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Sexta-feira,
11/12/2015
Blog de Expedito Aníbal de Castro
Expedito Aníbal de Castro
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ROMA ANTIGA E BRASIL DE HOJE
Se ao menos as virtudes públicas e privadas fossem capazes de suprir as crescentes fraquezas do regime! Mas por acaso podem existir ainda virtudes públicas num tempo em que o poder é posto em leilão e em que se podem ver os pretendentes disputar por milhões de sestércios os favores dos pretorianos? O sistema do "quem dá mais?" estende-se desde o palácio imperial até a tenda do mais pequeno centurião. Mais do que nunca, o dinheiro agora é rei, rei de uma realeza absoluta e incoerente, como é costume ver em todas as épocas de desequilíbrio financeiro e de inflação. Batem em retirada os princípios da moral mais elementar. O exemplo vem de cima, da própria corte imperial......
. Texto do livro A IGREJA DOS APÓSTOLOS E DOS MÁRTIRES, Daniel-Rops, da Academia Francesa
ALGUMA SEMELHANÇA COM O BRASIL DE HOJE? O QUE SE VIU NOS ÚLTIMOS DIAS NO CONSELHO DE ÉTICA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, NA PRÓPRIA CÂMARA, SÃO COMPORTAMENTOS DEPRIMENTES, VÍS, BAIXOS, DEGRADANTES, IMORAIS, PAUTADOS POR AQUELES QUE BUSCAM APENAS A DEFESA DE SEUS INTERESSES PESSOAIS
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Postado por Expedito Aníbal de Castro
11/12/2015 às 16h56
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Uma Santa História
Roma fervilhava. Saíra de uma série de vitórias importantíssimas para seu projeto de expansão. Milhares de estrangeiros foram feitos escravos.
O Coliseu e o Circo Máximo dificilmente passavam algum dia sem espetáculos. Ali se defrontavam, até a morte, escravos gladiadores entre si ou contra as feras mais bem treinadas do império. A populaça vivia a pão e circo e gostava dessa maneira de viver. Própria de espíritos pobres cujo simples viver já lhes era suficiente.
Mas havia outros tipos de escravos, capacitados para trabalhos mais especializados e importantes. Tanto os escravos médicos quanto as escravas babás conseguiam, muitas vezes, ter bastante influência sobre a família, inclusive sobre a educação das crianças a seus cuidados. Essas crianças surpreenderiam, muitas vezes, pela qualidade da educação recebida. Talvez tenha sido assim que uma menina da mais alta estirpe da gens romana tenha sido educada.
Tudo indica que a escrava que a educou havia se convertido ao cristianismo. Paulatinamente essa escrava foi transmitindo, à menina, todos os ensinamentos recebidos nas reuniões dos cristãos. Esse trabalho educativo encontrou solo fértil no coração da criança que crescia em bondade, caridade, amor ao próximo e à família e muito respeito aos mais velhos.
Anos após, no lugar da criança, havia uma linda mulher. Recatada e admirada por todos que a conheciam, seus pais a destinaram a um casamento com um rapaz, também de alta estirpe, sem jamais imaginarem que, no coração, ela havia se destinado somente para Deus. Seus pais, assim como seu noivo, eram pagãos e acreditavam que ela também.
A jovem se debatia entre vários temores: não ter confessado já, aos pais e ao noivo, sua religião; eles nunca iriam entendê-la; não ter tido, perante sua fé, a coragem de fazê-lo, enquanto dezenas de irmãos davam a vida, diariamente, somente por ter tido a coragem de confessar sua nova crença. Ela se sentia pequena e fútil diante daqueles mártires que apregoavam a nova fé. Seu coração dizia que ainda chegaria sua vez, mas ela desacreditava de sua coragem.
Chegou o tão "sonhado" dia do casamento. Foram três dias de festa: cantores, bailarinas, palhaços, muito vinho e muita carne. A multidão convidada modificava o odor costumeiramente puro daquela residência sempre voltada para a quietude. Durante a festa o casal, como costumeiramente se fazia, tinha que agradecer, a cada convidado, a presença e o presente recebido. Ela sorria para todos, mas, interiormente, sentia-se mal diante daquela festa pagã e a achava desnecessária, pois muitos eram os que precisavam de ajuda.
Finalmente ela ficou a sós e cara a cara com o marido. A coragem lhe veio de uma forma intensa; as palavras saiam-lhe da boca de forma macia, leve, mas com um poder de convencimento extraordinário. Contou tudo. Sua infância, o amor dedicado ao Cristo e ao próximo e sua promessa de virgindade, de pureza, de castidade. Cecília fitou, então, fixamente, Valeriano. Aguardava com extrema ansiedade as palavras que lhe seriam dirigidas. Valeriano caiu por terra e chorou. Não um choro de decepção, de ter sido traído, mas um choro de alegria, de quem conheceu a Verdade naquele momento, de quem agora sabia, sim, que podia existir amor, perdão, caridade e tantos outros sentimentos puros na fé de Cristo. Abraçou Cecília e correu para a residência de Urbano, bispo de Roma.
Meses mais tarde, quando já havia passado o período ao qual chamamos lua de mel, um irmão de Valeriano, Tibúrcio, foi visitar o casal. Surpreendeu-se com a organização, com a limpeza, com a alegria do casal mas, acima de tudo, com um leve odor que se sentia por toda a residência. Indagou, então, de onde provinha esse odor que o inebriava. O casal respondeu que o amor, a união, a fé em Cristo proporcionava aquele odor surpreendente. Tibúrcio também chorou o choro da conversão e, igualmente a Valeriano, correu para a residência de Urbano.
A partir daí os três se uniram com um objetivo único: difundir a fé cristã e cuidar de seus semelhantes. A residência, em pouco tempo, estava repleta de pessoas doentes às quais eram dadas atenção médica e alimentação. O movimento se tornou tão intenso que chamou a atenção das autoridades. Como representantes da gens Caecilia e da gens Valerii agiam daquela maneira? Perguntavam-se todos. Os três, apesar de pertencerem a famílias antigas que haviam fornecido senadores e generais para Roma, foram presos.
Tibúrcio foi o primeiro a ser interrogado. Indagado se fazia parte da "seita" cristã, informou que sim. Renegava os deuses pagãos, o Imperador Deus, e os deuses familiares? Tibúrcio respondeu que sim e que somente adorava o Deus cristão. Foi-lhe dada a oportunidade de voltar atrás, mas ele continuou dando as mesmas respostas. Foram-lhe aplicadas quarenta e nove chibatadas. Novamente ele confirmou sua fé em Cristo. O carrasco foi, então, incumbido de sua execução. Sua cabeça rolou ao golpe da espada.
Valeriano foi supliciado em seguida. As mesmas perguntas, as mesmas respostas, as mesmas chibatadas. Daniel-Rops, da Academia Francesa, em A Igreja dos Apóstolos e dos Mártires assim escreve: E a sua atitude é tão heróica e a sua fé tão exuberante que o rude soldado incumbido de os levar ao suplício, chamado Máximo, segue-lhes o exemplo e converte-se. Valeriano é, então, executado pela espada. Em seguida Máximo também é executado de uma forma bem mais brutal: golpes com um chicote revestido de chumbo.
À Cecília é permitido levar os três corpos e sepultá-los conforme o costume cristão. Logo após ela é novamente presa e interrogada.Mesmas respostas. Cecília é levada, então, ao caldarium, espécie de sauna extremamente aquecida, para morrer sufocada. Vinte e quatro horas após, quando a porta é aberta, encontram a mártir num ambiente de agradável frescor, orando e louvando a Deus. Cecília é conduzida, então, ao cadafalso onde será executada com golpe de cutelo. O carrasco golpeia a primeira vez e erra; golpeia a segunda vez e acerta em parte; golpeia a terceira vez e erra novamente. Cecília, com o pescoço meio decepado, ainda tem forças de conformar aqueles a quem ajudara tanto.
Segundo Daniel-Rops, em 1599 foi encontrada uma placa com o nome da Santa ao lado de um corpo decapitado. Em 1905 foi encontrado, debaixo da Igreja de Santa Cecília, no Trastevere, o "caldarium" onde a Santa fora deixada para morrer sufocada.
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Postado por Expedito Aníbal de Castro
7/11/2015 às 10h28
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A Última Noite
A escuridão e o frio eram palpáveis na cela. A esteira de arbustos e palhas parecia possuir espinhos naquela noite. Os cobertores velhos e rasgados deixavam passar o frio que feria como agulhas.
Os demais prisioneiros dormiam: alguns roncavam, outros se mexiam muito, mas todos dormiam. Menos ele.
Os pensamentos iam e voltavam numa velocidade frenética, absorvendo todo seu oxigênio, todo seu vigor. Pensava nos companheiros que, apesar das torturas, não delatara. Poderiam continuar com a revolução que se prenunciava em vários locais do país. A revolução para a qual colocara à disposição todo seu acervo intelectual e seu pendor literário. Tinha noção do valor dos seus escritos e do impacto que causara no meio intelectual, mas, agora, nada mais era que um revolucionário preso.
Pensava na mãe, agora sem alguém para ajudá-la. Ela lutara com todas as forças para sustentá-lo, mesmo carregando como sobre peso um marido bêbado - como era comum - que trocava de emprego como quem troca de roupa.
O padre estivera com ele na tarde anterior. Fizera sua confissão com toda fé. Poderia esperar algo melhor em uma vida posterior? Ou não haveria posterior? Haveria alma, espírito? Somente a vida do corpo? Deus não pregaria uma peça desse tipo, de humor negro a toda humanidade! Apesar das indagações, sua fé continuava inabalável.
Costumava comparar a revolução com a revolução de Cristo: voltada para os mais infortunados, para os famintos, para os sem esperança, para os bêbados, como seu pai, que não encontrava sentido na vida, para os que trabalhavam mais de doze horas por dia sem perspectiva alguma de vida melhor. De uma maneira ou de outra, os revolucionários eram como Cristo, pregavam e lutavam por uma vida melhor: terrena, mas melhor.
O padre iria acompanhá-lo, pela manhã, quando se dirigisse ao local da execução. Procurava desviar o pensamento desse momento, mas ele voltava com uma persistência dolorida. Precisava estar no controle de suas emoções e não demonstrar medo. Precisava ser homem, digno, forte, sem hesitação, até no momento final; mostrar que o fervor revolucionário era superior ao medo da morte, do "posterior". O que pensariam seus amigos se fraquejasse? E o restante da população, se visse num líder revolucionário, um covarde?
O sol, coberto por densas nuvens, mostrou um pouco do seu brilho, mas o frio continuava intenso. Repassou, um tanto rapidamente, os detalhes de sua vida: infância sofrida, juventude arredia e voltada para os livros e, na fase adulta, membro ativo da revolução que pretendia depor o Czar e desfraldar a bandeira de um governo proletário.
O carcereiro chegou trazendo um pouco de alimentação quente. Comeu sem gosto. Vestiu-se. O frio aumentou com a roupa simples designada para a execução. Dois soldados postaram-se ao seu lado. Conduziram-no pela prisão e, na porta de saída, estava o Padre. Fez o Sinal da Cruz e o Padre acompanhou-o rezando.
Oito soldados estavam a postos com seus fuzis. O oficial encarregado da execução indagou se havia algum pedido especial a ser expresso pelo preso. Nenhum. O Padre deu-lhe a extrema unção. Vendaram-lhe os olhos. Amarraram-no a um poste. Ele rezava e pedia forças a Deus. Não fraquejou.
O oficial iniciou as ordens finais. A partir daquele momento Dostoievski não conseguia pensar em nada; um turbilhão passava pela sua mente em total desordem: medo, frio, escuro, era um animal acossado pela morte iminente. Atenção! Apontar! Fogo!
Dostoievski não sentiu, fisicamente, as perfurações das balas, mas psicologicamente estava morto. Por quê não sentia dor? A morte seria assim, tão fácil? O quê passaria a ver, a sentir, a encontrar? As indagações continuavam e nenhuma tinha resposta. Ele começou a observar que não sentia dores quando ouviu a ordem para desvendá-lo e desamarrá-lo. Estava perplexo. Todos os fuzis estavam com defeito? O quê acontecera?
A explicação veio de imediato. O oficial informou-o de que, instantes antes da execução, o Czar comutara sua pena de morte em desterro e trabalhos forçados na Sibéria, mas que a encenação deveria prosseguir até ao fim. Dostoievski viu a morte em vida e esta nova oportunidade foi aproveitada para uma produção extremamente profícua de obras que descem ao fundo mais fundo da alma humana.
Texto publicado, também, no Clube Eslavo.
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Postado por Expedito Aníbal de Castro
29/10/2015 às 18h12
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A República na lona.
Eu acredito que o Brasil nunca atravessou um período tão turbulento, econômica e politicamente. O PT, o ex-presidente (graças a Deus) Lula e a Presidente Dilma estão totalmente desacreditados, embora o ex-presidente mande mais que qualquer um outro. Prévia de nova pesquisa aponta a popularidade da presidenta caindo abaixo dos 10% e a rejeição aproximando-se dos 80%.
A inflação já beira os dois dígitos. O último reajuste da gasolina vai repercutir em todos os demais itens de consumo,uma vez que tudo é transportado por caminhões. Quem vai aos supermercados encontra frutas legumes e verduras com preços estratosféricos. Os artigos importados sofreram um severo reajuste em consequência da desvalorização do dólar.
O desemprego aumenta a cada dia, já são milhões de desempregados, muitos dos quais sem acesso ao seguro desemprego, pelas novas regras baixadas pelo governo. Tudo indica que outros direitos dos trabalhadores serão cortados.
O comércio e a indústria estão praticamente parados e demitindo. Ao visitar ruas de casas comerciais no centro de Fortaleza (por exemplo), o que se vê são inúmeros vendedores na porta sem nenhum comprador no interior das lojas. O que ainda sobrevive são empresas que vendem produtos de necessidades básicas como alimentação e medicamentos. Para ilustrar, estive em um grande supermercado hoje, que faz promoções de frutas, legumes, verduras e carne as terças e quartas-feiras e que geralmente, nestes dias, estava superlotado; havia umas quarenta pessoas fazendo compras e os caixas estavam vazios.
Mas, se fosse somente isso, talvez nos uníssemos em prol de um Brasil economicamente forte. Mas a operação "Lava a Jato" mostrou um país que vive nos subterrâneos, nas podridões dos esgotos fétidos da corrupção. A indagação que se faz não é "qual político está ligado a ela?", mas "qual político não está ligado a ela?". Num eventual impeachment onde presidente e vice percam o cargo, quem assume é o presidente da Câmara que, pelas notícias veiculadas, está mais que enrolado na citada operação, isto sem se falar das contas na Suiça.
Mas,nos últimos dias, o Poder Legislativo também deu sua mostra de que está lá tão somente para defender interesses próprios. Os abutres devem ter pensado que há animais bem pior que eles. O PMDB mostrou sua horrenda cara fisiologista, capaz de devorar ministérios, secretarias, cargos em comissão. Em nenhum momento algum dos deputados se dignou pensar nos destinos do país. Cheguei a ficar com dó da Presidente, pela chantagem que estava sofrendo.
Resta-nos esperar que DEUS resolva intervir e que algo aconteça para que tenhamos a coragem de lutar pelo nosso país, pois, tudo que foi mencionado acima, parece não levar nenhum de nós a se revoltar contra tal estado de coisas. Não há, também, alguma liderança moral e eticamente forte o suficiente para organizar e levantar o povo. Aliás, não há qualquer liderança oposicionista.
SALVAI-NOS PAI.
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Postado por Expedito Aníbal de Castro
6/10/2015 às 16h42
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Entre mandiocas e mulheres sapiens.
Estive num show de humor e a apresentadora, entre outras estórias, contou que a mandioca, quem diria, a mandioca !, tinha sido essencial para o desenvolvimento do ocidente e que,( após enrolar uma folha de bananeira), o fato de as mulheres conseguirem enrolar uma folha de bananeira em forma de bola as tornava "mulheres sapiens". A apresentadora foi mais além e, entre risadas, disse que por trás de cada criança havia um cachorro. Não sei dizer qual a reação das crianças, mesmo porque estávamos num show de humor onde a apresentadora era, nada mais nada menos, que a Presidente da República do Brasil, é isso mesmo, do nosso querido Brasil. Mais risadas ? E se fosse de outro país nós não continuaríamos a rir ? Pois essa é a imagem que lá fora fazem de nós. Que o diga o Financial Times para o qual o Brasil é "um filme de terror sem fim".
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Postado por Expedito Aníbal de Castro
28/7/2015 às 10h25
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Governo e Ideologia
O CONTRATO SOCIAL de Rousseau explicita o que é o Estado, como foi "criado", quais suas funções e objetivos. O Estado existe como um "contrato" tácito onde cada um abre mão de algum "direito" em prol do bem estar de todos. Assim é que você não tem o "direito" de matar outra pessoa; se o fizer vai sofrer sanções, perder a liberdade, por exemplo. No nosso país torna-se difícil entender isto porque o Estado abriu mão de sua autoridade em prol dos "fora da lei", ou seja, no Brasil é muito melhor você não cumprir o "contrato social" — ser fora da lei, estar à margem da lei — do que cumpri-lo, porque o próprio Estado já está fora da lei. Esta autoridade foi deixada de lado em troca do beneficiamento de pessoas e outros Estados com comportamentos idênticos. No caso, o Estado Brasileiro abdicou dessa autoridade, desse poder de ser o mediador de direitos e obrigações, ao privilegiar uma parte da população em detrimento dos demais e ao "escolher" para relacionar-se economicamente, outros Estados que também estão "fora da lei".
Assim é que o Brasil, hoje, privilegia suas relações com a Venezuela, a Bolívia, a Argentina, Cuba e alguns países africanos, porque esses países partilham da mesma ideologia que se diz "de esquerda". Não interessa, ao Governo Brasileiro, no relacionamento com esses países, uma troca de benefícios para suas populações mas o fortalecimento político autoritário que guia os governos desses Estados. Assim é que, enquanto internamente sofremos uma crise financeira como nunca se viu antes, o Brasil, até final do ano de 2014, havia liberado quase um bilhão de dólares para construção do porto de Cuba, outros tantos milhões para a Venezuela, assim como para a Bolívia, Argentina e outros. O que caracteriza esses Estados nos dias atuais ? Governos de esquerda, autoritários, onde não há o mínimo respeito aos direitos dos opositores que são presos e cujas famílias sofrem, dos respectivos governos, uma perseguição implacável por causa do posicionamento político de oposição. Por que no Brasil ainda não estamos vivendo isso ? Por causa da mídia que o Lula, a qualquer custo, insiste em amordaçar. Pergunte a qualquer petista o que mais atrapalha o desenvolvimento no Brasil e ele responderá de imediato: A MÍDIA.
A finalidade do Estado é proporcionar o máximo bem estar possível aos seus cidadãos, independentemente de ideologias. Mas o que acontece, de fato, é o crescimento desproporcional dos direitos individuais e das minorias, enquanto a grande maioria da população sofre os efeitos desse desequilíbrio. Vejamos: o Estatuto do Desarmamento proíbe o porte de armas e foi aprovado com base numa premissa totalmente falsa: a de que o desarmamento proporcionaria uma queda significativa no índice de violência. A violência aumentou significativamente e, hoje, o "fora da lei" tem a certeza de abordar um cidadão totalmente indefeso, que reagindo ou não é assassinado da mesma maneira, e esse "fora da lei", seja de maior ou de menor, tem a certeza da impunidade. Já o Estatuto do Menor e do Adolescente não permite, sequer, que a foto do menor infrator seja divulgada, tolhendo acintosamente o direito do restante da população de conhecer e prevenir-se contra tais elementos. Mais, ainda, apesar da variedade de programas televisivos e dos jornais noticiarem diariamente assassinatos, estupros, latrocínios, o Governo parece não ver, ou não acreditar, ou simplesmente não se incomodar com o fato de que dezenas de pais, filhos, sobrinhos, netos sejam mortos diariamente sem que se mova um dedo sequer para conter tal situação.
Impunidade. Quantos milhares de casos já se viu e noticia-se diariamente, que tal indivíduo assassinou um pai de família e que o mesmo já estivera preso não uma, duas ou três vezes, mas quinze vezes ! Por que isso acontece ? Porque a lei foi elaborada de tal maneira a permitir que isso aconteça. Na maioria das vezes o judiciário simplesmente cumpre o que está na lei e, para fortalecer a impunidade, para dar ao criminoso uma cara de sofredor, de pobrezinho, estão aí centenas de ONG's de defesa de "direitos humanos" — alimentadas pelo Governo — a OAB e a Igreja Católica (eu sou católico). Falar em pena de morte, prisão perpétua, trabalho no presídio é estar se condenando ao desprezo dessas entidades que têm todo acesso à mídia. O preso deveria, sim, TRABALHAR para seu próprio sustento como faz todo cidadão. A falta de trabalho nos presídios é um fator que os torna escolas públicas de criminosos e para criminosos. Mas, tudo isso está dentro de uma ideologia que contraria os princípios que geraram "o contrato social", a ideologia "de esquerda", onde as minorias e os indivíduos têm prevalência sobre a grande maioria da população. E como se sustentam essa ideologia e esse governo ? Dando esmolas aos miseráveis, sem sequer se indagar se o miserável tem ou não condições para o trabalho, sem exigir nada em troca, sem qualificar o miserável e sua família, ou seja, tais miseráveis viverão eternamente às custas do Estado.
Anos atrás uma criança foi estuprada e assassinada aqui em Fortaleza que, diga-se de passagem, é a sétima cidade mais violenta do mundo. O assassino foi preso em um terminal de ônibus quando a população queria linchá-lo. A OAB designou uma comissão para acompanhar o cumprimento dos direitos do assassino. E a família da vítima ? Não tem direitos ? Acredito seriamente que, no Brasil de hoje, não.
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Postado por Expedito Aníbal de Castro
24/7/2015 às 15h31
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A solidão de um sonho
É claro que um sonho é sempre solitário se tomarmos a palavra ao pé da letra. Mas há SONHOS que se tornam comuns. O sonho de liberdade, de igualdade, de progresso, de democracia. E há sonhos que nem são tão grandiosos nem tão pequenos que não possam ser partilhados, divididos, de modo que essas poucas pessoas venham a lutar por aquele ideal.
Eu posso dizer que tive várias mães e todas muito boas para mim. Perdi minha mãe biológica aos três anos. Fui para a casa de minha Avó materna que não tinha muito saber mas tinha muita sabedoria. Ao lado dela estava uma tia que foi, na realidade aquela que implantou em mim tudo que se transformou no que sou.
Aos quatro anos eu já sabia ler e, talvez o fato de ver tanta gente admirada, colocou-me a idéia de que LER era ser o tal (hoje se diz O HOMEM). Assim, tudo que eu pegava, lia. Aos sete anos eu já tinha lido a coleção de Conan Doyle do Colégio. Aos treze eu já lera a coleção Delta Júnior completa, alguns livros que minha tia e meu padrinho me deram e que ainda possuo e mais dezenas, talvez centenas de livros de bolso FBI, que se tornara sucesso na época. Não falei sobre as revistas em quadrinhos que se amontoavam pelo meu quarto. Em 1969 vim morar em Fortaleza, com outra tia, que também foi e é uma mãe, e um tio. Vez por outra eu pedia a esse tio que, diga-se de passagem, sempre foi maravilhoso, um dinheirinho, pois Papai sempre foi pobre e não podia enviar uma mesada para mim. Meu tio, então, perguntava: É para comprar livros? Porque se for eu não dou. E é claro que isso era brincadeira. Apenas para mostrar minha obsessão.
Em novembro de 1972 passei no meu primeiro concurso público e fui chamado, junto com mais cinco colegas, para assumir em São Paulo. Nos hospedamos num hotelzinho que havia na Praça da Sé, vizinho ao pédio da Caixa Econômica. Meu primeiro ato? Comprei o primeiro volume da coleção OS PENSADORES, capa dura, azul escuro e da qual ainda tenho todos os volumes adquiridos.
Eu saíra noivo de Fortaleza e casei meses depois que cheguei a São Paulo. Eu trabalhava no jurídico da Caixa e sonhava ser advogado. Por motivos familiares pedi demissão da Caixa e fui morar em Salvador. Foi a pior loucura que fiz na vida, mas a gente às vezes faz dessas. Logo voltei para Fortaleza e passei no concurso do Banco Central. Comecei, também, a fazer Economia na UNIFOR. Comprava livros e livros e, às vezes, no intervalo do almoço eu ia para uma saleta abandonada ler. Foi aí que fiz meu primeiro trabalho publicado. Concurso do Banco do Nordeste do Brasil, fui contemplado com o segundo lugar e uma boa soma em dinheiro, com o tema: DESENVOLVIMENTO DO NORDESTE: UMA META A ATINGIR
Em 1979 passei novamente em outro concurso da Caixa. Acho que era meu destino e agradeço a Deus por isso. Nesse ínterim (é assim que se diz, não é?) conclui o Curso de Economia e fui nomeado Gerente Geral em uma agência do interior. Agora o dinheiro sobrava um pouco e eu gastava um bom percentual com livros. Inicialmente, o sonho era só meu. Eu desejava ler, ler e ler. Depois eu comecei a pensar que meus filhos também poderiam vir a gostar de ler e tentei tornar o sonho comum. Quinzenalmente, enquanto eu morava no interior, visitava Papai que também gostava de ler. Eu via a biblioteca dele, tão pequena, que passei a levar livros, principalmente sobre a vida de Santos, para que ele tivesse sempre algo para ler. Quanta saudade sinto daquela época!
Foi no interior que produzi o segundo trabalho publicado. Por iniciativa do Jornal O POVO e da UnB, semanalmente era lançado um caderno com o título "Universidade Aberta" sobre vários assuntos e que abria um concurso para as melhores monografias sobre cada assunto abordado. Escrevi, então, QUAL A DIFERENÇA ENTRE MORAL E POLÍTICA PARA MAQUIAVEL? que logrou a segunda colocação e um prêmio em dinheiro.
Voltei como Gerente Geral para Fortaleza e iniciei o Curso de Direito. Foram mais livros e livros. E havia outros assuntos que me interessavam na época, principalmente para-normalidade e mediunidade. E, assim, mais livros foram sendo adquiridos. Às vezes, acho que se tornou uma obsessão. Não estou mencionando aqui as coleções completas de Jorge Amado, Erico Veríssimo, Prêmios Nobel de Literatura, A.J.Cronin e outros. Eu me considerava ateu, e logo, livros de Bertrand Russell, Arthur Schopenhauer, André Comte-Sponville, Nietzsche e mais outros vieram povoar a biblioteca. Iniciei o Curso de Filosofia e haja livros. Eu comprava, lia alguma coisa e mudava para outro. Mas eu, mentalmente, já começava a expandir meu sonho para pessoas que sequer existiam: meus netos. Passei a comprar livros infantis e juvenis. Meus filhos já não faziam parte da comunidade: liam o absolutamente necessário, não dividiam meu sonho.
Larguei o Curso de Filosofia. Os professores não se interessavam pelas aulas: quando ministravam eram de péssima qualidade. Mas eu já tinha tudo sobre o assunto, incluindo Grécia e Roma antigas. Foi aí que uma das minhas filhas convidou a mim e minha esposa para fazer um Seminário do Espírito Santo. Foi um final de semana inteiro e saí de lá transformado. Não vou falar sobre a experiência pois me estenderia por páginas. Livros e livros vieram acrescer a biblioteca. Apaixonei-me por Paulo de Tarso e Santo Agostinho, sobre os quais tenho muita informação.
Nasceram minhas primeiras netinhas. Uma delas fará dois anos agora em julho e a outra em novembro. Já há dezenas de livros separados para elas. Mas anos atrás fui diagnosticado com uma doença incurável e progressiva. Tenho uma prima, irmã de criação, pois também foi criada por nossa avó, que foi diagnosticada com o mesmo mal e já não segura a cabeça, não engole direito, anda amparada por pessoas e a fala é por demais arrastada. Deus está me dando um tempo o qual devo aproveitar ao máximo, pois meu diagnóstico ocorreu dez anos antes do dela. E o que fazer com tantos livros? E os sonhos de escrever sobre Constantino, Atanásio, Paulo e Agostinho? E meus queridos escritores russos, aqueles que vão ao mais profundo da alma humana, aqueles que transmitiram de uma forma única os sofrimentos da vida porque conviveram com eles? Os netos? Terão lap-tops e tablets. E o sonho voltou a ser somente meu, mesmo porque ele nunca foi dividido, sempre foi vivido de uma maneira solitária. Meus amigos, os únicos com os quais, às vezes, dividi certos assuntos, meus livros, eu os estou vendendo; às vezes reluto em fazê-lo mas reconheço a impossibilidade física de lê-los e, se alguém deseja comprá-los, é porque há nele algum sonho parecido com o meu. Que os sonhos solitários sobrevivam através dos meus amigos, os livros.
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Postado por Expedito Aníbal de Castro
27/6/2015 às 13h31
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Moral e Política para Maquiavel
Nicolau Machiavelli nasceu em Florença em 1469. Foi secretário e historiador da República Florentina e, como tal, conhecedor profundo dos problemas dos Estados, dos detentores do poder, das razões pelas quais se perdia ou se apoderava de determinado território e, parece, mais que tudo, um analistas das ações dos "príncipes", suas causas e efeitos dentro da conjuntura política da época.
Sua principal obra foi "O Príncipe" na qual ministra ensinamentos, com base nos fatos conhecidos à época, analisados pragmaticamente, sobre como conseguir e manter o poder, fazendo, então, uma distinção bastante evidente entre moral e política.
Tudo leva a crer que foi sob a influência do príncipe Valentino que, na mente de Maquiavel, surgiu e começou a formular-se, bastante claramente, o pensamento de uma ciência do Estado, separada e independente de todo conceito moral.
Ao longo de sua trajetória histórica, O Príncipe e seu autor têm sido alvo das mais diversas e contraditórias opiniões de estudiosos, filósofos, políticos, teólogos, etc.
Temos, portanto, que, após analisar a obra, emitir nossa própria opinião, discordando de alguns, acatando idéias de outros. A verdade é que O Príncipe jamais foi uma sátira como pretendem Alberico Gentile e Garrett Mattingly, nem um compêndio para gangsters, como menciona Bertrand Russel, mas uma obra destinada a orientar os governantes da época, na escolha mais pragmática e coerente dos caminhos a serem seguidos para manutenção e centralização do poder abrindo os primeiros caminhos para o Estado Moderno.
Ao longo de sua obra, Maquiavel não se impõe problemas tais como análise da organização estatal, divisão de poderes, legalidade, autoridade e tantos outros, mas tão somente a maneira mais correta e precisa possível de consecução e manutenção do poder.
Vejamos trechos do Cap. III — Dos Principados Mistos: "Basta, para que se assegure a posse desses Estados, fazer desaparecer a linha do príncipe que as dominava...." "O conquistador, para mantê-los, deve ter duas regras: primeiro fazer extinguir o sangue do antigo príncipe, segundo, não alterar as leis nem os impostos." "Assim, a injúria que se faz deve ser tal, que não se tema vingança." "O desejo de conquistar é coisa verdadeiramente natural e ordinária e os homens que podem fazê-lo serão sempre louvados e não censurados."
Todos os demais capítulos dessa obra contêm trechos onde se torna evidente a distinção entre moral e política, sendo a última, para Maquiavel, a maneira pela qual se adquire e se mantém o poder. A Moral passa a ser, portanto, a pauta de comportamento do cidadão comum, guiado por sua consciência, fé, religião, etc. O príncipe, detentor do poder, por possuir problemas superiores aos do cidadão comum, ou seja, a consecução, manutenção e expansão do poder, não pode se deixar influenciar, ante decisões graves, pela moral que determina o comportamento do cidadão comum. Deve, sim, examinar a qual fim está se propondo e usar adequadamente, as armas que possui para atingir tal objetivo, sejam elas o crime, a força, a guerra, a crueldade. Os fins justificam os meios. Política é a busca do bem comum, entendido como o máximo de bem estar físico, material, social, cultural e espiritual passível de consecução dentro do contexto da sociedade, a ser oferecido a TODOS OS CIDADÃOS DA MESMA. Veremos que este princípio fundamental transformou-se, nas mãos de Maquiavel, em um meio de preservação do poder. (Cap. XXI — O que a um príncipe convém realizar para ser estimado).
A história nos mostra, outrossim, que os princípios contidos em "O Príncipe" foram e são largamente adotados como, na verdade, não poderiam deixar de ser. A tomada e preservação de poder na URSS (atual Rússia*), pelo socialismo usando-se, para isto, da força de repressão com a extinção de milhares e milhares de vidas; as revoluções militares que assolaram a América do Sul, nas décadas de 60, 70 e 80 com golpes e contragolpes e perdas de centenas de vidas que poderiam solapar o poder; os serviços secretos de todos os países, cujos objetivos são, na verdade, a manutenção, a todo e qualquer custo, da ordem econômico-social necessária à preservação do poder vigente, seja esta ordem dentro ou fora do Estado que os mantém.
Hodiernamente, Ortega e Gasset, comungando as mesmas idéias de Maquiavel, separa os homens em magnânimos e pusilânimes. Os grandes políticos, obrigatoriamente, estariam entre os primeiros, pela necessidade de criar, de ordenar o Estado. E o ser magnânimo, para Ortega e Gasset, não implica que se deva estar isento de defeitos morais, comuns à maioria dos cidadãos. Ao contrário, a magnanimidade permite, por suas qualidades acima das comuns, que se possuam defeitos menores. O Político é um magnânimo; o cidadão é um pusilânime. Diz ele: "Note-se, pois, que não me ocorre contestar o título de virtudes à honradez, à veracidade, à moderação sexual. São, sem dúvida, virtudes, mas pequenas. São as virtudes da pusilanimidade. Diante delas encontro as virtudes criadoras, de grandes dimensões, as virtudes magnânimas."
Continuando e deixando claro que moral e política devem ser dissociadas, na figura do político, diz Ortega e Gasset: "Porque não é somente imoral preferir o mal ao bem, mas, igualmente, preferir um bem inferior a um bem superior." Vale ressaltar , no entanto, que a politização dos povos, a cada dia, vem exigindo, dos detentores do poder, um comportamento moral mais sólido. Na maioria dos Estados onde o poder emana do povo e em nome deste é exercido, atitudes imorais ou amorais levadas a conhecimento público redundaram na perda do poder; o caso Watergate nos EEUU, cujo final foi a renúncia do Presidente Nixon, é o caso mais palpável. (Para os efeitos acima, o Brasil não é um Estado, mas um latifúndio administrado com imoralidade e amoralidade**).
Hoje, portanto, há uma pequena diferença: as ações do Estado podem ser amorais ou mesmo imorais, uma vez que no seu relacionamento com outros Estados e na defesa de seus interesses econômicos, essas ações são regidas pela ética dos resultados (o fim justifica os meios); as ações do detentor do poder, com relação aos cidadãos que o elevaram a este poder, no entanto, devem ser pautadas, sempre que possível, pela moral, pois seu poder emanou do povo e por ele pode ser destituído. Na época de Maquiavel, o poder emanava da força (guerra de conquista) ou da hereditariedade, que obrigava ao príncipe, para manter-se no poder, adotar as medidas preconizadas em "O Príncipe".
Bibliografia: 1. O PRÍNCIPE — Nicolau Maquiavel — Editora Abril Cultural
2. ESCRITOS POLÍTICOS — Nicolau Maquiavel — Ed. Abril Cult.
3. INTRODUÇÃO AO PENSAMENTO POLÍTICO DE MAQUIAVEL — Lauro Escorel — Editora Universidade de Brasília
4. MAQUIAVEL — O PRÍNCIPE — ESTUDOS — Decanato de extensão — Serviço de Ensino à Distância — Editora UNB
5. MAQUIAVEL — UM SEMINÁRIO NA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA — Cadernos da UNB
6. O PROBLEMA DE MAQUIAVEL — Texto de aula da UNB
7. O PENSAMENTO DE MAQUIAVEL - Texto de aula da UNB
Este trabalho foi apresentado e publicado em 1984, concorrendo com mais de 4.000 (quatro mil) outros trabalhos, sendo premiado em 2º lugar pela UNB.
Em 1984 ainda existia a URSS: União das Repúblicas Socialistas Soviéticas
Opinião do autor, na data de hoje, 13/06/2015, quando somos governados pelo PT.
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Postado por Expedito Aníbal de Castro
13/6/2015 às 17h30
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Revolução Brasileira
Há momentos na vida de um país, em que o povo tem que tomar as rédeas do controle, sob pena de que a nação naufrague com ele. Acredito que este momento chegou para o Brasil. Não há como continuar da maneira como está. Uma série de "indícios" nos levam a esta conclusão.
O Senhor ex-Presidente do Uruguai, Pepe Mujica, em livro publicado lá e a ser publicado no Brasil, informa, com todas as letras, que o ex (graças a Deus) Presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, em conversa particular, que a única maneira de governar o Brasil era através do mensalão. O Sr. Lula não foi indiciado no processo do mensalão, por "não saber" do que acontecia. E agora, que sabemos que ele sabia, como ficam as coisas? O Sr. Pepe Mujica provavelmente será convidado a esclarecer os fatos no Congresso Nacional, mas o livro já circula abertamente no Uruguai.
O Brasil inteiro sabe que a Petrobrás amargou um prejuízo bilionário, com a manutenção artificial do preço da gasolina, no ano de 2014, com o único objetivo de fortalecer a candidata do PT nas eleições passadas. Ora, observa-se aí o poder da máquina estatal nas mãos de um governante mentiroso e desonesto. As estatais são um prato cheio para um presidente que deseje se re-eleger. O Senado estuda agora uma espécie de controle sobre as estatais, não ficando as mesmas sob os desmandos do Poder Executivo. O Governo, como já era de esperar, é totalmente contra. Quem vai ganhar a briga, ninguém sabe.
Tive o desprazer e o asco de ver uma entrevista de um juiz, no face, onde o mesmo afirmou que o auxílio moradia era uma maneira de burlar o aumento do auxílio paletó que não era corrigido. Falou, também, o quanto é caro ir comprar um paletó ou um sapato em Miami e que, às vezes, o juiz fica até com síndrome do pânico e depressão, em virtude de usar um paletó antigo ou um sapato mais velho. Que quanto mais ganhasse um juiz mais produtividade a justiça teria e que valia a pena pagar bem a um magistrado, para que a justiça fosse célere. Nesse monte de asneiras e de nojeiras ficam explícitos: o judiciário, que deveria ser o defensor intransigente da lei, "BURLOU" uma regra para atender regalias de magistrados; qual o brasileiro, a não ser a elite política do país, que pode se dar ao luxo de ir a Miami comprar terno e sapato ? Tal pronunciamento afronta a dignidade dos brasileiros. Qual professor recebe, do município, do estado ou da escola particular, auxílio roupa? E deveria ser uma das profissões mais bem pagas. Qual policial se dá ao luxo de ter síndrome do pânico ou depressão por arriscar diariamente sua vida? Vale salientar que essas doenças são seríssimas, mas as causas levantadas são hilárias. E, em último caso, barganhar a produtividade pelo salário ?! É vergonhoso, é nojento, é asqueroso, para dizer o mínimo.
A Deputada Maria do Rosário já entrou ou entrará com projeto para desarmamento do exército brasileiro. Respondam-me, qual exército existe sem armas? A Sra. Deputada apenas deseja que, na hora h, quando o PT quiser tomar o poder em toda sua amplitude, não possa haver resistência do nosso exército, em defesa do Brasil e dos brasileiros.
Bem, ficamos com o mais triste por último. Triste por ser cidadão de um país que sempre se orgulhou de receber de braços abertos cidadãos de qualquer país, de qualquer cor, religião, sexo, idade. O Brasil abriga japoneses, haitianos, italianos, colombianos, finalmente, o Brasil é um país multi-racial e orgulha-se disso. Está na Carta Magna. Somos um povo, antes de mais nada, sem preconceitos. Esta semana, porém, este preceito foi quebrado. A UFSM — Universidade Federal de Santa Maria exigiu que todos os professores e alunos de descendência israelense fossem identificados. Passaremos à perseguição nazi-facista? Voltaremos no tempo para viver o pior? Já não bastou o holocausto? Aliás só o simples fato de solicitar os nomes pela nacionalidade (descendência) fere profundamente o contido na Constituição de 1988, sendo passível exclusão dos alunos e professores solicitantes e prisão dos mesmos.
Diante desse quadro de desgoverno autocrata, auxiliado pela elite legislativa que tudo aprova, desde que suas regalias sejam mantidas, que faremos nós ? Vamos ficar parados ? Vamos ficar inertes enquanto o PT acaba com o país ? Que povo somos nós ? Um bando de covardes que, quando se fala em sair às ruas todos têm medo ? Até quando veremos os recursos do país escorrerem pelo ralo da corrupção e da incompetência ? Até quando vamos permitir que candidatos a qualquer cargo executivo pratiquem debochadamente o estelionato eleitoral ? Noutro país qualquer, no qual homem é homem, nós já estaríamos em guerra. Vamos prás ruas, vamos gritar, vamos lutar pelo nosso bem, dos nossos filhos e netos. Que país queremos deixar para eles ? A Revolução Francesa começou por muito menos do que o que estamos vivendo. Os franceses enfrentaram as forças do regime com paus, pedras e algumas armas roubadas e tomadas dos próprios combatentes do exército. Se os franceses foram capazes de enfrentar o exército e tiveram sucesso, por que nós, que temos o exército em neutralidade, não enfrentamos, nas ruas, os petistas ? A covardia, nessa ocasião, é a entrega da NOSSA PRÓPRIA DIGNIDADE.
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Postado por Expedito Aníbal de Castro
4/6/2015 às 21h44
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Até logo, amiguinho.
Foram 18 anos de muito amor dado e recebido. Você era tão pequenino que foi trazido para sua casa no bolso da minha camisa. Sua energia era notável, suas peraltices também. Você rasgava sandálias, roía os móveis, brincava com os outros cachorros, rosnava quando a brincadeira não lhe agradava ou quando mudávamos sua comida de lugar. Aos poucos seu comportamento foi sendo compreendido pela família, mas você marcava as pessoas com as quais não desejava relacionar-se. Você, por exemplo, dentro do mesmo quarto, pulava a cama de um dos meus filhos e fazia xixi na cama daquele que você não gostava. Costumava latir para estranhos e morder aqueles que se aproximavam de alguém da família. No fundo, você era um eterno brincalhão. Lembra quando eu dizia "vamos tabaiá?" e você corria para o interior do carro? E, quando partíamos, aquelas orelhinhas ficavam tremulando ao sabor do vento.
Você também era metido a machão. Não interessava o tamanho das cadelas, você tentava todas. Numa briga, não "abria" para cachorros maiores o que o levou a sofrer ferimentos graves e colocou em risco sua vida. Você precisava fazer jus ao seu nome: Huck, um pincher muito macho.
Você compartilhou sua vida conosco e quanta alegria nos deu ! Tanta que, agora, quando escrevo, também choro. Mas tenho certeza de que você está em um ótimo lugar, um céu dos cachorros, muito melhor que o céu dos humanos, pois os cães são mais fiéis, alegres, perceptivos, enfim, mais humanos que os humanos. Você partiu e deixou muita dor, muita tristeza. Sabemos que sofreu muito; sua doença era incurável e tornou-o um pequeno esqueleto andante. Mas também teve um anjo que o acompanhou diariamente, dando-lhe alimento, medicação, carinho e amor. Christiane nasceu para cuidar de vocês. Eu sou covarde, não tinha coragem.
Ela também escreveu algo para você:
Meu pequeno, hoje você virou uma estrelinha no céu e é acolhido com muita festa. Obrigada por toda a alegria, carinho, atenção, amor e companheirismo que nos proporcionou durante todos esses anos. Você chorava e brigava com todos os outros cães quando eu chorava; gritava, pulava e corria de alegria quando chegávamos em casa, chorava quando ficava sozinho, brincava de morder o pano e de bolinha, defendia a casa como ninguém. Lembro que eu imitava uma aranha com as mãos, fingindo tomar sua ração, para você comer. Para onde eu ia, você ia atrás, até quando eu ia tomar banho, você arranhava o box do banheiro para eu acabar logo. Meu companheiro de muitas madrugadas acordada. Contigo desabafei em muitos momentos em que me senti mal. Lembro de todas as vezes em que você sofreu, com mordidas dos outros cães, cirurgias... e eu estava lá, do seu lado, cuidando de você. Nossos passeios juntos e quando você ia "trabaiá" com o papai. Muitas vezes viajamos juntos, Limoeiro, Iguape... e as lembranças são muitas. Agradeço a Deus a oportunidade de amar um ser tão pequeno e receber amor como o seu, sem condições! Você veio para nos ensinar a amar mais! Resumo a experiência de ter convivido com você em muito amor, tanto doado, como recebido. Saiba que você foi muito amado, meu pitchenininho!
Até logo, amiguinho. Onde você está, olhe por minha família, como você sempre o fez.
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Postado por Expedito Aníbal de Castro
3/6/2015 às 23h11
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Julio Daio Borges
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