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Terça-feira,
12/5/2015
Fundos de Pensão das Estatais - CPI
Expedito Aníbal de Castro
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Iniciei minha vida profissional na Caixa Econômica Federal, em novembro de 1972. Fui aprovado no primeiro concurso público que a Caixa promoveu, entre os primeiros lugares e, embora morando no Ceará, fui, juntamente com mais cinco colegas, chamado para assumir em São Paulo. Estávamos no auge da ditadura e o intercâmbio inter-regional era uma exigência da mesma. Em 1974 pedi demissão e fui trabalhar em uma empresa particular. Em 1976, já no Ceará, fui aprovado para o Banco Central do Brasil e, em 1979, novamente para a Caixa Econômica Federal.
Nos anos de 1972 a 1974, nós, empregados da Caixa, contribuíamos para uma Seguradora da Caixa, chamada Sasse. Quando voltei, em 1979, já havia sido criada a FUNCEF, para a qual contribui durante mais de trinta anos, até minha aposentadoria. A FUNCEF tem como objetivo complementar o valor da aposentadoria do INSS. Sempre procurei contribuir com o valor máximo possível pois pensava não só na minha família, como em ter uma terceira idade tranquila.
Como eu, milhares de colegas que hoje estão aposentados ou se aposentando, fizeram a mesma viagem para terras distantes e conseguiram tornar a Caixa Econômica Federal a potência que ela é hoje. Como eu milhares de colegas, homens ou mulheres, contribuíram por dezenas de anos para o Fundo de Pensão dos Empregados da Caixa Econômica Federal o que fez desse fundo, também, uma potência, a ponto de alguns governantes tentarem distorcê-lo.
Agora conseguiram ! A FUNCEF acumula um prejuízo de 5,5 bilhões de reais, é isso mesmo, bilhões, não escrevi errado. Tivesse a FUNCEF aplicado todo seu patrimônio no aplicativo que menos rende, a poupança, e não teria um centavo de prejuízo, embora não tivesse lucro. O valor desse prejuízo, comparado relativamente com o da Petrobrás, é muito maior. O comentário é de que esses recursos foram aplicados em obras públicas, principalmente na hidrelétrica de Belo Monte. Mas o assalto aos fundos de pensão não ficou por aí: comenta-se que o Postalis, fundo de pensão dos empregados dos Correios, adquiriu títulos públicos da Venezuela, e que o PREVI, fundo de pensão dos empregados do Banco do Brasil e o PETRUS, fundo de pensão dos empregados da Petrobrás estão na mesma situação.
Mas o problema não termina aí. Quem vai pagar o prejuízo? Os aposentados que, apartir de janeiro de 2016 terão uma drástica redução em suas aposentadorias. Mas... e os responsáveis pela aplicação? Caso não haja uma CPI que desvende quem aplicou, sob ordens de quem, nada será apurado. Já há colegas doentes de preocupação. São milhares de
famílias que mudarão drasticamente seu modo de vida. Houve algo parecido com o fundo de pensão dos empregados do BNB, décadas atrás e, segundo consta, mais de vinte cometeram suicídio.
A MÍDIA tem sido extremamente aguerrida na descoberta de fraudes e corrupção, neste governo que, ao que tudo indica, quer destruir o Brasil e é a ela e aos POLÍTICOS HONESTOS que dirigimos nosso apelo: que seja criada uma CPI para investigação da administração dos fundos de pensão das estatais.
Postado por Expedito Aníbal de Castro
Em
12/5/2015 às 16h43
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