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Sexta-feira,
14/1/2022
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Fazer o que? Sextou.
Começa a segunda semana, dia 14 do mês, juntamente com o seu próprio fim: sexta-feira. Tento parar o pensamento, o ruído das palavras sentidas e não pronunciadas, a interlocução comigo mesmo e perceber a inutilidade da constatação. Ora, apenas uma coincidência, uma travessura do calendário. A mente dá uma cambalhota e encontra o Papa Gregório, o patrono da marcação do tempo, tal como é hoje.
E tome elucubrações vazias,
E como seria no calendário lunar? Será que tem sexta-feira nos rodopios da lua? Não seria ele o mais adequado aos que vivem na e da noite? Afinal, o calendário lunar é usado por milhões de pessoas nesse mesmo mundo.
Antigamente o domingo dos noturnos era na segunda-feira.
Trabalhei e vivi da noite por um bom tempo. Folgava na segunda. Às vezes, já avançado na madrugada pensava na vida dos fregueses, alguns pagando contas, outros sem notar o tempo passando. Vez por outra uma altercação, um bradar, um desconforto, até alguma pancadaria assisti sem grande espanto, Tudo fazia parte do horário.
Luzes fortes, comida, bebida, música em volumes abissais, gente bonita, gente feia, cheiro de tabaco misturado com colônias, perfumes, molhos e bebidas.
O meu tempo de vida dentro da noite não foi muito longo, mas suficiente para conhecer um mundo , quase uma dimensão, fascinante, diferente, com regras próprias, com ritmo próprio, com sentimentos, paixões, cores e rotinas próprias. Nele as pessoas diurnas entram e saem. Sonham, sofrem, amam ou, apenas, se divertem.
Calendários à parte, o trabalho noturno ocupa uma enorme quantidade de tipos muito especiais de seres noturnos. Alguns eventuais, outros por rotina de escala, alternando a luz e a sombra, mas sem os quais a vida seria muito mais difícil. São os que têm que resolver os problemas causados pelo Acaso ou a Fatalidade. São os socorristas, os profissionais de Saúde, plantonistas, bombeiros, operários que dão suporte a ocorrências atípicas como queda de árvores, desligamentos de força e luz, policiais. Para esses não há festa, música, gente bonita falando alto. Aqui a dimensão não tem nenhum fascínio. E o tempo jogando contra, a dor gritando mais alto, o medo gargalhando em estrépito e escândalo, Muitas vezes a vida pedindo socorro.
O dia vai clareando, o pessoal da noite terminou o seu trabalho e vai procurar o seu descanso. Amanhã tem mais.
Hoje termina mais um ciclo de sete dias. Uma semana. Bem, hoje é sexta-feira, começa o fim de semana…
Não importa. O calendário não sinaliza fins de semana. Só sexta-feira.
Sextou!
Vamos festejar.
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Postado por Contubérnio Ideocrático, o Blog de Raul Almeida
14/1/2022 às 12h38
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Olhar para longe
Olhar para longe remete a uma paisagem, uma montanha, uma criança , um projeto de vida. Aqui, o sentido figurado da ideia reveste-se de outras filigranas tais como a esperança, a coragem, a fé, alguma certeza ou incerteza de sucesso. A materialização de um projeto de vida que deu certo vai sobrepondo sinais e marcas.Recordações. Um álbum de fotos ou a caixinha com as tais “lembrancinhas”, gentis quinquilharias sempre revestidas de um sorriso. Ali está um abraço, um aniversário, o nascimento de um filho ou neto, enfim, algum momento do qual temos enorme dificuldade de nos separarmos, ao mesmo tempo que vamos percebendo a inutilidade em continuar guardando objetos. A vida se mostra, surpreendentemente, curta ao percebermos o quanto poderíamos ter feito se… se isso ou aquilo.
Sinto as montanhas lá no fundo da paisagem como marcadoras virtuais de lembranças do meu passado, a quilômetros de distância do ponto de onde as observo. Nada físico. Não fui alpinista nem esportista radical, escalador, etc. Uso a natureza para estabelecer metáforas, analogias estapafúrdias, reforços avivadores da imaginação.
Bem a frente, lá na serra dos Órgãos, Petrópolis, o Dedo de Deus traz meu filho, único, vencedor, rompendo o céu das dificuldades, ultrapassando os abismos do quotidiano, aprendendo mais e mais a cada passo, sempre para frente, sempre para cima, sempre magistral.
Os contornos próximos fazem coro e apoiam aquela pedra transformada, por um momento, em meu lembrar. O recém nascido, o menino, o rapaz agora homem, senhor.
Sigo olhando na mesma direção. Há muito mais por ali.
Antes, Muri, cidadezinha próxima onde passei momentos maravilhosos com a esposa e a filha. A família que começava a formar-se. Os olhos brilhantes e curiosos da pequena, as cambalhotas e travessuras, corridas para lá e para cá, sempre cobertas pelo sorriso iluminado, maravilhoso, doce e gentil da mãe. E tome lembranças provocadas por um simples horizonte montanhoso, agora equidistante no plano físico, e virtual. Ainda atordoado com as efervescências do pensamento, memória e mente consigo, ao olhar na mesma direção, perceber o horizonte sob dois aspectos. Na frente uma ideia de viagem, passeio, quem sabe. No passado, quanta coisa boa, quanta alegria, quanto amor. Mas não há saudade, pois os atores estão vivos, ativos, vencedores.
Saio da varanda , fecho a cortina e encaro o espelho da minha vida enquanto dou uma escovada nos restos do que já foi uma cabeleira. Não consegui escapar dele. Sempre um espelho mostrando que o tempo não viu nada do que vi até agora. Não testemunhou, não interviu, não ajudou nem atrapalhou. Apenas seguiu e segue construindo saudades e ruínas eventuais.
Penso no Janus, o deus romano de duas faces, uma para frente e outra para trás, e as várias interpretações que li sobre tal figura. Continuo usando o horizonte ali na frente para restaurar as boas lembranças.
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Postado por Contubérnio Ideocrático, o Blog de Raul Almeida
12/1/2022 às 16h41
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Sempre há uma próxima vez
Na próxima vez que sentir medo, lembre-se de tudo o que já viveu, dos obstáculos que superou, e encontrará um porto seguro para seguir em frente.
Na próxima vez que sentir insegurança, lembre-se de que a incerteza é uma característica natural do ser humano.
Tudo é válido.
Na pior das hipóteses, opte pela dúvida. Não carregue o peso da certeza. Ter razão demais gera uma sobrecarga desnecessária. Viva suave.
A vida é simples.
Na próxima vez que tentarem te diminuir, lembre-se que a sua força vem de dentro e só você tem a dimensão dela.
Não tente se adequar ao mundo. Você é um ser único. Siga o seu coração e estimule o mundo a se adequar a você.
Reviva o que vale a pena.
Despeje sua ansiedade no Universo. Não sofra com o ontem nem com o amanhã, viva o hoje, que é palpável.
Cuide de quem te ama.
Lembre-se, a vida não é sempre um espetáculo. Valorize os pequenos momentos ao lado de quem te ama.
Intensifique o seu sorriso.
E quando se sentir sem força, estarei sempre aqui ao seu lado.
Lembre-se disso.
Lembre-se disso
Ame a vida, ame todos os momentos.
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Postado por Blog de Marco Garcia
13/12/2021 às 13h42
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A cor da tarja é de livre escolha
Oi, Edson. Tranquilo?
Dentro do possível, seu Douglas.
Algum problema, filho?
Os de sempre, mas tem um assunto aí consumindo as ideias.
Se quiser compartilhar, tenho tempo. Mas, antes, me serve um pretinho curto sem açúcar.
Fica em paz, seu Douglas. Vou incomodar o senhor com as minhas pirações não.
Como de costume, Edson abriu o bar às 5h30 da manhã.
Fez café, ajeitou os salgados na vitrine e conferiu os trocados do dia anterior.
Naquele momento, enquanto atendia no balcão o dono da loja de artigos religiosos, estava resignado.
Por muito pouco não ligara para o proprietário do "Vem quem quer", o bar onde trabalha, para pedir folga naquele dia.
Estava moído. A noite havia sido cansativa demais, dessas preparadas por espíritos sem luz.
Passara a madrugada numa via crucis pelos cemitérios da cidade, procurando por sua mãe, esquizofrênica.
Quando está em surto, dona Lurdes adota a alcunha "Menininha", uma mensageira espiritual com a missão de visitar túmulos e contar histórias para ninar os mortos.
Passou pelo Quarta Parada, Vila Alpina, São Luiz e, após rápida procura pelos cemitérios da Saudade e do Araçá, encontrou sua genitora no Campo Grande.
Junto ao túmulo do rapper Sabotage, toda de branco e com uma rosa vermelha na mão, ela declamava 'O Homem na Estrada', dos Racionais.
Ele sente falta dos palcos, Edson.
Terminou, mãe? Deixa o Sabota descansar. Ele dorme faz tempo.
"A gente sonha a vida inteira e só acorda no fim"... Tenha uma boa noite, Maurinho.
Agora podemos ir. Ainda tenho uma reunião com o Daime. Ele ficou de me passar as coordenadas de amanhã.
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Postado por Blog de Marco Garcia
30/11/2021 às 20h03
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Desigualdades
Quem nasce burro, ou melhor, limitado intelectualmente, não será nunca igual aquele que nasce inteligente, Não há nenhuma formula, tratamento, feitiço, reza, simpatia que mude o padrão: Burro é burro.
Quem nasce vagabundo será vagabundo a vida inteira. É estigma. É defeito de fabricação
Quem nasce inteligente, com facilidade de entender os seus entornos, as situações e oportunidades que a vida vai apresentando no seu decorrer, será reconhecido como tal.
Inteligente é inteligente . Apesar de eventualmente comportar-se como um burro. Mas o inverso não acontece, Um burro pode ser prudente, mas inteligente nunca.
Quem tem sorte, é sortudo (a). Não tem erro. Quem não tem sorte é azarado.
Quem é inteligente e tem sorte vai dar certo, vai prosperar, vai progredir, vai encontrar objetivos a alcançar, vai vencer.
Quem é feio, mas inteligente e sortudo tem mais chances do que os que são bonitos mas burros e/ ou azarados.
Quem é bonito, inteligente, sortudo, prudente, focado, tem todas as condições de vencer, prosperar, realizar a vida com sucesso.
Quem é burro, feio, azarado, imprudente tem todas as indicações para um retumbante fracasso, limbo, derrota e tristeza.
E daí? Quanta besteira. Quanto raciocínio e tempo perdido, inútil.
Não. Apenas uma forma de escancarar a estupidez que é o conceito de igualdade.
Não existe igualdade. Não existem dois indivíduos iguais, nem nunca existiram. A igualdade nega a realidade da vida.
Raças, sexos, nacionalidades, capacidade intelectual, aptidões, ventura ou desventura, alegria e tristeza, prosperidade e miséria, fogo e água, luz e treva, anormais e normais. Ricos e pobres, céu e inferno D´us e Satan.
Os igualitários querem dividir o que não conquistaram.
Os invejosos querem compartilhar o que a vida não lhes concedeu.
Os estroinas, satrapas, ladinos, igualitários, vagabundos e malandros querem manter o controle, reservando para si mesmos o que de melhor a desigualdade oferece. Não existe igualdade senão na morte.
O enterro de primeira só interessa aos que estão fora do caixão. Ninguém quer ser visto num velório com um féretro simples, forrado com pano preto e alças de lata. Fica mal na foto.
Ser solidário, sem filantropo, ser condescendente, ser piedoso, não quer dizer ser socialista, comunista, sindicalista ou, o pior,politico. Basta ser inteligente, para entender a necessidade de ajudar aos que não o são. O resto fica resolvido na igualdade bíblica que a todos favorece: Marcos 3-28 Todos serão perdoados. Então, cada um no seu quadrado e segue o salão.
Raul Almeida
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Postado por Contubérnio Ideocrático, o Blog de Raul Almeida
25/11/2021 às 09h16
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Novembro está no fim...
Sem muito o que dizer ou o que contar, chegamos ao fim de mais um ano.
Daqui a pouco é dezembro. Festas tradicionais serão mais ou menos celebradas, cumprimentos, saudações e frases comemorativas para um novo ano serão desencavadas da memória em rotinas cerimoniais, encontros de amigos, reuniões de empregados, famílias, e até nos depósitos de velhos e teimosos viventes, descartados do convívio com o mundo, incômodos em casa, doentes, tristes, esquecidos de si próprios, dispendiosos, desnecessários.
As mudanças e transformações na maneira de entender o mundo, de amar, querer, cobiçar, pretender e pensar em melhor desfrutar a vida, ficam bem nítidas quando planos, objetivos, desejos , vontades, aspirações e crenças são revisitadas, reorganizadas, reformuladas e colocadas na primeira página do livro do novo ano.
Não é assim para todos.
A maioria nem sabe o que é planejar a vida para seguir em frente mais um ano, mais um tempo, ou mesmo se a vida pode ser imaginada ou planejada com alguma antecedência. Os dias passam, sem foco, sem objetivo outro senão o de sobreviver, ganhar pela manhã para comer a noite...
Para todos o destino, o acaso e a fatalidade vão escrever a melodia, fazer o arranjo, dar o tom, o timbre e abrir ou rasgar a cortina do palco da vida para mais um recital de 365 dias e 6 horas. Mais um ano, mais esperança, mais fé, mais vontade ou , apenas, mais do mesmo.
Assim é.
A qualquer momento o ano acaba.
A qualquer momento o fim do mundo acontece.
A qualquer momento o Barqueiro do Aqueronte encosta seu barco, cobra as duas moedas, separa os que vão seguir e atravessar o Rio do Inferno ou os que vão continuar ali na margem, entre lamúrias, remorsos e arrependimentos.
Assim é ou, será assim?
Não faz diferença. Dezembro está chegando, muitas casas estarão enfeitadas para comemorar o Natal, depois a chegada do novo ano, da nova jornada. Vamos nessa!
Novos ou renovados desejos, vontades, aspirações, objetivos, crenças e expectativas.
Viva o marketing para ajudar nas escolhas das coisas materiais.
Viva a medicina para acalmar os malucos, mitigar as dores, curar os doentes.
Segue o salão...Ah, para os que tem medo do sobrenatural, das profundezas dantescas, das furnas satânicas para os de mau caráter, vai o consolo bíblico, só para não esquecer:
Marcos 3-28 Todos serão perdoados.
Feliz Natal! Feliz e próspero Ano Novo.
Raul Almeida
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Postado por Contubérnio Ideocrático, o Blog de Raul Almeida
24/11/2021 às 12h00
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Indizível
Na sintaxe do autoconhecimento o sujeito oculto é indeterminado
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Postado por Metáforas do Zé
18/11/2021 às 23h42
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Programador - Trabalho Remoto que Paga Bem
Muita gente está atualmente procurando um rumo na vida. Algo que dê para pagar as contas e viver de forma tranquila, mas nem sempre é tão fácil. Pois o mercado de trabalho está difícil, sem falar na tal experiência que todos pedem sem que a pessoa tenha começado na profissão. Somada a isso, está a necessidade de formação específica e estudo contínuo para que não caia em desatualização.
Certamente, todas essas razões não ajudam a conseguir um bom emprego nos dias de hoje. Então, é preciso pensar fora da caixa, nas alternativas que não estão lá tão expostas e formais na área profissional. Mas todo mundo tem o direito de vencer profissionalmente! Sendo assim, nesses casos, as opções estão quase sempre no esforço pessoal e em quanto você está disposto (a) literalmente a fuçar para descobrir alternativas autodidatas que o levem a um novo patamar.
Confie, pode não ser na primeira hora, no primeiro dia, talvez nem na primeira semana, porém haverá aquele momento de start em que todas as ideias se alinharão e a oportunidade perfeita se concluirá bem na sua frente. É assim com ideias pioneiras para canais no YouTube, concursos, cursos e colocações, sejam formais, remotas ou autônomas que você não fazia ideia que podiam ser opções e agora caíram como uma luva para uma tentativa de inscrição.
Talvez não dê resultado logo de cara, ou ainda não seja algo em que realmente deva gastar o seu tempo, contudo, o importante é procurar sendo sincero e verdadeiro sem nunca desistir. Dessa forma, só para começar... Você já pensou em seguir uma carreira como Programador?
Pois saiba que pode ser uma profissão muito rentável, exercida de maneira remota que de fato deverá levar a diversos caminhos dentro da informática, inclusive à formalização, basta que tenha paciência, curiosidade e cabeça boa para lógica e estudo.
Como conseguir conhecimento em programação?
Existem variados cursos técnicos, graduações, etc. baseadas em programação. Porém, para alguém que precisa começar do zero sem qualquer custo envolvido, pode estudar por tutoriais e cursos online grátis. Até como forma de conhecer num primeiro momento, analisando se é ou não para você. Surpreendentemente, muita gente já foi por esse caminho e criou produtos que mudaram suas vidas.
Desse modo, como exemplo, você pode iniciar pela matéria do Hostinger para saber o que é programação e conhecer em detalhes o que realmente envolve. Depois, aproveite para conferir os cursos na prática em sites como School of Net e Cursou. Há também dicas de canais para não ficar nada faltando. Lembrando que, existem muitos outros cursos por aí, só tome cuidado com a forma como oferecem, porque alguns ofertam o conteúdo até certa parte e depois acabam cobrando para pegar o final ou o certificado.
Para os mais engajados, é recomendada ainda a participação em eventos e torneios como o Campus Party, que acontece anualmente em São Paulo, maratonas de programação e os famosos Labs.
Onde conseguir emprego em programação?
Para aqueles que buscam uma vida nerd, um negócio próprio com empreendedorismo ou as acomodações e horários flexíveis do lar, existem diversas empresas que contratam remotamente ou com presença esporádica. Claro, é possível se enquadrar em algo absolutamente formal, porém quase sempre a experiência será requerida antes.
Dessa forma, consulte o banco de empregos de instituições como:
- GeekHunter - criação de perfil e convite de empresas, podendo ou não ser remoto.
- ProgramaThor - criação de perfil e convite de empresas, podendo ou não ser remoto.
- Nerdin - através de criação de perfil e convite de empresas, podendo ou não ser remoto.
- Freelancer - site freelancer com jobs informais em diversos níveis de dificuldade.
- Workana - site freelancer com jobs informais em diversos níveis de dificuldade.
Obs. O ramo de programação e tecnologia em geral é o mais defasado no país em termos de mão de obra. Assim, diariamente centenas de vagas são oferecidas no mercado de trabalho, ficando a espera de profissionais que as preencham por falta de qualificação. Isso reflete um agravamento futuro, se nada for feito, e as pessoas não perceberem que as ocupações estão abandonado as atividades braçais.
Então, não deixe que isso aconteça com você! Se prepare o quanto puder e encontre colocações no mínimo condizentes com a nova situação do mercado de trabalho.
Disponível em: https://www.elavestepreto.com/
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Postado por Blog de Camila Oliveira Santos
18/11/2021 às 09h32
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Oficinas Culturais no Fly Maria, em Campinas
Artista plástico e figurinista Déh Dullius.
Para incentivar e promover as ações de formação artístico-culturais, o Fly Maria lançou em seu cronograma mais duas oficinas de criação em artes plásticas e moda. As atividades, programadas entre novembro/2021 e janeiro/2022, serão coordenadas pelo multiartista Déh Dullius – artista plástico e figurinista –, que possui 14 anos de experiência nas áreas de criação, coordenação e formação.
Ao todo, serão quatro atividades exclusivas, sendo duas oficinas culturais de Criação (“Desenho Sensorial Botânico” e “Cabeças de Carnaval, Plástico Legal”) e mais duas jornadas de moda (“Desenho Sensorial da Moda” e “Desenho, Molde e Máquina”). Os dias e horários – veja em “Serviço” – variam conforme cronograma do Fly Maria, que iniciou suas atividades neste mês em Campinas.
"Estas ações de formação se dividem entre técnica e intuição. Na prática, os interessados poderão utilizar diversos materiais, que são fundamentais à sustentabilidade do planeta, por exemplo, bem como resgatar os conceitos internos que possam motivá-los no processo criativo. Uma forma moderna que une à técnica o trabalho lúdico por vezes ignorado em nosso cotidiano”, comentou o artista.
As oficinas de criação serão desenvolvidas no próprio espaço multiuso do Fly Maria, na Rua Dr. Quirino, 152, no centro. Os preços variam entre R$ 100 e R$ 220.
Multiartista
Déh Dullius é artista plástico e figurinista há mais de 14 anos. Em seu currículo artístico-cultural, possui participações comprovadas em várias exposições com esculturas – “Mostra Artemosfera”, do Grupo RBS (2012) – e performances – “The Dance Party”, Galeria Ecarta (2016), e “Depois do Fim”, vernissage realizada pelo Museu Iberê Camargo (2017), ambos em Porto Alegre/RS.
Também realizou palestras e oficinas culturais sobre processo criativo, como as dos desenhos de botânica, figura humana – com destaque aos adereços de cabeça – e de moda. Promoveu ainda ações em eventos universitários, como as da Semana Acadêmica, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e do Curdo de Moda da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos).
SERVIÇO
Oficina de Criação
Desenho Sensorial de Moda
Data: a partir de 17 e 18/11 (quartas e quintas)
Horário: das 18h às 19h
Local: Fly Maria
Investimento: R$ 220,00/mês
Oficina de Criação
Aula de Moda: Desenho, Molde e Máquina.
Datas: a partir de 17 e 18/11 (quartas e quintas)
Horário: das 19h às 20h
Local: Fly Maria
Investimento: R$ 220,00/mês
Oficina de Criação
Desenho Sensorial Botânico
Data: 27/11
Horário: 9h30 às 11h30
Local: Fly Maria
Investimento: R$ 100,00
Oficina de Criação
Cabeças de Carnaval - Plástico Legal
Data: 29/11
Horário: 18h às 20h
Local: Fly Maria
Investimento: R$ 100,00
Informações: Insta @deh_dullius
WhatsApp 19.99560 4294
Conteúdo PoloAC
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Postado por Githo Martim
17/11/2021 às 07h17
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A Lei de Murici
“Em tempos de murici,
cada um cuida de si.”
No jargão popular, Murici virou nome de uma lei. Entanto, palavras e adágios pulam os muros dos dicionários e enciclopédias e a etimologia se perde nas precisas imprecisões da linguagem do povo, construindo e desconstruindo significados, o que faz a gente entender que a fala desvela uma filosofia do cotidiano. Esse dito popular aponta para vários lados de uma sabença capaz de alertar quanto aos dois lados da moeda: constatação e reflexão sobre o salve-se quem puder, abrindo sentidos da vida e ressonando de forma diversa nas várias classes sociais.
Aliás, é sempre assim. A linguagem pede interpretações. Se alguém da classe A disser: “estou com fome,” de imediato terá à sua frente lauto banquete. Se um morador de rua disser a mesma frase, o sentido muda e pode até indicar que está morrendo de fome.
Já conhecido em Portugal, e citado no século XVI por Gabriel Soares de Souza, tal adágio, aqui posicionado como epígrafe, fincou pé no Nordeste brasileiro, onde o fruto, o murici, aparece após o tempo das chuvas. João Ribeiro, tentando explicar o folclore pelo difusionismo dos antropólogos, atribuiu a origem do dito ao nome “murixi” ou “morexi” – o cólera − terrível epidemia que matava populações na Índia, onde os lusos iam à cata de especiarias. Assim, podem ter surgido corruptela e metáfora!
Visitando cenas de Os Sertões, encontrei referências de Euclides da Cunha a esse dito do povo. Afirma o autor que, após a morte do Cel. Moreira César na terceira expedição de Canudos, o Cel. Pedro Nunes Tamarindo, temendo ser morto, teria invocado tal adágio ao recusar-se a assumir o comando das tropas do governo. Uma vez salva sua pele, a tropa − o povão − que cuidasse de si.
Tempo vai. Tempo vem. Chuva miúda não mata ninguém. E a frutinha amarela deu nome à lei e o nome da lei virou sonoridade ao entrar no samba de vários autores, entre eles Juraci e Bezerra da Silva, ensinando como sobreviver em meio à malandragem.
Na internet há quem afirme que, em tempos de seca, só o muricizeiro retém água e permanece dando frutos: “Quando apenas a frutinha murici (tempo de murici) sobrevive é tempo de cada um cuidar de si, uma vez que, se só sobrou o murici, a coisa está feia. ”
Tempo vai, tempo vem, estamos em maus lençóis. A norma chamada popularmente Lei de Murici parece ter virado Medida Provisória nos últimos tempos, estendendo-se aos danos da Covid-19. Desdobrando o dito popular, eu diria: em tempos de mercado financeiro, não sobrevive nem muricizeiro.
Diante disso, Lima Barreto teria muito a acrescentar às histórias dos bruzundangas. Solidariedade? Farinha pouca, meu pirão primeiro. Pandemia? Todo mundo vai mesmo morrer um dia. Vacina? Cada um que se contamine e siga o rebanho dos mortos. Emprego pra quê? Vagabundo não gosta de trabalhar, afirmam os jogadores da bolsa.
Assim, como grande parte dos dizeres do povo, o adágio em pauta conduz sabença capaz de alertar para a riqueza da fala, escavando sentidos escondidos no fundo das verdades não verdadeiras. Ditos e adágios são feito poesia: suas palavras e imagens viram o mundo de cabeça pra baixo. E a linguagem pode tornar-se ato, dando novo sentido à vida e outro rumo à existência.
Dizem que “boi não sabe a força que tem”. Mas esse ditado pode significar muito mais: Ah! Mas se o boi descobre a força que tem! Por isso, na perspectiva poética, se, ante as dificuldades, cada um tem que cuidar de si, a fala também alcança aqueles que querem revogar a Lei de Murici.
Linguagem é isso: ontogênese. Quando menos se espera, um dito pode ressurgir trazendo antigas e novas ideias e também preciosas contradições que podem virar a mesa.
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Postado por Blog da Mirian
15/11/2021 às 08h59
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Julio Daio Borges
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