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Quarta-feira,
3/6/2015
Até logo, amiguinho.
Expedito Aníbal de Castro
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Foram 18 anos de muito amor dado e recebido. Você era tão pequenino que foi trazido para sua casa no bolso da minha camisa. Sua energia era notável, suas peraltices também. Você rasgava sandálias, roía os móveis, brincava com os outros cachorros, rosnava quando a brincadeira não lhe agradava ou quando mudávamos sua comida de lugar. Aos poucos seu comportamento foi sendo compreendido pela família, mas você marcava as pessoas com as quais não desejava relacionar-se. Você, por exemplo, dentro do mesmo quarto, pulava a cama de um dos meus filhos e fazia xixi na cama daquele que você não gostava. Costumava latir para estranhos e morder aqueles que se aproximavam de alguém da família. No fundo, você era um eterno brincalhão. Lembra quando eu dizia "vamos tabaiá?" e você corria para o interior do carro? E, quando partíamos, aquelas orelhinhas ficavam tremulando ao sabor do vento.
Você também era metido a machão. Não interessava o tamanho das cadelas, você tentava todas. Numa briga, não "abria" para cachorros maiores o que o levou a sofrer ferimentos graves e colocou em risco sua vida. Você precisava fazer jus ao seu nome: Huck, um pincher muito macho.
Você compartilhou sua vida conosco e quanta alegria nos deu ! Tanta que, agora, quando escrevo, também choro. Mas tenho certeza de que você está em um ótimo lugar, um céu dos cachorros, muito melhor que o céu dos humanos, pois os cães são mais fiéis, alegres, perceptivos, enfim, mais humanos que os humanos. Você partiu e deixou muita dor, muita tristeza. Sabemos que sofreu muito; sua doença era incurável e tornou-o um pequeno esqueleto andante. Mas também teve um anjo que o acompanhou diariamente, dando-lhe alimento, medicação, carinho e amor. Christiane nasceu para cuidar de vocês. Eu sou covarde, não tinha coragem.
Ela também escreveu algo para você:
Meu pequeno, hoje você virou uma estrelinha no céu e é acolhido com muita festa. Obrigada por toda a alegria, carinho, atenção, amor e companheirismo que nos proporcionou durante todos esses anos. Você chorava e brigava com todos os outros cães quando eu chorava; gritava, pulava e corria de alegria quando chegávamos em casa, chorava quando ficava sozinho, brincava de morder o pano e de bolinha, defendia a casa como ninguém. Lembro que eu imitava uma aranha com as mãos, fingindo tomar sua ração, para você comer. Para onde eu ia, você ia atrás, até quando eu ia tomar banho, você arranhava o box do banheiro para eu acabar logo. Meu companheiro de muitas madrugadas acordada. Contigo desabafei em muitos momentos em que me senti mal. Lembro de todas as vezes em que você sofreu, com mordidas dos outros cães, cirurgias... e eu estava lá, do seu lado, cuidando de você. Nossos passeios juntos e quando você ia "trabaiá" com o papai. Muitas vezes viajamos juntos, Limoeiro, Iguape... e as lembranças são muitas. Agradeço a Deus a oportunidade de amar um ser tão pequeno e receber amor como o seu, sem condições! Você veio para nos ensinar a amar mais! Resumo a experiência de ter convivido com você em muito amor, tanto doado, como recebido. Saiba que você foi muito amado, meu pitchenininho!
Até logo, amiguinho. Onde você está, olhe por minha família, como você sempre o fez.
Postado por Expedito Aníbal de Castro
Em
3/6/2015 às 23h11
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