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Quinta-feira,
30/4/2015
Seres assim ..........
Expedito Aníbal de Castro
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Exatamente a dois anos e seis meses atrás, uma das minhas filhas chegou com o marido e, por acaso, eu estava andando com minha esposa, e nos encontramos, os quatro, na calçada. Minha filha, abruptamente, puxou um par de sapatinhos e nos mostrou. Eu e minha esposa ficamos, vamos dizer assim, sem entender o que significava aquilo. Depois de alguns instantes sem que disséssemos nada, ela perguntou ansiosa: Vocês ainda não entenderam ? Caímos na real: ela estava grávida. Foi uma alegria desorganizada: abraços, telefonemas, o mundo inteiro deveria saber da notícia. Era o primeiro neto. Passaram-se quatro meses e soubemos que era uma menina. Felicidade geral.
Nesse meio tempo, a esposa do nosso filho mais velho também ficou grávida. Outra alegria desorganizada . Seria de qual sexo? E ficamos aguardando que fosse menino. Quatro meses mais tarde nosso filho ligou e, quase que se desculpando, deu a notícia: outra menina.
Não imaginávamos o quanto nossas vidas mudariam. Quando a Maria Cecília nasceu, minha esposa passou dois meses na casa de minha filha, ajudando e ensinando o básico sobre recém nascidos. Eu já tinha perdido, totalmente, o jeito de como segurar um bebê. Somente depois do terceiro mês fui capaz de coloca-la nos braços.
Janice (minha esposa) voltou e foi concluir o enxoval da outra netinha. Em seguida, após o parto, foi para a casa de minha nora, também por quase dois meses. Só consegui segurar Maria Dalila depois dos três meses, também.
Enquanto isso, eu ia quase todos os dias a casa de minha filha para passear com Maria Cecília, na posição de cadeirinha para que ela fizesse cocô. E não é que ela fazia?
Seres assim, puros, inocentes nos fazem ver o mundo de outra maneira. Nos fazem mais sensíveis, mais compreensivos, menos estressados, muito mais alegres. A mudança interior é profunda.
Hoje, Maria Dalila, fica de segunda a sexta com uma babá em nossa casa. Ela é de uma alegria contagiante; ri de tudo, brinca de tudo e, às vezes, ninguém sabe quem é mais criança, se ela ou a babá. Só ouvimos as risadas. Maria Cecília vem todas as sextas-feiras e quando os pais necessitam sair à noite ou nos dias não úteis. Ela é mais compenetrada, embora bastante simpática, alegre e sensível, extremamente sensível. Algumas músicas, tipo O cravo e a rosa fazem-na chorar. Às vezes fico admirado da maturidade dela. Ambas transmitem um amor que só os avós podem perceber. Seres assim têm uma missão importante neste nosso planeta maluco: mostrar que, apesar de tudo, o AMOR ainda é possível, amor puro, infantil, ingênuo, não importando que os outros nos vejam como bobos.
Postado por Expedito Aníbal de Castro
Em
30/4/2015 às 22h51
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