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Quarta-feira,
8/4/2015
Ágora de Leitores Blogueiros
José Carlos Moutinho
+ de 2800 Acessos
Assistimos atônicos
níveis altíssimos de violência, no Brasil e no
mundo. O que tem ocorrido no Morro do Alemão, no Rio de
Janeiro, entre outros casos de violência, nos entristece muito
- famílias dilaceradas pelo tráfico de drogas,
bem como por ações desastrosas daqueles que deveriam
proteger a vida do cidadão. Tem ceifado vidas inocentes, a
velha política de segurança (ultrapassada) que trabalha
no curto prazo (estado de guerra) e não no preventivo (impedir
a partir das nossas fronteiras a entrada de drogas e armas).
Precisamos de mais inteligência, não há a menor
dúvida.
Os casos de violência no Brasil e no mundo jamais caberiam num artigo ou
tratado sobre crimes e atrocidades que temos assistido. Coisas
horrendas acontecem diariamente, seja nas cidades brasileiras e no
Oriente Médio, com os assassinatos cruéis pelos grupos extremistas e exércitos regulares. Preocupa também os governantes de Israel, ao tentarem impedir um acordo de paz entre Irã e as potências. São muitos casos (complexos)
que merecem nossa reflexão.
O Brasil e o mundo estão desesperadamente precisando de Paz. A mensagem de John Lennon está cada vez mais viva: precisamos dar uma
chance para a paz!
Não entraremos aqui em detalhes sobre a violência que campeia, pois
nosso objetivo (honroso), por ora, é saldar o Digestivo
Cultural, notadamente os Blogs dos Leitores. O Digestivo
Cultural está inaugurando uma espécie de Ágora
de Leitores Blogueiros, democratizando a comunicação
e valorizando a liberdade de expressão.
A leitura é uma das formas mais eficazes de promoção da cultura e da paz, vencer a ignorância. Pela cultura contribuiremos para
combater a insanidade. Leitura, educação e cultura são
formas poderosas de melhorar o presente e construir um futuro melhor.
É o que tem demonstrado a História da Humanidade. Foi
pelo domínio da tecnologia (graças ao uso do polegar),
da comunicação, da escrita que o homem conseguiu
grandes conquistas, minorando a ignorância, a violência e
no ganho de qualidade de vida.
Precisamos levar esperança ao cidadão, mostrá-lo que a vida tem valor, que vale a pena lutar por ela. Os sentimentos de impotência,
tristeza e fraqueza parecem estar instalados, ante a força da
violência. É urgente mudar tal quadro. O contrário,
é barbárie.
É com muita honra que venho participar dessa Ágora [blogueiros do Digestivo Cultural], trazer um pouco da minha visão modesta, com respeito a todos colegas do DC, ética,
fraternidade, solidariedade e autocrítica.
Ainda no tema combate à ignorância e violência, gostaria de
saudar o colunista Gian Danton (aqui do DC)
pelo artigo Intervenção militar constitucional,
que, com muita propriedade, quebrou tal consigna presente nas
recentes manifestações no Brasil. Tal proposta golpista
só mergulharia o país na infelicidade total, que nem
podemos aventar.
Não é por meio da intervenção militar que corrigiremos nossos problemas político-institucionais. É
pela inteligência e maturidade democrática que faremos
do Brasil um país melhor.
Transcrevo a seguir as declarações daqueles que dedicaram (e dedicam) suas vidas no estudo e na aplicação da Constituição Brasileira, os ex-ministros
do Supremo Tribunal
Federal (STF) Carlos
Ayres Britto e Carlos
Velloso. Em
entrevista ao Fantástico,
da Rede Globo,
em 16/3, analisaram as
consignas nas
manifestações ocorridas no dia 15 de março,
notadamente, os pedidos de
impeachment
da presidente da República
e intervenção
militar.
"Pedir o impeachment, enquanto manifestação livre
de vontade, tudo bem. Agora, concretamente, vamos convir, a
presidente da República no curso deste mandato (que mal se
inicia) não cometeu nenhum crime, o que é pressuposto
do impeachment. Seja à luz do artigo 85 da Constituição,
seja à luz da Lei 1079/1950, que versam sobre crimes de
responsabilidade e o consequente impeachment, não há a
mínima possibilidade de enquadramento da presidente da
República nessas normas", conclui Ayres Britto.
Para Carlos Velloso pedir intervenção
militar seria "algo inusitado, fora da lei, fora da
Constituição, ao arrepio da lei. No momento em
que a violação da lei prejudica alguém, e nos
colocamos em silêncio, amanhã poderá sermos nós
aqueles atingidos por quem está violando a lei".
Por fim, quero agradecer muitíssimo a minha acolhida pelo Digestivo
Cultural, notadamente o seu editor Julio Daio Borges,
pessoa de grande cultura, energia, dinamismo e organização.
Estar nos quadros de blogueiros do DC é uma honra e um
desafio muitíssimo interessante para todos nós
leitores.
Postado por José Carlos Moutinho
Em
8/4/2015 às 18h56
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