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Quarta-feira,
6/5/2015
Manhã no parque
sonia maria de araujo sobrinho
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O Parque Municipal com sua paisagem bucólica, tranqüila, bem no centro de Belo Horizonte, oferece grandes atrativos e pode também proporcionar grandes aventuras. Foi o que aconteceu quando resolvi levar meus filhos pequenos, dois sobrinhos e a babá para passear de barco. Nunca tinha me aventurado assim
antes e achei que todos poderiam gostar. O ingresso dava direito a 30 minutos, com direito a desfrutar a linda paisagem do local. O responsável por esta área no parque foi quem fez a distribuição de pessoas.
Num barco ficou Rodolfo de 2 anos na ponta; meu sobrinho de 16 anos no meio para contrabalancear, remando, e eu e Moniquinha, também de 2 anos, na outra ponta. Ela, sentadinha no chão, encolhidinha.
Assim que o barco saiu, comecei a me sentir incomodada. Não tirava os olhos do Rodolfo, lá na ponta, observando tudo ao seu redor. Percebi que só poderia conversar com ele de longe, porque se levantasse, o barco perderia o equilíbrio.
Acabou-se meu sossego. Fiquei o tempo todo falando:
- filhinho não se levante, está bem ?
Quando vi o pequeno chafariz, pedi que fossemos até lá para nos refrescar. Receber aqueles pinguinhos d'água, que com o sol ficaram coloridos. Quando estávamos quase chegando desisti da idéia. Pedi ao meu sobrinho que voltasse pois me lembrei que aquela "chuvinha" poderia empolgar as crianças; elas se
levantariam e poderiam provocar um verdadeiro caos.
-faltava muito para terminar os 30 minutos
De repente me lembrei do outro barco. Onde andariam meu sobrinho de 9 anos e a babá de 17 ? Avistei-os longe de nós, brincando de jogar água um no outro; rindo, distraídos, e o barco á deriva.
- Meu Deus, só me faltava essa.
O que via agora já não me parecia tão bonito. Aquela água esverdeada, suja, refletia meu medo. Por meus olhos passavam objetos jogados pelos desordeiros para atrair os peixes: copinhos de plástico, pipoca, papel de bala (peixe mesmo eu
não vi nenhum). Exalava um odor forte e fui ficando tonta.
Assim que ancoramos, o encarregado pelos barcos zarpou para buscar o barquinho azul deles, de nome "timoneiro"; que quer dizer "aquele que governa a embarcação".Voltaram rebocados e sem se dar conta do perigo que correram. Melhor assim, a
manhá estava apenas começando.
- passava muito dos 30 minutos
Postado por sonia maria de araujo sobrinho
Em
6/5/2015 às 15h37
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