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Quarta-feira,
18/3/2015
Blog de Expedito Aníbal de Castro
Expedito Aníbal de Castro
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Relato de um tsunami no ano de 366
"No segundo ano do reinado de Valentiniano e Valente, na manhã do vigésimo primeiro dia de julho, a maior parte do império romano foi sacudida por um terremoto violento e destruidor. O abalo se transmitiu às águas; as praias do Mediterrâneo secaram pelo repentino recuo do mar; cardumes de peixes eram apanhados à mão; grandes barcos encalharam no lodo; e um curioso espetáculo divertia os olhos, ou melhor a fantasia, quando se contemplava a variada aparência de vales e montanhas que, desde a formação do globo, nunca se tinham expostos à luz do sol. Mas a maré logo voltou com a força de um imenso e irresistível dilúvio, intensamente sentido nas costas da Sicília, da Dalmácia, da Grécia e do Egito; grandes barcos foram arrastados e instalados sobre os tetos das casas ou à distância de três quilômetros da praia; as águas varreram as pessoas e sua habitações; e a cidade de Alexandria passou a comemorar anualmente o dia em que cinquenta mil seres humanos perderam a vida na inundação."
Valentiniano e Valente subiram ao trono do império romano do ocidente e do oriente, respectivamente, no ano de 364. O segundo ano do reinado, portanto, é 366, dia 21 de julho. Quem nos fornece tal relato é Edward Gibbon, historiador que se dedicou a pesquisar e escrever extensa obra sobre a Roma Antiga. O primeiro volume de "Declínio e queda do Império Romano" foi editado em 1765, quando Gibbon tinha apenas 28 anos. A obra completa se estendeu por seis volumes e é, hoje, ainda, a mais respeitada quando se trata de história de Roma.
O retrato da hecatombe é de tal maneira magistral que se nos parece estar vendo o acontecido. Naquela época, cinquenta mil mortos pela força da natureza, era algo indizível. A obra de Gibbon não cita bibliografia ou as fontes de pesquisas utilizadas, mas se hoje temos dificuldades em encontrar os seis volumes da mesma — geralmente são editadas apenas condensações com comentários do Editor — imagine-se, àquela época, o trabalho que o mesmo despendeu para pesquisar toda história romana
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Postado por Expedito Aníbal de Castro
18/3/2015 às 17h20
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o movimento do dia 15 de março de 2015
Não podemos negar que o Brasil atravessa uma séria crise institucional. As redes sociais clamam por uma intervenção militar; no Dia Internacional da Mulher, quando do pronunciamento da Presidente Dilma, bairros inteiros da cidade de São Paulo produziram um panelaço ensurdecedor; ontem, na abertura de um evento da Construção Civil, a Presidente foi veementemente vaiada; a corrupção, na forma de epidemia, atingiu o Congresso Nacional, ferindo gravemente os Presidentes das duas casas parlamentares e mais uma miríade de outros políticos, entre senadores, deputados e vários "ex".
No próximo domingo, dia 15 de março de 2015, o povo sairá às ruas, pacificamente, pedindo o impeachment já da Presidente Dilma. Por quê impeachment já? Porque a Presidente não tem mais controle dos problemas que envolvem seu governo. Dias atrás a intervenção do ex Presidente Lula foi tão notória que não sabíamos quem governava: se ele ou ela. Além disso, o claro estelionato eleitoral da Presidente que prometeu maravilhas durante a campanha e agora exige do povo "paciência" para com as medidas de austeridade; isto tira-lhe toda autoridade moral para conduzir os destinos do país.
O movimento, no entanto, não propugna somente o impeachment; também um basta a corrupção com severa punição dos envolvidos no escândalo da Petrobras além, é claro, de uma mídia independente e sem mordaças, incluindo-se aí as redes sociais. O povo não permitirá que aconteça com os envolvidos na operação Lava a Jato o mesmo que aconteceu aos mensaleiros: todos soltos à exceção do ex-deputado Pedro Corrêa que não é do PT nem tinha foro privilegiado.
O ex Presidente Lula convocou o "exército do Stédile", ou seja o MST, para também sair às ruas. Acreditamos ser uma atitude irresponsável pois poderá gerar confrontos, instalando-se uma réplica da Revolução Francesa, o que ninguém deseja.
Não arredaremos pé. Não fugiremos. Não temeremos.
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Postado por Expedito Aníbal de Castro
11/3/2015 às 13h41
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Julio Daio Borges
Editor
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