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Terça-feira,
18/8/2015
A esquerda nunca foi popular no Brasil
Julio Daio Borges
+ de 24300 Acessos
(E isso é um tremendo de um desgosto para a esquerda brasileira)
O que mata a esquerda brasileira de raiva é que ela não consegue ser popular de verdade. A única chance que ela teve - de ser popular, no Brasil -, ela perdeu... Com esse projeto nefasto de poder...
Na verdade, essa esquerda só conquistou o poder com o discurso do "Lulinha paz e amor". Com a "Carta ao Povo Brasileiro". Ou seja: prometendo que não ia dar calote na "dívida"; que não ia haver "quebra de contrato"; e que ia cumprir com os compromissos assumidos... Quer mais *direita* do que isso?
Depois, com a Dilma, a esquerda se elegeu prometendo mais consumo. Bastante crediário. Juros artificialmente baixos. IPI reduzido além da conta. Luz falsamente barata. E combustíveis... (Bem, você conhece o final da história...)
Fora que as "bolsas", desde a bolsa-família até a bolsa-empresário, via BNDES, passando pelo Fies, pelo Minha Casa Minha Vida, nada mais são que... dinheiro! Esmola, financiamento ou empréstimo subsidiado são todos dinheiro, no final das contas. Esse era o governo de "esquerda" de vocês? Quer coisa mais capitalista do que *dinheiro*???
Então, agora que a festa acabou, que, além da roubalheira, essa "bonança" foi uma tremenda de uma irresponsabilidade (fiscal)... A esquerda se espanta que há pessoas "de direita" nas ruas! E que elas são maioria!?!
Ora, mas elas sempre foram. A esquerda brasileira é que fez concessões a essas pessoas. Prometendo que não seria "esquerda de verdade". Prometendo que não bagunçaria a economia (o Plano Real). Prometendo acesso - histórico - a bens de consumo. E prometendo - vamos falar com todas as letras - ascensão social.
Agora, acabou. O governo quis tanto baixar os juros que avacalhou com o controle da inflação. O governo quis fingir que a festa do crediário era infinita... mas bateu num teto (o limite de endividamento das famílias). O consumo, naturalmente, arrefeceu (por conta das dívidas...). As empresas sofreram com a inflação, nos seus insumos, e com a queda de consumo... Tiveram de mandar gente embora... Desemprego, o verbete proibido.
A arrecadação desmoronou, é lógico. O governo de esquerda - que achou que o Brasil ia ficar rico, que acreditou no "boom" das commodities - contratou uma verdadeira gastança pelas próximas décadas... O governo não arrecada mais com antes, mas tem de pagar, cada vez mais... Onde isso acaba? O governo termina pobre... O governo está falindo... O governo, quem sustenta, somos nós!
A esquerda, é claro, não sabe como arrumar. (Algum esquerdista sabe como arrumar a casa???)
Só que agora não adianta a esquerda fingir que não sabe por que as pessoas estão revoltadas. Governos sucessivos que só acostumaram essas mesmas pessoas a "bolsas", esmolas, crédito barato, empréstimos subsidiados, juros forçados, energia farta, consumo desenfreado, mobilidade social...!
Como é que essas pessoas são "de direita" agora? Quem ensinou isso a elas? É dinheiro que elas querem, afinal???
A esquerda brasileira se sente traída. Mas nunca foi esquerda de verdade.
Ser de esquerda nunca deu Ibope, aliás. Não vai ser agora...
Para ir além
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Postado por Julio Daio Borges
Em
18/8/2015 às 08h47
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