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Sábado,
12/12/2015
A eternidade e um dia II - Filmes
Mirian de Carvalho (e-mail: [email protected])
+ de 700 Acessos
Ao visitar o passado, encontro-me
criança a recompor a corrosão da vida.
Então, me ponho a demolir alicerces
de uma Babel construída entre sons inaudíveis.
Aos antigos címbalos, encomendo vozes e cabelos ao vento.
E visitando a soleira desta manhã, a poesia se desloca
em errância à passagem dos séculos.
Amores vividos me olham à distância.
E ao chegar à praia, minhas palavras dedilham
profundezas, continentes e versos, para abrigar
o que se foi.
Por isso, peço aos notívagos
que me vendam palavras para dizer do sentimento
adormecido e vivo nas minhas entranhas.
Se morrerei hoje ou amanhã,
isto a poesia não diz.
À beira dos abismos, estrangeiros
somos todos nós em busca da terra prometida.
A eternidade num dia?
Um dia ou a eternidade?
Escrevendo memorial de bonança ou desalento,
o tempo se faz eterno mote aguardando
glosa que o faça resistir aos saltos mortais
da luz em desespero.
Sem escolher chão ou céu onde pousar,
a eternidade se inicia na colher de açúcar
amenizando o café da manhã.
Postado por Mirian de Carvalho (e-mail: [email protected])
Em
12/12/2015 às 14h28
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