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Terça-feira,
23/3/2021
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O zunido
A morte em si até que nem tanto
Mas a despedida é que são elas...
Assim como a picada do pernilongo que não estorva
tanto quanto seu zunido a nos tirar o sono.
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Postado por Metáforas do Zé
23/3/2021 às 16h20
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Coral de Piracicaba apresenta produção virtual
Regido por Tania Pacca Peticarrari, atividade durou cinco meses.
Foram quase cinco meses de encontros virtuais, adaptações e uma troca enriquecedora de conhecimento; uma prova de resistência e poder de ressignificação em meio à pandemia. Um porto seguro e feliz em um período tão difícil e sombrio. Todas essas palavras definem os sentimentos dos participantes do Coral Canto Alegre, projeto coordenado pela regente Tania Pacca Perticarrari, de Piracicaba (SP), que reuniu 50 vozes de diferentes idades, numa ação virtual inédita nesses tempos de isolamento. O grupo concluiu as atividades com uma produção audiovisual emocionante, divulgada pelas redes sociais.
Na apresentação do vídeo, editado por Lucas Galli, durante o último encontro no fim de fevereiro, os coralistas não contiveram as lágrimas. Muito emocionada, a pedagoga Márcia Simonetti Clemente, de Ribeirão Preto/SP, declarou que a experiência resultou num importante processo individual, mas também coletivo, onde cada um tem seu valor e todos encontram a arte dentro de si. "Devemos nos permitir."
A produção musical intercala belas paisagens naturais com os rostos dos coralistas emoldurados pelas telas de computador, cantando “Semente do Amanhã” (Gonzaguinha), acompanhados pela pianista Francine Rigitano. Em uma sequência, embalados pelo piano ritmado em som semelhante ao do movimento de um trem maria-fumaça, eles entoam o clássico “Trenzinho Caipira” (Villa-Lobos/ Ferreira Gullar), enquanto as imagens levam o expectador a uma viagem por frases de motivação.
Todo o processo foi de grande acolhida para minimizar as dificuldades do isolamento, na avaliação da neuropsicóloga Valéria Zucco Strini Matrangolo, coralista de Sertãozinho/SP. "O coral virtual foi uma proposta desafiadora, mas resultou em uma libertação a todos os participantes." Já para o analista de sistemas Júlio César Franco, de Piracicaba/SP, cantar é "um bálsamo" e a participação no coral serviu como porto seguro nesses meses. "Foi a representação do quanto somos fortes juntos, uma atitude de resistência em meio à pandemia", disse.
Na dinâmica do processo, as aulas eram realizadas semanalmente, em uma sala virtual onde todos se encontravam on-line com a pianista e a regente, que é educadora musical especializada em regência coral há mais de 30 anos em Piracicaba e coordena a Teia Vocal, programa que proporciona a música como ferramenta de desenvolvimento humano. Apesar da carreira, essa foi sua primeira experiência com coral virtual. "Estou feliz porque deu muito certo. Diferente do coral presencial, em que todos se ouvem, virtualmente as aulas privilegiavam a percepção da própria voz, do ouvir-se sozinho e tomar consciência individual”, destaca Tânia.
Foi justamente essa dúvida que despertou a curiosidade do projetista Salvador Blat Anton, de Piracicaba. Ele não acreditava que pudesse ser possível o canto coral virtual, pois já participava presencialmente e confiava que, uma característica dessa atividade, era a soma das vozes em uníssono. "On-line, todos cantariam separados, mas essa experiência somou pelo desejo de fazermos juntos."
Projeto renovado
O projeto de canto coral começou a ser desenvolvido presencialmente pela regente Tânia em agosto de 2017, com patrocínio da Oji Papéis Especiais, envolvendo funcionários e moradores do Bairro Monte Alegre, onde a empresa está instalada. Em 2018, ganhou apoio da Lei de Incentivo à Cultura, com realização da Secretaria Especial da Cultura e Ministério do Turismo.
Com a pandemia, tudo precisou de adaptação e, para dar continuidade ao objetivo de proporcionar às pessoas o contato com a linguagem musical e com o desenvolvimento pessoal por meio de exercícios rítmicos, corporais, de respiração, técnica vocal e experiências que vão além do cantar, Tânia decidiu encarar o desafio de formar um coral virtual.
Encantada pela proposta virtual, a Oji Papéis Especiais patrocinou novamente o desafio por intermédio da Lei de Incentivo à Cultura, com realização da Secretaria Especial da Cultura e Ministério do Turismo. Para Mônica Salles, do departamento de Comunicação e Sustentabilidade da Oji, "o Coral Canto Alegre atua com competências humanas que extraem o melhor dos participantes". A atividade, segundo Mônica, envolve autoestima, disciplina, concentração, trabalho em equipe e sentimento de pertencimento a um propósito coletivo e de bem. "Por isso, a Oji Papéis entende o valor desse projeto, que cuida das pessoas de uma forma muito especial.”
Um dos desejos de Tânia, da pianista Francine e de todos os coralistas, é que o projeto possa ter continuidade e se expandir futuramente. "O Coral Canto Alegre é outra forma de se autoconhecer, por outro ângulo, trabalhar com vivências musicais como um caminho além do desenvolvimento musical, mas de reflexão sobre a vida e as relações humanas”, ressalta a regente."
Para conferir a produção musical, assista o Coral Canto Alegre no Youtube (clique aqui).
Ficha Técnica Audiovisual
A produção audiovisual do Coral Canto Alegre tem regência e coordenação de Tânia Pacca Perticarrari, piano de Francine Rigitano, assistência de produção de Maria Angela Perecin Foltram, organização de mensagens Sandra Regina de Oliveira e edição de Lucas Galli. Músicas: "Semente do Amanhã" (Gonzaguinha/arranjo Tânia Pacca/arranjo instrumental Francine Rigitano) e "Trenzinho Caipira" (Villa-Lobos/letra de Ferreira Gullar/arranjo Tânia Pacca/ arranjo instrumental Rubens Ricciardi adaptado por Francine Rigitano)."
Conteúdo PoloAC
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Postado por Githo Martim
16/3/2021 às 11h49
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Autocombustão
Chama sem pavio Rebeldia sem causa Marca sem sinal Fogo à toa Fogo de fato...
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Postado por Metáforas do Zé
15/3/2021 às 10h26
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Afasta de mim esse cálice
Não quero mais saber de livros pois me resolvem tudo apesar de todas janelas e portas escancaradas necessito respirar... cada gesto se encontra cifrado Dispenso assim, meu gestuário procuro a gestação...
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Postado por Metáforas do Zé
11/3/2021 às 10h32
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Tiro ao alvo
Tiro ao alvo também é filosofia Não adianta esquadrinhar um trajeto fixo Para se acertar todos os alvos
Em cada disparo há uma história, Um percurso apropriado
Assim como na matemática Infindas equações nos pululam Para o mesmo resultado
O pensamento há de ser Correto, na justa medida Para a palavra Certeira
Não me perguntes como mas tem que se mirar com o coração...
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Postado por Metáforas do Zé
6/3/2021 às 13h25
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A TETRALOGIA BUARQUEANA
Noel Rosa, cognominado "o filósofo do samba", recebeu, post mortem, o título de Comendador da Ordem do Mérito Cultural, por suas composições musicais. Chico Buarque de Holanda, a seu turno, foi o vencedor do Prêmio Camões que equivale ao Nobel, só que da literatura dos países lusófonos.
São dois gênios, um já falecido, o outro não. As composições de ambos são em verdade clássicos da música popular brasileira e os clássicos, como se sabe, não têm idade, jamais envelhecem.
Isto, porém, não sucede com os autores sobre os quais incide a ação devastadora do tempo.
Chico Buarque de Holanda, agora idoso, parece que já se encontra contaminado pela proximidade do fim. E veio construindo, pouco a pouco, em largos intervalos, quatro composições musicais que vieram a constituir o que chamei de tetralogia buarqueana.
Na primeira dessas músicas, "Hoje é dia de visita", ele visualiza a pré-morte. Trata-se de um personagem que, sofrendo de Alzheimer, pensa que todo domingo chega uma moça toda linda para vê-lo. Ele imagina que foi muitas coisas importantes na vida e há um refrão recorrente: ”veio a vida e me levou”.
E no desfecho ele murmura: hoje não tive visita, acho que não tive almoço, acho que o moço nem me lavou, acho que esqueci o meu nome, acho que tudo acabou...
Na segunda, "Nina", é a morte metafórica, ilustrada na expressão - fecho os olhos e tomo alguma vodca e vou”...
Na terceira, "Tua cantiga" ele fala expressamente na morte, ao escrever - quando o nosso tempo passar ... e eu não estiver mais aqui, lembra-te minha nega dessa cantiga que fiz pra ti.
Na quarta música "A moça dos Sonhos" é o pós-morte que Chico focaliza, escrevendo: Há de haver algum lugar num remoto casarão onde os sonhos serão verdade e a vida não...Se eu pudesse achar ali meu amor, não voltava jamais...
São todas elas músicas e letras maravilhosas, lindíssimas. Profundas, de um quase delírio de clarividência e de lucidez.
Essa, a marca matricial, com o timbre da genialidade de um Chico Buarque m plena floração como na juventude. Sob tal prisma, por assim dizer, Chico, já um senhor de idade, rejuvenesceu.
Ayrton Pereira da Silva
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Postado por Impressões Digitais
5/3/2021 às 15h00
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Bom de bico
O bico há de ser mais duro que a casca, senão o ovo não se parte, e o pinto fica pra semente...
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Postado por Metáforas do Zé
4/3/2021 às 07h44
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Diário oxigenado
A falta Dela é sua própria presença. A diferença da atualidade em que me encontro para minha juventude, é a de que, quando jovem, foi preciso procurar consumá-la na própria falta que Ela me fazia. Hoje, quando sinto o vácuo de sua ausência, já sei que é o vazio do Côncavo que dá seus fundos aos altos do Convexo, por isso não procuro como dantes saciar-me em sua presença, jamais alcançada, a olhos vistos. Saudades então não passa de lantejoulas dessa roupa de gala a comemorar um momento perdido… Preciso pois, para tanto, ordenar-me na pós formatura dessas faculdades mentais, transformando-me constantemente presente, apesar de visivelmente ausente, em todos os cômodos da casa, do corpo e da alma (ou quiçá esta mesma, de forma condensada) qual o próprio oxigênio… Pois tudo é uma questão de clima, não mais de paisagem...
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Postado por Metáforas do Zé
3/3/2021 às 12h24
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Relógio de pulso
Enquanto a vida corre, o escrevinhador se enche de palavras, para dispersá-las precipício abaixo assim como as águas entre quedas e corredeiras. Inexorável clepsidra de pulso, do poeta…
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Postado por Metáforas do Zé
1/3/2021 às 16h33
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Centopéia perambulante
Fazer pose ou se preparar, não o levará à lua, mas a lua ao teu encontro o vislumbrará, acaso ao acaso te encontrar
Pouco importa o meio de transporte, fechado dentro do próprio círculo, ou expandido em tua própria esfera. Bolha doce bolha, oxigenada atmosfera...
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Postado por Metáforas do Zé
1/3/2021 às 15h19
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Julio Daio Borges
Editor
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