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Terça-feira,
3/3/2015
Unidade e diversidade - texto experimental
Antonio Carlos de A. Bueno
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Na área vastíssima e descontínua em que é falado, o português apresenta-se, como qualquer lingua viva, internamente diferenciado em variedades que divergem de maneira mais ou menos acentuada quanto à pronúncia, à gramática e ao vocabulário.
Embora seja inegável a existência de tal diferenciação, não é ela suficiente para impedir a superior unidade de nosso idioma, fato, aliás, salientado até pelos dialectólogos.
Com relação a Portugal, observa o professor Manuel de Paiva Boléo: "Uma pessoa, mesmo alheia a assuntos filológicos, que haja percorrido Portugal de norte a sule conversado com gente do povo, não pode deixar de ficar impressionada com a excepcional homogeneidade linguística do País e a sua escassa diferenciação dialectual - ao contrário do que sucede noutros países, quer de lingua românica, quer germânica".
Com referência à situação linguística do Brasil, escreve Serafim da Sila Neto: "É preciso ter na devida conta que unidade não é igualdade; no tecido linguístico brasileiro, há, decerto,graduações de cores. Minucioso estudo de campo determinaria, com segurança, várias áreas. O que é certo, porém, é que o conjunto dos falares brasileiros se coaduna com o princípio da unidade na diversidade e da diversidade na unidade".
Postado por Antonio Carlos de A. Bueno
Em
3/3/2015 às 18h38
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