeira vez em que me dei conta da frequência que pessoas ao nosso redor usam este tipo de argumento. Ainda ontem (talvez hoje), você deve ter ouvido alguém dizendo que é ocupado demais para ler um livro, ou para fazer academia, ou para fazer aulas de inglês, ou fazer o que quer que seja.
Você conhece gente assim. Eu conheço gente assim também. Inclusive confesso que as vezes me torno um deles. São aquelas pessoas sempre mergulhadas em pequenas tarefas de menor importância, tarefas sem valor real e que poderiam perfeitamente ser delegadas a outra pessoa.
Ele responde a reuniões não agendadas que tomam horas de seu dia, ou perde tempo com pequenos problemas da empresa que não são de sua alçada, ou responde emails praticamente em tempo real, interrompendo qualquer tarefa que esteja executando assim que o popup aparece na tela. Em casa, inventam vários afazeres sem importância e acabam matando o já escasso tempo disponível para a família.
Será que você é um deles?
A arte de se manter sempre ocupado com tarefas menores é a definição de um perfil bastante conhecido entre nós: O atarefado preguiçoso. Ele está sempre com o dia repleto de tarefas (improdutivas), usando-as como desculpa nobre para justificar a falta de tempo para atividades mais desafiadoras intelectualmente e que requerem mais tempo.
Pense naquelas coisas que estão a um tempo rondando sua cabeça mas você nunca deu vida a elas. Sera podemos listar algumas? Vamos ver:
- quando você vai começar de uma vez por todas a escrever aquele livro que tanto pensa a respeito?
- e aquele negocio próprio, ou aquela loja online, que você idealizou como seu plano de renda extra?
- e aquele curso de fotografia que você sempre teve vontade de fazer (ou de culinária, ou de artesanato, ou de mercado de ações)?
- e aquele blog? Sabe aquele lá... que você é mestre no assunto mas nunca escreveu um parágrafo?
- e quanto a aula de natação que você prometeu fazer com seu filho?
Aposto que algumas destas listadas chegaram perto ou ao menos te lembraram de algo que está a muito tempo na sua cabeça, sem ação alguma. Repare que todas estas atividades têm uma característica em comum: requerem maior investimento intelectual e de tempo, e por consequência mexem com nossa zona de conforto. E por isso mesmo inventamos mil e uma desculpas para fugir delas, criando em nossa agenda uma porção de responsabilidades (ou irresponsabilidades) que corroem nosso tempo.
Você está se sentindo assim agora? Então bem vindo à turma dos Atarefados Preguiçosos! Para sair deste ciclo, a primeira coisa que você deve compreender e aceitar, é o fato de que não te falta tempo para fazer estas coisas, e sim que você escolheu não faze-las. E lembre-se sempre:
O que determina o tempo das coisas que você faz é a sua escolha sobre as coisas que você não faz.
Portanto, tome as rédeas do seu tempo, escolha não fazer coisas que não te agregam e tenha mais tempo para coisas que realmente farão a diferença na sua vida!
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Postado por Everton Onofre
13/3/2015 à 01h08
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Julio Daio Borges
Editor
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