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Quarta-feira,
29/4/2015
Impeachment, sim !
Expedito Aníbal de Castro
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O PT iniciou sua vida política com um código de ética rigoroso, exigindo posturas rigorosamente exemplares de seus filiados e dos políticos dos demais partidos. Eram alvos permanentes de suas críticas os políticos Collor, Renan, Sarney, Jáder Barbalho e tantos outros. O PT foi o partido que mais se empenhou no impeachment do Presidente Collor e, se todos estão lembrados, o motivo do mesmo foi o fato de o Presidente ter recebido um carro de presente, corrupção passiva. Em seu programa o PT expressava uma defesa inabalável dos trabalhadores e seus direitos, inclusive o tão famoso Fator Previdenciário, tão prejudicial aos aposentados.
Durante o ano de 2014 o governo do PT acordou, com as diversas distribuidoras de energia, uma redução na tarifa de maneira que essa redução se refletisse nas contas de energia. O preço da gasolina, apesar dos altíssimos preços do petróleo no mercado internacional, permaneceu estável. Os bancos estavam todos de portas abertas para empréstimos e financiamentos; o programa Minha Casa Minha Vida estava de vento em poupa; o PAC se arrastava mas ainda estava vivo e o PRONATEC, pupila dos olhos da Candidata, recebia recursos suficientes, pelo menos até a campanha. A inflação dava seus saltos mas moderados e o PIB, embora um pibinho, era positivo. Vivia-se quase no céu.
A campanha eleitoral de 2014, para quem a analisa hoje, foi hilária. Segundo a candidata do PT, os oposicionistas desejavam um Banco Central independente para elevarem os juros; estes mesmos candidatos jamais destinariam os recursos necessários para o FIES e o PRONATEC; iriam cortar direitos dos trabalhadores; iriam parar com o Minha Casa Minha Vida e acabar com o Programa do Bolsa Família. A candidata rechaçou a acusação de destinar boa parte dos recursos do Brasil para outros países como Cuba, Venezuela, Equador, Argentina e outros. A operação Lava a Jato já apresentava seus primeiros resultados e a Candidata defendia-se dizendo que tudo seria devidamente apurador e os corruptos punidos. Ela conseguiu mostrar aos brasileiros mais humildes e dependentes do bolsa família que os outros candidatos estavam ali para prejudica-los.
Nos deparamos, em 2015, com um vergonhoso estelionato eleitoral, com um Ministro da Fazenda chamado para consertar as contas públicas, com uma redução drástica nas despesas do orçamento federal, com cortes de gastos na área da Educação, com redução significativa no Minha Casa Minha Vida, aperto no crédito, inflação galopante, perspectiva de um pibão negativo, corrupção grassando em todos os setores da economia, Petrobrás quase falida e muitas notícias péssimas que ainda virão.
Como se pode observar, houve evidente má fé do governo do PT nas medidas adotadas em 2014 pois objetivavam enganar o povo brasileiro quanto à economia do país. O governo fez a Petrobrás amargar um gigantesco déficit ao adquirir petróleo caro e vender gasolina com prejuízo. Causar prejuízo a uma empresa estatal, com o fim específico de obter vantagens eleitorais, burlando a boa fé do povo , deve, sim, ser motivo de impeachment. Há mais que razões para tal.
Postado por Expedito Aníbal de Castro
Em
29/4/2015 à 00h30
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