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Sexta-feira, 24/7/2020
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Beethoven 250 anos: gênio contra a tirania




Quando “Egmont” e “Fidelio” foram feitas, Beethoven já era, aos seus moldes, um herdeiro do Iluminismo . Repudiava a tirania. Qualquer tirania. Na trajetória de Beethoven, a liberdade, essa dimensão tão cara ao humano, é, em cada compasso, o fim de um déspota.

Não se pode esquecer, é verdade, que Beethoven, em seus períodos iniciais em Bonn e, posteriormente, na Viena dos Habsburgos, se mantinha próximo da nobreza, do seu mecenato e tenha dedicado à essa aristocracia várias de suas obras.

Mas, também, não se pode ignorar que essa relação obedecia aos vários caminhos pelos quais, em maior ou menor tom, sejam pessoais ou ecos de sua época, o compositor fora “empurrado” para essas relações.

Há pouco tempo, a Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz (OSTP) executou a introdução de “Egmont” e “Fidelio”. Miguel Campos Neto, o regente, não condescendeu e fez jus, com toda a orquestra, ao vigor, à força e ao ritmo que marcam os compassos Beethovenianos.


Beethoven pela OSTP no Theatro da Paz. Foto: Maíra Belfort


Beethoven fora influenciado muito fortemente pelo Iluminismo francês, que ecoava na Alemanha de modo diverso. Sem guerras, mas nas trincheiras da arte. Quem nos conta isso é a monumental e célebre biografia, “Beethoven" (516 pgs), de Maynard Solomon.

Já na infância, o compositor conheceu os métodos tiranos, através de seu pai, Johann van Beethoven. Certa vez, sob as vistas paternas, o jovem Beethoven resolveu sair dos acordes formais de uma composição. Na sala, seu pai se voltou para ele ordenando-o, rispidamente, a tocar o que estava programado. Beethoven retrucou: "mas não é lindo?". Seu pai diria, para um dos maiores gênios da humanidade, que ele ainda não estava preparado para aquilo.

Na verdade, Johann, decadente, possivelmente projetando no filho aquilo que ele não foi, não estava preparado para o brilhantismo que, em seguida, se revelaria de modo fulgurante no jovem músico.

O maior compositor de sinfonias da história estava tateando o que iria, posteriormente, realizar. Alguns anos depois iria se dedicar à sua conhecida fase heroica, em favor do espírito livre.

Espírito livre. Talvez, por ver déspotas nascendo, Beethoven iria acreditar no consulado napoleônico e iria, na conhecida história da obra, dedicar a “Eroica” a ele. Quando o líder francês se proclamou imperador e rompeu com os ideais que o músico acreditava, ele apagaria, de forma abrupta, a inscrição “Bonaparte” da composição.

Maynard Solomon, em perspicaz interpretação, se distancia, consideravelmente, dessa “simples” interpretação e busca razões contextuais e, não sem brilhantismo, conflitantes na atitude do compositor.

Mas, sem ironia, não é demais lembrar que, quando a ópera “Fidelio”, posterior à “Eroica”, foi apresentada, ela teve sua estreia obliterada pela invasão, das tropas napoleônicas, de Viena.



Fidelio, na verdade Leonora, é a esposa disfarçada que tenta libertar o marido, Florestan, encarcerado em uma masmorra de uma tirania insaciável. Toda a tirania é insaciável. A esposa salva o marido graças à intervenção de um deus “ex machina” (Don Fernando), mas, sobretudo, pela sua inabalável vontade e impetuoso heroísmo.

Longe de atribuir a essa subversiva fantasia do herói e de resgate uma incondicional absolvição ao período de terror da Revolução Francesa, em Beethoven, “os temas da fraternidade, devoção conjugal e triunfo sobre a justiça da ópera são básicos para a ideologia do compositor, mas não assinalam sua devoção a uma perspectiva jacobina.”

A expectativa de manutenção da aristocracia pela via de um príncipe “iluminado” se reencanta em “Fidelio” à procura de um herói, ou de um heroísmo, e se desencanta, destruída, pelos idos da época do terror.

Em 1814, em sua terceira versão, a ópera já emitia os brados de um outro momento histórico. “A nova versão pôde ser facilmente percebida como uma celebração da vitória sobre as forças napoleônicas pelos aliados, e como uma alegoria da libertação da Europa das agressões do tirano/usurpador”.

Nesse ano, ao contrário de sua estreia fracassada, em uma das apresentações de “Fidelio”, Beethoven, após o primeiro ato, foi entusiasticamente chamado ao palco e, finalmente, ovacionado por aquela que teria sido uma das suas mais atribuladas composições. O esforço e a virtude premiam o herói.

A figura do herói, do bom príncipe ilustrado, que grassou nas fantasias do Século XVIII, está, também, na “Música incidental para o “Egmont”, da peça teatral de Göethe , finalizada em 1810 e apresentada no Teatro Hofburg em Viena.



“Egmont” é a história de um nobre que luta contra a invasão dos Países Baixos pela Espanha. Egmont é uma localidade. O Duque de Egmont luta contra a tirania da dominação.

Na introdução da obra, Beethoven descreve, assinala, pontua e expande toda a ação do nobre. Aí está força, coragem, destemor, virtude. Sim, honra, liberdade.

Escute a composição beethoveniana e se transporte para a luta do nobre holandês que sacrifica a própria vida pela liberdade, mas também entenda que é mais um libelo do compositor contra as vontades políticas despóticas de domínio e opressão. Beethoven é nosso contemporâneo.

A força dessa luta está nos contrapontos de “Egmont”, mas está, acima de tudo, no tom heroico, imponente e, fundamentalmente, triunfante que parece representar a batalha, a condenação, mas, principalmente, a vitoriosa honra e coragem que não se dobram.

Esses sentimentos, como virtude, esperança e liberdade, prenunciam o romantismo do compositor e estarão presentes em muitas de suas obras. Eles poderão ser vistos, em toda a sua pungência, por exemplo, na sua famosíssima “Nona sinfonia”


OSTP tocando Beethoven. Foto: Maíra Belfort


Lembremos da abertura de “Fidelio”, executada pela OSTP, na qual os violinos se intercalam subindo e descendo seus arcos, conflitando-se, na pungência da paz. É a paz de Beethoven. Tiranos não ascenderão. Sempre, em Beethoven, devem cair.

“Egmont” começa com o tom acentuado, de ovação; “Fidelio” se inicia com o tom heroico, fortíssimo, em um crescendo. Viajamos por duas das maiores composições da história. Nessa história, cada compasso é o fim de um tirano. Viva “Fidelio” e “Egmont”!



Para meu tio Elias, “in memoriam”

Este texto foi publicado em 22/07/2020 no Diário Online

Relivaldo Pinho é autor de, dentre outros livros, Antropologia e filosofia: experiência e estética na literatura e no cinema da Amazônia, ed.ufpa.

Site: Relivaldo Pinho
[email protected]

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Postado por Relivaldo Pinho
24/7/2020 às 17h42

 
Só para rimar nas entrelinhas

Nesses
tempos
crônicos
nada
como
uma
crônica
de
ventos...

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Postado por Metáforas do Zé
8/7/2020 às 16h19

 
Caçador da metáfora perdida

Num umbral
sem porta
procuro u'a
metáfora
do que vem
a ser o livro...

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Postado por Metáforas do Zé
8/7/2020 às 16h09

 
Transcorrências

O passado
é infindo
e não
apenas
uma página
ocorrida

mas
uma página
a ser
virada

lenta como
o sol
a percorrer
nossas cabeças
por todo
um dia...

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Postado por Metáforas do Zé
22/6/2020 às 21h17

 
Iapoti Kaba

O que é
o que é?

Fica forrado
de estrelas

e depois
se enche

de olhos
negros?

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Postado por Metáforas do Zé
22/6/2020 às 21h03

 
Seda dos ventos

Palavras
afetadas
qual
nota
tangida

Grão
febril
a
germinar
nos
solos
dos
ventos

Quando
os
ventos
cessam
confabulam
os
pássaros

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Postado por Metáforas do Zé
19/6/2020 às 22h11

 
O estranho que me completa

Lugar das metamorfoses, o jardim.

Chuva que se torna tempo.
Poça que não se faz temporalidade.
Queda que não cai em corredeira.
Água que se torna invenção.

Teia dos ciclos da luz, o lago.

Fugindo das turbulências,
fugindo das repetições,
minhas mãos descem
à imagem.

Narciso, o estranho
que me completa o dia e o sexo,
ao aprendizado das transfigurações.

Minhas.
E do outro.


(Do livro: Vazadouro)

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Postado por Blog da Mirian
18/6/2020 às 19h22

 
Desbotar

Na
feira
da
cor
quando
se
grita
mais
alto

o
pastel
é
bom
e
o
acrílico
é
ótimo

A
primeira
impressão
logo
decresce

O
bom
permanece
e
o
ótimo
se
desvanece...

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Postado por Metáforas do Zé
12/6/2020 às 17h30

 
Dia & Noite. Noite & Dia

As
pálpebras
das
águas

ao
rés
das
areias

ora
velam
ora
revelam

a
jornada
das
ondas...

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Postado por Metáforas do Zé
12/6/2020 às 13h18

 
O Estranho Racismo Preconceituoso do Brasil


2020 não está pra brincadeiras e só faz escancarar as feridas mundiais, doa a quem doer! Mais uma prova disso são as manifestações que estão ocorrendo em prol das vidas negras, respingando em todas as nações. Mas embora o (Black Lives Matter - Vidas Negras Importam) esteja fazendo uma excelente demonstração de força e conscientização, em comparação com o Brasil, podemos apontar diversos fatores que divergem e mostram uma história de racismo e preconceito um tanto atípica com relação aos outros países.

Pra começar, um dado surpreendente é que nos Estados Unidos a população negra representa apenas 12% da nação, enquanto que no Brasil mais de 55% do povo se declara preto ou pardo. Então, porque a história conhecida depõe tanta disparidade entre os dois países pra essas pessoas?

A resposta é simples, mas o desconhecimento da população é apenas a ponta do iceberg que gerou esse abismo. Trata-se de conhecer a ti e a tua própria história como povo, uma coisa que o brasileiro não está acostumado a saber pela completa falta de incentivo. Dessa forma, a massa do país está habituada a lutar por si, numa batalha de classes onde só se modernizou o sistema de tratamento.

Obviamente, que os negros retintos são os indivíduos mais prejudicados nessa sociedade construída pra ser uma pirâmide. Contudo, o Brasil é formado de miscigenação, em que sua grande maioria - os que completam o grosso dos tais 55% e muitos que se consideram brancos - estão na base, enquanto que apenas alguns poucos formam esse topo imaginário e erroneamente abusivo. Mas se é assim, porque há tanta discórdia entre uma população que se encontra praticamente no mesmo patamar?

Aí vem de novo a simples resposta pra aquela pergunta acima... Porque o povo brasileiro desconhece sua história. Porque estiveram durante séculos expostos ao conformismo e a crença de que as coisas são como são e nada poderá mudar. Portanto, mesmo com o passar dos anos e com a modernização da sociedade, ainda existem certos tabus que colocam pessoas somente em determinadas posições, profissões, situações, causando a guerra urbana que é presenciada diariamente.

Desse modo, quem tem um pouco mais espezinha o que vem logo depois, só pra se sentir melhor com seus méritos de vida. É o tal doutor que não se formou em nada e a madame entojada com R$ 100,00 no banco. Achando que diminuindo o outro se eleva pra um nível superior. E ninguém se livra de fato desse mecanismo, medido pelos volumes dos bolsos, pelos tons das peles e por tudo o que o indivíduo representa ser, como um presente super vistoso ou que foi embrulhado meio xoxo na última hora.

Assim, muitas pessoas tentam mostrar o que não são, preferindo o desconforto a enfrentar as situações que um chinelo no shopping ou uma roupa esportiva podem trazer. Não se tratando de onde mais quando irá acontecer, porque sempre acontece. Então, ouse em ser o diferente e dê-lhe o benefício da dúvida. Com certeza o questionado agradecerá e poderá ter esperança por dias em que essa reação seja normal.

A origem mesmo, somente um DNA poderia provar, no entanto, todo mundo tem um argumento descabido pra agir de maneira descerebrada. Resta a questão de que se a maioria segue um padrão, porque sou obrigado a reagir diferente quando vejo um negro de terno e penso ser um segurança, ou uma mulher de branco sem ser babá ou empregada, um cara vindo em minha direção e não segurar a bolsa mais forte?

E óbvio que há um padrão na população do país, mas isso foi gerado porque desde séculos atrás não foram dados os incentivos corretos pra que a massa brasileira se integrasse de forma a se tornar um país funcional. Onde os negros foram jogados a própria sorte depois da abolição, criando guetos e morros que se estenderam pelos estados.

Em que também já havia uma grande camada de brancos degredados pobres, analfabetos, índios, exilados e imigrantes aventureiros espalhados por todo o Brasil, que mais tarde, com a ajuda da emigração, revoltas, pandemia, a imigração europeia e asiática por motivos de guerra no começo do século XX e tantas outras coisas mais, se transformou no povo brasileiro.

Algo, que se for analisar, está se repetindo nos últimos anos. Curioso, não? Ainda mais levando em consideração que certas coisas, como a política nunca mudam. Voltando a diferença dos países, os negros e outros povos americanos tiveram melhor formação e consciência porque lutaram, porque se protegeram inicialmente em comunidades que depois se organizaram e vem correndo atrás dos seus direitos, pois está longe da perfeição, enquanto que nessa nação a situação desintegra seus habitantes e os transforma em adversários numa guerra pelos melhores recursos, pois nunca há pra todos e quem consegue dita as regras.

O que o brasileiro se esquece é que aos olhos do mundo são um povo só: latino. Onde poucos podem provar sua real descendência x, embora muitos usem desse argumento pra humilhar um rosto e sofrerem igual quando forem ao exterior. E que direito descendente é esse? Qual a finalidade? Só num país que nunca se livrou da síndrome de colônia vira-lata. Sem saber que de repente julgou e menosprezou alguém com muito mais instrução, empatia e sapiência. Um ser que em decorrência de sua aparência foi sentenciado mais um dia em que comemorava uma promoção, a vida saudável, um reencontro, etc.

Por fim, qual seria a solução pra todo esse dilema infindável? E claro que repetitivamente a chave será a educação. Pois só a educação poderá fazer com que as pessoas conheçam sua história de um modo geral, abrindo as mentes pra algo maior, gerando empatia. Só pela instrução será possível a identificação e afabilidade com o outro, além de que indivíduos instruídos não precisam, nem querem roubar, matar, brigar por motivos corriqueiros, quebrando um circulo vicioso que ainda levará muito tempo pra parar de girar.

A meritocracia é de fato um sistema válido, porém pra que possa funcionar, todos precisam ter as mesmas oportunidades, pra que consigam escolher e competir em pé de igualdade. Isso vale pra negros, brancos, pobres, ricos de qualquer gênero e motivação religiosa.

Mas o povo brasileiro, aos trancos e barrancos chegou até aqui e com certeza irá mais longe, até o dia em que textos como esse se tornarão obsoletos, tragados pela história. E pessoas, independentes de sua origem possam ser apenas indivíduos na multidão sem desconfianças nem julgamento prévio. Por isso, pais e mães, lutem pela própria educação e pela dignidade de seus filhos.



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Postado por Blog de Camila Oliveira Santos
8/6/2020 às 23h36

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