Uma História da Tecnologia da Informação- Parte 13 | Blog de Claudio Spiguel

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Terça-feira, 1/12/2015
Uma História da Tecnologia da Informação- Parte 13
Claudio Spiguel
+ de 2700 Acessos

Alô, caros leitores e leitoras... demorei mais do que pretendia para publicar este Epílogo, pois andei ocupado sendo Vovô pela OITAVA vez. Bem-vinda, LÍVIA PALKO SPIGUEL, minha terceira neta, nascida em 02 de Novembro p.p. Mas, voltando à vaca fria, esta Parte 13 é o Epílogo da Série: UMA HISTÓRIA DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO, que eu venho publicando neste meu blog. Lembro aos leitores e leitoras que não leram Partes 1 - 12, que vocês podem acessá-las "clicando" no Mais Claudio Spiguel aí embaixo no rodapé do texto.

Parece que não será muito fácil abandonar o tema tecnológico, principalmente porque boas perguntas continuam chegando dos leitores a respeito. Nas semanas desde a publicação da Parte 12, um leitor fez o seguinte comentário sôbre a série acima mencionada: "Você só fala das coisas boas da tecnologia da computação; seus exemplos são todos pioneiros, progressistas, como se só coisas assim existissem. Mas e as coisas ruins? E esses VÍRUS que quando entram no meu computador fazem da minha vida um inferno? Tudo na sua série parece ter um objetivo nobre; qual o objetivo dos vírus? AFINAL, PARA QUE SERVEM OS VÍRUS...?"

É possível que o leitor que fez esse comentário não se dê conta da profundidade da questão que êle levantou, motivado muito provàvelmente apenas pelo "inferno de vida" quando seu computador está "infectado". Na verdade, existe uma boa razão para esses programas indesejáveis a que o leitor está se referindo serem chamados de vírus, e essa razão é a similaridade deles aos vírus biológicos que causam consequências indesejáveis (infecções viróticas) em organismos vivos, como nós, outros animais, e plantas. O vírus de computador nada mais é do que um programa de computador, um conjunto de instruções, escrito em uma linguagem computacional como qualquer outro programa, e que viaja pelos mesmos tipos de mídia que qualquer outro programa, ou seja, discos fixos ou removíveis, e cabos de conexão entre computadores que formam redes de computadores, como a Internet (ver Parte 11).

Apenas o vírus é um programa que contém instruções que, em nossa linguagem, soariam mais ou menos como o seguinte: Toda a vez que você encontrar uma mídia computacional nova (discos, memória, cabos, etc.), faça uma cópia de você mesmo e coloque-a nessa mídia. É bàsicamente um programa do tipo DUPLIQUE-SE E INSTALE-SE POR ONDE PASSAR.

Incidentalmente, esses programas podem também conter instruções altamente daninhas, como APAGUE TUDO QUE ESTÁ NA MEMÓRIA OU DISCO RÍGIDO EM QUE VOCÊ ACABA DE SE INSTALAR, o que é suficiente para causar o "inferno de vida" de que falamos anteriormente. Ou ainda, pode causar os alto-falantes do computador emitir sons robóticos que soam sarcásticos como NÃO SE ASSUSTE, MAS INFECTEI O SEU COMPUTADOR, E O SEU DISCO RÍGIDO FOI TOTALMENTE APAGADO, seguido de uma risadinha eletrônica. Já pensaram que "inferno de vida"? Mas isso tudo é qualificado pela primeira palavra deste parágrafo: Incidentalmente!

A característica principal de um vírus de computador, a característica que o identifica como um vírus, é a instrução que diz DUPLIQUE-SE, escrita em uma linguagem que computadores obedecerão sem questionamento. Nós, humanos, podemos detestar isso o quanto quisermos, mas uma vez que essas instruções sejam escritas em uma linguagem reconhecida por computadores, estes a executarão da mesma maneira que executam instruções consideradas benígnas, como SOME DOIS NÚMEROS em um programa que emula uma calculadora, ou SUBLINHE ESTA FRASE em um programa de edição de textos, ou ainda AVANCE O PEÃO DO REI DUAS CASAS PARA A FRENTE em um programa que joga xadrez. Ainda mais, com os computadores hoje em dia conectados pràticamente a todos os outros computadores pela Internet (ver Parte 11), e com a facilidade de troca de discos, CD's, DVD's, "pen drives", etc., um programa que contém a instrução DUPLIQUE-SE E INSTALE-SE tem a capacidade de se espalhar como uma epidemia, e isso é o que realmente acontece, com centenas, milhares, milhões de cópias se espalhando pràticamente instantaneamente. O mundo cibernético de hoje é um paraíso para epidemias viróticas!



Os vírus biológicos são assustadoramente similares. Fundamentalmente um vírus biológico é um programa escrito em linguagem de DNA, que é exatamente como uma linguagem computacional, ao ponto de ser escrita em um código digital (quaternário — A-T-G-C). Como um vírus computacional, o vírus biológico simplesmente reza DUPLIQUE-SE E ESPALHE-SE! Não há aqui uma sugestão que os vírus, biológico ou computacional, querem se espalhar. Ocorre que para ambos, de todas as maneiras em que o seu código digital poderia se organizar em instruções, só aqueles que contém a instrução DUPLIQUE-SE E ESPALHE-SE acabam, de fato, gerando uma quantidade enorme de cópias de si mesmo, e se espalhando! Basta para isso que exista um maquinário pronto e capaz para executar as tais instruções, o que no caso do vírus computacional é a rede de micro e macro computadores interligados pela Internet, e no caso do vírus biológico é o maquinário celular existente nos seres vivos, incluindo nós, humanos, interligados como somos no ambiente em que vivemos, respirando o mesmo ar, e "trocando" células uns com os outros das mais variadas maneiras em que nos relacionamos (novamente, bem-vinda Lívia!!... :-).

É importante entender que os malefícios potenciais dos dois tipos de vírus são, como já mencionei, puramente incidentais, ainda que possam ter sido projetados por um programador mal-intencionado (computacional), ou por um laboratório de criação de armas biológicas (biológico). A verdade é que se os vírus não tivessem instruções do tipo DUPLIQUE-SE E ESPALHE-SE para garantir que êles continuem a existir, êles não existiriam. Os que não têm, ou nos quais tais instruções não funcionam a contento, morrem, vítimas de um processo de seleção natural. Diversidade e seleção natural no mundo biológico, e padronização (ou falta de) e homogeneidade no mundo cibernético (um vírus para os PC's perecendo em um MAC ou vice-versa...). E isso independentemente se o vírus computacional apaga ou não o seu disco rígido e faz gozação com você na tela e no alto-falante do seu computador, ou se o vírus biológico causa febre e problemas respiratórios no seu corpo.

A resposta ao leitor, portanto, é que não há um objetivo nobre, ou um porque para os vírus. Eles simplesmente existem porque são extremamente competentes em DUPLICAR-SE e ESPALHAR-SE, o que aliás é o objetivo puro e simples dos "vírus" que todos os seres vivos, incluindo nós, humanos, temos codificados digitalmente dentro de todas as nossas células (DNA), e que constroem nossos corpos para garantir DUPLICAÇÃO e ESPALHAMENTO, garantindo assim a permanência e a evolução da raça!

Agradeço a todos que viajaram comigo pelas 13 partes dessa viagem fantástica que foi UMA HISTÓRIA DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO. Continuaremos aqui no blog publicando sobre outros assuntos, ou seguimentos deste tema apaixonante, se comentários futuros de leitores assim o exigirem, e justificarem.


Postado por Claudio Spiguel
Em 1/12/2015 às 19h27

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