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Domingo,
31/5/2015
Terra Santa - FORTALEZA DE MASADA
Dinah dos Santos Monteiro
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Na Palestina, na região da Idumeia, ao sul de En-Gadi (cujo nome significa a fonte do cabrito), sobre um planalto de encostas íngremes, a 410 metros acima do nível do mar Morto, que é uma maravilha por si só, encontra-se a Fortaleza de Masada, que só aparece sob este nome no ano 50 a. C. Este planalto conta com 600 metros de comprimento por 320 metros de largura. Masada ergue-se sobre este planalto, não longe da estrada principal que liga o deserto da Judeia ao território de Moab, contornando a ponta sul do mar Morto. O local é bem visível, fácil de localizar.(
Construída pelo rei asmoneu Alexandre Janeu (Macabeu), por volta de 100 a. C., Masada foi remodelada por Herodes Magno, o Grande, entre 37 e 31 a. C., que fez dela uma faustosa residência real. Restos de cerâmica encontrados em Masada indicam que o local era ocupado entre o século X e o século VII a. C.(
"Masada não é explicitamente mencionada no Antigo Testamento, todavia tudo leva a crer que o rei Davi, conforme está escrito em I Samuel 24, 1-2, quando fugia de Saul, encontrou refúgio nas "elevações" e no "deserto" de En-Gadi. Estas "elevações" são provavelmente onde o rei Davi e os seus homens estavam escondidos quando Saul veio satisfazer as suas necessidades (I Samuel 24, 3). Davi aproveitou a circunstância para cortar um pedaço do manto do rei Saul (I Samuel 24, 1-7), recusando-se a mata-lo quando este estava perfeitamente em suas mãos." (A Bíblia, vol. 1, edições del Prado, pag. 108).
O turista para chegar ao planalto de Masada tem a sua disposição o teleférico, ou, se preferir uma boa caminhada, a Trilha da Serpente, que recebeu este nome por ser muito sinuosa. Esta subida pela trilha leva em torno de uma hora e é muito cansativa. O planalto de Masada é inacessível pelo lado do mar Morto.
Por se encontrar bem acima do nível do mar, o grande problema enfrentado pelos construtores de Masada foi de como obter água para o consumo diário. Herodes, com seus arquitetos, mandou talhar várias cisternas nas rochas, a fim de recolher a água de escoamento proveniente das chuvas de inverno, essas cisternas, uma vez cheias, conduziam a água para o uso local. Estas cisternas ainda resistem ao tempo, estão lá. Uma entrada chamada "O Portão de Água" leva a uma trilha onde o visitante pode chegar a estas cisternas.
Encontra-se em Masada vários nichos para urnas funerárias, os quais eram reservados para não-judeus da corte de Herodes.
A sinagoga de Masada é considerada a mais antiga do mundo e está orientada para Jerusalém. A sua construção é atribuída ao rei Herodes. Ainda preservada e com alguns assentos, que parecem ser da época da ocupação dos zelotes (Judeus da seita zelote).
Em Masada foram construídos dois palácios: O Ocidental e o Suspenso. O Palácio Ocidental, com pisos de mosaico, era destinado às recepções e acomodação dos hóspedes de Herodes. Suas colunas e paredes eram ricamente decoradas com afrescos. Parte dessas colunas e paredes com afresco ainda estão conservadas, assim como parte de pisos com mosaico. O Palácio Suspenso servia como residência para Herodes. Era dividido em três níveis. Na parte inferior ficavam as termas. As colunas de sustentação do piso original das termas são uma das partes de Masada bem preservadas. Sob este piso circulava ar quente, que mantinha constante a temperatura do ambiente.
Alguns objetos foram encontrados em meios aos escombros das habitações e das muralhas em casamatas ocupadas pelos últimos defensores de Masada em 73 d. C., tais como: panela de bronze, pote de barro, sandálias de couro etc., que podem ser vistos pelos visitantes.
Os reis judeus nomeados pelos romanos construíram grandes fortalezas, entre 37 e 31 a. C. Foi com a morte de Herodes, em 44 d. C., que o governo foi confiado a procuradores romanos e foi a administração destes procuradores que trouxeram problemas e perturbações que deram origem a primeira revolta judaica em 66 d. C. "A título de represália os romanos destruiram Jerusalém e o seu Templo (70 d. C.)". Quanto aos sobreviventes da rebelião, entrincheirados em Masada, ergueram uma muralha defensiva interna num esforço de se defenderem dos romanos. Os romanos por sua vez circundaram a montanha compondo um anel formado por oito acampamentos ligados por muralhas e construíram uma enorme rampa na subida da montanha que lhes possibilitou atacarem os rebeldes com aríetes. Do alto da fortaleza ainda é possível ver vestígios de um dos tais acampamentos romanos. Mais tarde Masada tornou-se o símbolo da resistência judaica a dominação estrangeira. Um dos lemas do atual exército de Israel é "Masada não voltará a cair".
Masada surpreende a qualquer visitante. As pessoas às vezes não conseguem imaginar o que pode ser visto e admirado no alto de uma colina. Parece um tanto inacreditável alguém ter construído tanta coisa em um lugar de tão difícil acesso, mas Masada está lá para quem quiser conhecer. Masada é um lugar deslumbrante, acreditem.
Postado por Dinah dos Santos Monteiro
Em
31/5/2015 à 00h19
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