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Sexta-feira,
18/12/2015
Eu era uma castanha branca com sujo de rua
Aden Leonardo Camargos
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Imagem: L'Âme du Monde
Não sei o que aconteceu. Abaixei um pouco, meu coração sofreu. O ar sumiu.
No chão estatelou um eu bem seco. Eu era uma castanha branca com sujo de rua. Um dos meus dois melhores segredos o cachorro cheirou. Gostou só de um. Saiu dono de si com meu farrapo de você na boca... o bordado com iniciais balançava tão inútil! A gaivota que bordei não voava.
Daí que eu virei estrela esparramada no chão? Ficou tão de noite! As pessoas que passavam não entenderam. Falavam nada de poesia comigo. Saíam de mim? Tem hora que não sou poemas. Queriam me colocar de pé, pedindo números. Responder o quê para esses loucos?
_ O cachorro levou meu mundo? Era um embrulhado com cuidado, um guardado! Agora você quer número? Que importa número? Tem aqui tatuado! Olha aqui, esse maldito número!
Tudo que sobrou foi um pedaço quebrado, que uma gentil senhora oferecia de volta, molhando com água doce para que eu voltasse um ser amado.
Postado por Aden Leonardo Camargos
Em
18/12/2015 às 07h31
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