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BLOGS
Quinta-feira,
20/8/2020
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Polinização
Os ventos não mentem
Os ventos apenas
carregam sementes...
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Postado por Metáforas do Zé
20/8/2020 às 21h50
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Ocupação
Com a mão na massa
não dá para deixar
a massa na mão
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Postado por Metáforas do Zé
20/8/2020 às 21h44
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Novelo
Não pelo que se põe, mas pelo que se tira, é que se configura teu traço
Passo a passo, o desenlaço O movimento é quem cria o espaço...
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Postado por Metáforas do Zé
16/8/2020 às 12h23
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Panelas & Panelas
Família é uma panela de pressão,
sempre prestes estourar
ou a exalar uma boa refeição...
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Postado por Metáforas do Zé
15/8/2020 às 16h07
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Coincidência?
Chiqueiro vem de chique ou chique vem de chiqueiro?...
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Postado por Metáforas do Zé
12/8/2020 às 22h01
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Gabbeh
Para Renata Machado
Ao tempo do filme,
pintei cores vivas no chão
que aguardaria meus passos à hora da saída.
Ao tempo do filme,
iniciei pontos e nós no desenho da estória
a ser gravada em meu tear de palavras.
Desfiando meadas de lã, ouço perguntas
que me despertam a fala:
─ Quem és?
─ Filha dos nós e pontos de areia.
─ Como te chamas?
─ Tecelã da Espera.
Em busca do tempo evadido de si mesmo,
minha tribo nômade atravessa ruas e cidades.
E não chega a lugar nenhum.
Desfiando outras vozes dirigidas a mim
entrelaço sentidos à minha fala irreverente e dúbia:
─ Que ofício te completa as horas?
─ Burilar palavras.
─ Pra que servem as palavras que esmerilhas?
─ Para tingir a alma dos tapetes e pés.
Em cada imagem urdida, atravesso o amarelo dos sóis.
Nas cores vivas, lavo o amor com tintas do cuidado.
─ Não sentes fome?
─ Me alimento de desejos.
Em tempos de penúria,
meus cavalos e sonhos
carregam peso e leveza do vazio.
Nas miragens dos espelhos,
pressinto provisões de água e frutos.
Ao tempo do filme,
avistei meu clã em nômade travessia
conduzindo minhas dúvidas.
Ao seu rastro me fiz tecelã das lendas
que quero viver.
Hoje e sempre.
Depois do filme.
................................................
Gabbeh:
Título de filme, nome da personagem e espécie de tapete iraniano feito pelas tribos nômades de Gashhai. Numa região em que as mulheres não têm voz, as tecelãs podem contar através dos desenhos histórias pessoais e do lugar onde vivem.
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Postado por Blog da Mirian
10/8/2020 às 09h36
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Dos segredos do pão
Da comunhão do sal e o açúcar, a neutralidade do sabor dos dias
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Postado por Metáforas do Zé
8/8/2020 às 20h02
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Diário de um desenhista
O que seria da realidade não fossem as sombras
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Postado por Metáforas do Zé
8/8/2020 às 18h48
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Uma pedra no caminho...
Não possuo personagens, paisagens ou temas. Meu mote não passa de um beco escuro, onde logo à frente bato meu nariz. Só escrevo sobre o ato de escrever, ou sobre a execução de qualquer ofício. Meus caminhos, se circunscrevem aos caminhos circuncaligráficos ou melhor dizendo, às circunvoluções caligráficas das mãos. Minha pedra é um cisco em pauta, ou nas entrelinhas...
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Postado por Metáforas do Zé
8/8/2020 às 13h51
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Sustentar-se
Devires versus Dervixes Uma escrita que só me traz deveres, assim como auto conselhos ou melhor dizendo,
auto-ajudas, através dos rodopios caligráficos de mãos, ou dedos dervixes...
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Postado por Metáforas do Zé
8/8/2020 às 13h43
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Julio Daio Borges
Editor
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