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Domingo,
7/2/2016
Na solidão dos objetos (Objetos)
Mirian de Carvalho (e-mail: [email protected])
+ de 800 Acessos
Antes da noite, o porão adormece
no leito de outro tempo escondido em antigos armários.
Nesse lugar, poucas descobertas me falam.
Mas, em todas elas, o passado
que pressinto meu.
A escada me convida à ascese. Dos filetes da lâmpada,
doces tentáculos chegam ao jardim de transparências,
atravessando a vida virtual e bela das rosas do vitral.
Vermelho nas corolas, o ímpeto da vida
derrama-se na sala, ignorando os sentidos
da véspera.
Sobre o chão, nada é perda ou desencontro.
Na solidão dos objetos, a poeira tinge de cinza
a dor do inútil.
(Do livro 50 poemas escolhidos pelo autor)
Postado por Mirian de Carvalho (e-mail: [email protected])
Em
7/2/2016 às 09h47
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