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Segunda-feira,
22/6/2015
Blog belohorizontina
sonia maria de araujo sobrinho
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O reino de Shikasta(*) e o meu
Não sei de onde partiu essa ordem. Pensei que fosse livre escolha, mas não foi. Só agora percebi que estávamos predestinados para a união desses dois reinos, tão distantes um do outro, unidos agora pelo querer do universo.
Claro que aceitamos, não se pode discutir as ordens quando se escuta o chamado do toque do tambor, que nesse exato momento soava para nós. Fomos privilegiados na escolha e nem sequer imaginávamos o quanto seria trabalhoso.
As regras foram passadas aos poucos, na convivência, nos embates do dia a dia com o objetivo feliz e ao mesmo tempo doloroso de melhorar a nós mesmos e ao outro.
Tivemos que fazer muitas concessões, lapidar, lapidar até chegarmos ao formato diamante. Várias vezes tivemos que recorrer ao passado. Fomos até a história pessoal de cada um para agradecer, nos desculpar, devolver e pedir para seguirmos nosso caminho somente com aquilo que fosse nosso, o que já era muito.
O reino de um trazia a nobreza, a altivez e também a covardia que se uniram à leveza, à beleza e também à omissão; o medo sempre escondido querendo acabar com a alegria.
Não se entrega uma batalha quando se está disposto a lutar, se eu não gosto disso, por você passarei a gostar e o que me disser posso escutar com ouvidos dispostos realmente a mudar, pois "tudo vale a pena quando a alma não é pequena".
Até por que todo o reino está confiante, dependem de nós para perpetuação melhorada da espécie. Nada mais será como antes, não tem como voltar, não nos deram essa possibilidade.
Contentem-se agora com as críticas, com o amplo conhecimento do outro, pois a mudança faz com que canalizemos nosso potencial para outras áreas, tudo cresce e revigora.
Se no reino de Shikasta tudo era ficção, aqui é a realidade. Seres como chamas, como fogo, comprovando e seguindo luz na estrada aberta pela estrela Doris Lessing.
(*)Shikasta: nome com que a autora Doris Lessing rebatizou a Terra em sua obra.
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Postado por sonia maria de araujo sobrinho
22/6/2015 às 23h39
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Guerra de egos
O sonho de muitas pessoas é escrever quando se tem vontade, tendo tempo para se dedicar ao ócio criativo.
A convivência digital exige rapidez e muitas vezes coloca todas as pessoas num saco só. Às vezes, aparece algum rebelde em busca de visibilidade e querendo ser visto como algo diferente. Aliás, nada diferente, tudo muito simples, sem recursos e sem pressa, mostrando apenas a alma e o olhar; singelos pontos de vista.
Batalha desigual com lutadores improváveis e um tribunal de críticos, curiosos e concorrentes impacientes a te julgar, esperando apenas a desistência, a derrocada do inimigo, acuado diante dessa guerra silenciosa de egos. Você congela, estagnado e com pouca produção, fica incompatível na net.
Fases desses confrontos aparecem nos visuais e no conteúdo das postagens. Imagens são exibidas em zoom, algumas com foco, outras sem, semblantes de pessoas sérias ou risonhas em forma de colagens com superposições, cores vibrantes, efeitos especiais, tudo impecável e em alta resolução; tudo surreal. Assim, os simples primitivos se sentem excluídos, e quase forçados a um pedido de renúncia.
Como você é pequeno!
Divertida mente que aproxima "objetos" grandiosos. Monumentos mundiais ficam a nossos pés e a lua é colocada ao nosso alcance para ser acariciada e não apenas para sonharmos com ela.
Quantos likes você precisa receber hoje? Covardia, num momento te curto e em outro te excluo; dilacero.
Se alguém te enviar para a lixeira, você deve ficar lá quietinho até que percebam o equívoco, te recupere e desfaça a ação te dando uma segunda chance.
No mundo virtual você não tem identidade, tem visibilidade que desaparece a cada nova postagem do outro, se for melhor que a sua.
Voyeurs te espreitam e você nem percebe. Está nu, fazendo a alegria alheia. Imagens refletidas no espelho, e que não te pertencem mais, estão agora compartilhadas mundo afora...
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Postado por sonia maria de araujo sobrinho
11/6/2015 às 11h15
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Ser rastejante
Afasta daqui esses olhos maus
Pensamentos mesquinhos
Aceite a diferença
O diferente
Você quer, você conquiste
Não deseje mal
Fale na frente
Não fale por trás
Mesmo que aparente
Se julga potente
Se julga valente
Mas cai facilmente diante do bem
Fracasso ambulante
Desconcertante
Figura perdida, andar errante
Em busca do quê ?
Trapo, farrapo, erva daninha
Você não caminha
Rasteja, espreita, disfarça
Segue a vida a se enrolar
Estica, encolhe, apaga esse brilho vulgar
Pode chocalhar, pode berrar
Ninguém vai te escutar
Continue a rastejar
Ou mude.
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Postado por sonia maria de araujo sobrinho
30/5/2015 às 20h19
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Localismo: à pé ou de bike ?
Quando adolescente passei a maior parte do meu tempo brincando na rua e costumava saltar latões de lixo e obstáculos que haviam nas calçadas; praticava o le parcour e nem sabia.
Outra brincadeira que também gostava muito era "apostar" corrida com os ônibus que subiam uma rua próxima à minha casa, quando coincidia de estarmos juntos na subida.
Essas atividades saudáveis me fizeram gostar de caminhar e é o meu exercício físico preferido. Hoje tenho procurado praticar o "localismo" ou "novo urbanismo" como é chamado esse movimento que visa minimizar os problemas inerentes às grandes metrópoles.
Morando em um bairro central de Belo Horizonte, a maioria das minhas atividades estão sendo feitas perto de casa e tudo seria perfeito se não fosse a questão da violência que assola as grandes cidades. Andar a pé, com bolsa, celular, jóias (mesmo que sejam baratinhas) relógio de pulso por exemplo, nem pensar, sempre tem algum malandro de olho.
Por conta dessa onda de assaltos que tiram nosso sossego, tenho andado muito menos a pé do que gostaria.
Já que andar à pé está comprometido, pensei: que bom que estão construindo ciclovias. As magrelas estão aparecendo mais em nossa cidade, embora timidamente. Possuímos sistema de bicicletas compartilhadas mas não somos Copenhague, cidade pioneira no mundo no incentivo à bicicleta e à caminhada e também nem chegamos perto de Tianjin, cidade chinesa que possui o maior percentual de ciclistas do planeta.
Localismo em Belo Horizonte, a pé ou de bike ? sem segurança ? nenhum dos dois.
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Postado por sonia maria de araujo sobrinho
23/5/2015 às 23h23
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Castelo dos sonhos
Ali estava eu, em frente aquela porta, desconhecida e enigmática. Confesso ter sido levada por um fascínio encantador, aquele lugar não parecia real embora possuísse belos contornos e um visual atraente, ele deveria provocar receios e inseguranças muito maiores a ponto de me fazer recuar. Não que fizesse força contrária mas a reação foi atrativa e não de repulsão.
Com o tempo, as ações tomadas a contragosto foram se anulando, simplesmente por nunca existirem e ficou o espaço reservado para tal; espaço de amor, de aproximação.
A ocupação foi progressiva, lentas e dava a idéia de infinito. Queria tocar mas não havia o direito ao toque, apenas o contemplativo:
minha vontade era ficar horas te olhando
ouvindo sua voz
te descobrindo...
Daí que o invisível toma forma e se faz próximo. Agora que é conhecido, sai do abstrato e entra no mundo da razão, partes delicadas inclusive, são perceptíveis e passíveis de aceitação.
O flutuar se faz concreto, o questionamento aparece, posso não posso, devo ou não devo ? digo agora que flutuo com os pés no chão e que estou disposta a transpor esse portão.
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Postado por sonia maria de araujo sobrinho
18/5/2015 às 13h16
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Procrastinação Estruturada
Quando recebi do meu filho como presente de natal em 2014 o livro "A Arte da Procrastinação" - Como realizar tarefas deixando-as para depois, do escritor americano John Perry, confesso que tive um certo constrangimento pois pensei, lá vem outra chamada de atenção ao meu comportamento como procrastinadora. Armei-me de coragem e me propus a fazer um enfrentamento honesto e direto com essa minha característica não tão boa assim.
A leitura foi até rápida e fiquei de fazer uma abordagem resumida para dar a meus familiares o retorno do meu aprendizado (esse retorno demorou quatro meses para ser feito).
Com a leitura do livro descobri que nós, procrastinadores, abalamos nosso relacionamento familiar com tais atitudes, deixando as pessoas irritadas e nervosas conosco e concluí que pode ter saído daí a idéia do meu presente.
De acordo com John Perry, o "Procrastinador estruturado é uma pessoa que faz muito ao não fazer outras coisas. Em geral, procrastinadores seguem exatamente um caminho que não é reto; a procrastinação estruturada exige certa quantidade de autoengano; aumentando a importância e os prazos irreais, assim sentimos que elas são necessárias e urgentes".
O fato de ser uma procrastinadora estruturada pode estar na minha genética. Sou pisciana e estou sempre construindo mundos de sonhos e fantasias e consigo me sentir leve agora, decidindo como e quando fazer minhas tarefas, afinal... as caixas entulhadas no canto do quarto... se faço essa tarefa agora ou depois sou eu quem decido, e viva a liberdade! Importante dizer que a parte da minha vida que envolve outras pessoas, tais como trabalho, contas a pagar, saúde, etc., eu não procrastino.
Após a leitura do livro, tenho agora duas interpretações a respeito de procrastinar: aquela mais dura que se refere a um mal hábito que precisa ser mudado e a procrastinação estruturada, onde o autor nos esclarece que "procrastinação é um problema, não uma virtude bem escondida e não é o pior defeito do mundo; você poder ser um procrastinador e ainda conseguir fazer muitas coisas, às vezes o defeito tem seus benefícios e, finalizando, fique contente consigo mesmo pelo que conseguiu fazer e acima de tudo, desfrute da vida".
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Postado por sonia maria de araujo sobrinho
14/5/2015 à 00h32
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No meio da noite, no meio do dia
Como posso falar da noite se sempre tive medo dela. Não sei mas as pessoas que varavam a madrugada na rua, para mim eram esquisitas, libertárias demais. Bebia-se muito, flertava-se muito e eu via muitas caras solitárias e tristes, como
se esperassem que á meia noite, as bimbalhadas dos sinos anunciassem uma reviravolta em suas vidas, onde tudo seria melhor. A esperança e a reflexão são nítidas nesta hora. Agarra-se ao último foco de luz para não deixar sumir o brilho da noite, o brilho da vida. Tudo é tão luminoso, furta cor. Todos parecem se conhecer e serem amigos; - ou seria só cumplicidade ?
Muitos que não fumam passam a fumar, os que bebem pouco, bebem um pouco mais e riem, riem alto, ás gargalhadas. Tudo fica engraçado. Olha só sua cara, está grande, parece torta. Seus olhos parecem saltar e percebo agora sua falha de dentes, bem na frente. A gente ri tanto que dá vontade de fazer xixi e na toalete as mulheres definem quem ficará com quem. Formam-se os pares, alguém vai sobrar.
Já passaram das duas da manhá e daqui pra frente o resto tudo vale. O garçom entrega bilhetes; pendura contas e vai enchendo mais o copo. Olhares furtivos, passos trôpegos, fala embolada. Será que é comigo mesmo que ele está falando ?
Na volta pra casa, muitas juras, carícias audaciosas, troca de telefones; telefones trocados de propósito.
- é da casa do Luiz ?
- não, minha filha, náo existe nenhum Luiz neste telefone
- desculpa, foi engano
E agora, eu não peguei o nome completo dele. A roupa que parecia linda na noite anterior, agora parece ridícula demais para esta manhá. Toda amarrotada, ás vezes sem botão ou o zíper não funciona mais (sobe só até o meio).
Vou me deitar e aviso antes pra Maria.
- não me chame, por favor. Se eu acordar no meio da noite/no meio do dia, deixa que eu me viro.
Viro pra um lado, viro pro outro. Aperto meu travesseiro, que assume contornos de parceiro. Me recuso nesta hora a ouvir o toque do despertador, a campainha, o telefone. Faremos nossa própria distinçáo de horário. Daqui pra frente nosso estômago nos avisará a hora de comer, nosso sexo e coração a hora do amor, em sintonia, e nosso corpo nos levará para a cama,
relaxar, recuperar energias. Eu me alimento e reservo, esticando sensações, revivendo tudo; só assim consigo esperar nosso próximo encontro.
O próximo encontro aconteceu de uma maneira nada convencional, alguns meses depois. Sabe aqueles dias onde parece que se tem amnésia ? as coisas são lembradas pela metade, como um sonho interrompido. Tínhamos uma reunião com fornecedores para escolha de determinado produto e para meu espanto, lá estava ele, impecável, em terno de linho claro. Chegou como se estivesse atrasado, cumprimentando a todos apressadamente. Foi como se não me conhecesse ou tivesse talvez uma vaga
lembrança. Também procedi como tal. Ao final deste encontro nos despedimos cordialmente com um até logo, até um dia.
Passado tanto tempo, eu me pergunto o que se encontra nestas noites. Será que ainda tem tanto brilho ? brilho falso, brilho fugaz, um calor que nos esquenta quando se tem frio. Apenas isto.
No dia seguinte o tempo já estava fresquinho de novo, podia-se usar menos roupas (não preciso de tanto para me aquecer).
Vou sair um pouco, passear, tomar sorvete. Agora a luz é natural e é assim que eu me encontro.
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Postado por sonia maria de araujo sobrinho
6/5/2015 às 16h42
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Depois do expediente
Funcionou como uma atração magnética. Ele estava de costas, mas nós o olhávamos tão insistentemente que ele se virou para trás como que procurando alguma coisa. Nossos olhos se cruzaram por um instante, fiquei sem graça e olhei pro chão. Parece que adivinhou que queríamos mesmo era vê-lo de frente, como que a confirmar se ele era bonito como estávamos
imaginando.
Não tivemos decepção e continuamos nosso caminho solitário da paquera. Observávamos agora suas roupas, se estavam limpas e seu estilo. Esportivo não era, usava roupas alinhadas de grife e se deixava levar pela conversa solta do engraxate que lustrava seus sapatos em plena Praça Sete. Os outros amigos em volta dele, davam gargalhadas e pediam mais um chope.
Na mesa ao lado, eu e minha amiga Dalva Lúcia (chamada de "estrela" por nosso colega Alfredo). Enquanto eu brincava com o canudinho, fazendo círculos em volta do copo, ela fazia seu melhor sorriso e o esbanjava por todos os lados para que alguém muito especial a visse e, quem sabe, até se aproximasse. Afinal este era o motivo de estarmos ali, naquele barzinho, depois do expediente. Tudo aquilo me parecia como uma pescaria e eu disse isso para ela. Já víamos os rapazes fisgados no fundo do balaio, nos divertíamos dando nomes
aos "peixes". Os identificávamos por alguma característica marcante. Podia ser pelo bigodinho, pela barriguinha saliente dos que gostam de cerveja ou qualquer outra pista que estivesse à mostra. Mas o peixe graúdo mesmo, este ainda não estava no balaio. Nas tentativas de captura que fazíamos, ele se debatia e reagia, jogando água por todos os lados e escapava, deixando-nos literalmente a ver navios e miragens como bolhas de sabão.
Por fim, resolvemos ir embora de mãos vazias mesmo. Passava das 23 horas, tínhamos que acordar cedo no dia seguinte e o "mar" também não estava bom. Aquele cheiro de maresia deixou nosso estômago embrulhando, coisa de mineiro que não está acostumado com isto.
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Postado por sonia maria de araujo sobrinho
6/5/2015 às 15h54
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Manhã no parque
O Parque Municipal com sua paisagem bucólica, tranqüila, bem no centro de Belo Horizonte, oferece grandes atrativos e pode também proporcionar grandes aventuras. Foi o que aconteceu quando resolvi levar meus filhos pequenos, dois sobrinhos e a babá para passear de barco. Nunca tinha me aventurado assim
antes e achei que todos poderiam gostar. O ingresso dava direito a 30 minutos, com direito a desfrutar a linda paisagem do local. O responsável por esta área no parque foi quem fez a distribuição de pessoas.
Num barco ficou Rodolfo de 2 anos na ponta; meu sobrinho de 16 anos no meio para contrabalancear, remando, e eu e Moniquinha, também de 2 anos, na outra ponta. Ela, sentadinha no chão, encolhidinha.
Assim que o barco saiu, comecei a me sentir incomodada. Não tirava os olhos do Rodolfo, lá na ponta, observando tudo ao seu redor. Percebi que só poderia conversar com ele de longe, porque se levantasse, o barco perderia o equilíbrio.
Acabou-se meu sossego. Fiquei o tempo todo falando:
- filhinho não se levante, está bem ?
Quando vi o pequeno chafariz, pedi que fossemos até lá para nos refrescar. Receber aqueles pinguinhos d'água, que com o sol ficaram coloridos. Quando estávamos quase chegando desisti da idéia. Pedi ao meu sobrinho que voltasse pois me lembrei que aquela "chuvinha" poderia empolgar as crianças; elas se
levantariam e poderiam provocar um verdadeiro caos.
-faltava muito para terminar os 30 minutos
De repente me lembrei do outro barco. Onde andariam meu sobrinho de 9 anos e a babá de 17 ? Avistei-os longe de nós, brincando de jogar água um no outro; rindo, distraídos, e o barco á deriva.
- Meu Deus, só me faltava essa.
O que via agora já não me parecia tão bonito. Aquela água esverdeada, suja, refletia meu medo. Por meus olhos passavam objetos jogados pelos desordeiros para atrair os peixes: copinhos de plástico, pipoca, papel de bala (peixe mesmo eu
não vi nenhum). Exalava um odor forte e fui ficando tonta.
Assim que ancoramos, o encarregado pelos barcos zarpou para buscar o barquinho azul deles, de nome "timoneiro"; que quer dizer "aquele que governa a embarcação".Voltaram rebocados e sem se dar conta do perigo que correram. Melhor assim, a
manhá estava apenas começando.
- passava muito dos 30 minutos
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Postado por sonia maria de araujo sobrinho
6/5/2015 às 15h37
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Sem saída ?
Um lugar fundo, escuro, cheio de saídas que te levam a um mesmo lugar toma conta de você e te assusta com o eco de seus próprios pensamentos.
Você pára com as mãos no rosto e aperta com força o pacote frágil da condenação. Anda sem forças, sem rumo, preocupada apenas com a visão pois sabe que ela te mostrará a luz da saída certa nessa prisão.
O mundo fica reduzido a por quês sem resposta que se perdem numa simples tentativa de captura à força. Ao mesmo tempo te valoriza pois estabelece uma igualdade: use as armas que quiser mas não apele, pois será inútil qualquer tapeação.
A luta começou com debates crescentes, partindo do medo, te prensando contra a parede , que recebendo forte carga de razões, cedeu e te atirou, em pleno dia quente, para que vivesse novamente.
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Postado por sonia maria de araujo sobrinho
5/5/2015 às 15h02
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Julio Daio Borges
Editor
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