Através da campanha Vamos Sonhar Juntos, estou oferecendo meus serviços na área de fotografia e cinema a valores promocionais visando obter recursos para publicar meu livro de fotos As Tias do Marabaixo - Cultura Tradicional do Amapá em Fotografias.
Retomo hoje o tema do segundo texto da série, Valorize o cinema independente em sua instituição cultural, em especial a parte que fala da Oficina de Cinema Independente. Esta ação, em que compartilho a experiência que desenvolvi como cineasta, realizando, editando e circulando com meus curtas sem apoio empresarial ou governamental, costuma ser oferecida apenas a contratantes institucionais, ou seja, secretarias de Estado de Cultura e/ou Educação, prefeituras, SESCs e entidades similares. Até o momento, esse procedimento resultou em uma contratação, pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), que me chamou para realizar a oficina em seu campus de Jequié, em setembro passado.
A questão é que, seja via edital, seja por oferta direta, quem propõe a atividade cultural não tem garantia alguma que as instituições venham a contratá-la, o que, em alguns casos, acaba impedindo, na prática, que tais iniciativas cheguem ao público, como aconteceu com um curso que eu criei chamado Panorama Histórico da Música Brasileira, que foi realizado algumas vezes no Rio Grande do Sul entre 2004 e 2005 e que, sem atrair contratações desde então, acabei por descartar.
Quero crer, porém, que esse não deve ser o destino da Oficina de Cinema Independente. Mesmo que o apoio de uma instituição seja interessante para sua realização (afinal, estariam garantidos os recursos, as instalações, a impressão do material didático etc.), considero que ele não seja imprescindível, já que a lista de materiais necessários para a oficina é de fácil obtenção. A lista, disponível na
página de divulgação da Oficina, inclui alguns equipamentos como microfone e sonorização do ambiente, o que só seria de fato preciso se a Oficina for realizada num auditório. Os equipamentos de fato necessários são quatro ou cinco notebooks ou PCs, além de uma forma de os filmes a serem exibidos sejam vistos por todos - pode ser uma TV que leia pen drive, ou então um conjunto de tela e projetor, o que vai exigir também caixas de som. Mas, enfim, se a Oficina for realizada em uma sala pequena, bastaria a TV e os notebooks (fundamentais porque é neles que os filmes produzidos durante a Oficina serão editados). Outro equipamento opcional é um gravador portátil de áudio.
Considerando que a Oficina basicamente consiste em uma parte expositiva, onde eu apresento conceito e breve histórico do Cinema Independente, seguida da exibição de filmes como exemplo e a partir daí se parte para a filmagem e montagem de curtas pela própria turma de alunos, parece-me oportuno colocar a Oficina de Cinema Independente à disposição de associações, clubes, e mesmo grupos de interessados que contratem a oficina diretamente.
Como levar a Oficina de Cinema Independente para sua cidade
2 - Para viabilizar a Oficina, você precisa reunir mais 10 a 20 pessoas, com idade mínima de 15 anos. O valor que cada um irá pagar varia, pois o valor de contratação da Oficina é de R$ 3.000,00. Se você conseguir mais 10 pessoas, cada uma delas irá pagar R$ 300,00; se forem 15, R$ 200, cada uma; se conseguir 20, cada uma irá pagar R$ 150,00. Você, por estar ajudando a levar a Oficina para sua cidade, estará isento da cobrança. Lembrando, o valor, além de cobrir minhas despesas com a realização da Oficina, servirá também para custear a edição do livro As Tias do Marabaixo.
3 - Sabendo então do interesse da turma formada por você, começaremos a procurar um local em sua cidade onde se possa realizar a Oficina (cineclube, diretório acadêmico, salão de clube ou de hotel, escritório virtual, biblioteca etc.), a não ser que algum dos inscritos possa oferecer o local (a rigor, a Oficina poderia ocorrer numa sala ou até mesmo em uma garagem). Se o local onde a Oficina não for de propriedade de algum dos inscritos, verificamos junto aos responsáveis pelo local as datas possíveis e procuraremos, para o período entre maio e dezembro de 2016, a data que fique melhor para todos, lembrando que a Oficina deve ser agendada para três dias consecutivos, o que reduz muito os custos com passagens e hospedagem (se fossem três sábados, por exemplo, seriam necessárias três viagens minhas à sua cidade, o que na prática levaria embora todo o valor arrecadado com as inscrições).
4 - Não esqueça de verificar a possibilidade de conseguir para o período fixado os notebooks e a TV (ou projetor+tela+caixas de som), não tenho como levar isto de Belém para sua cidade. O que irei fornecer, além da apostila, serão os programas (softwares) de edição de áudio e vídeo com que iremos trabalhar durante a Oficina.
5 - Formada a turma, estabelecida a data e o local da Oficina, irei solicitar o depósito de 50% do valor (ou seja, R$ 1.500,oo, dividido entre os inscritos) para garantir a data para vocês. Aproximadamente uma semana antes da data agendada para o início, enviarei aos inscritos por e-mail a apostila da Oficina. O pagamento do saldo deve ser feito nos dias em que eu estiver em sua cidade.
* A colagem que ilustra o post foi feita durante a oficina de Jequié, um depoimento meu foi filmado para um curta dirigido pelo aluno Diego Brito e do vídeo eu extraí as fotos para esta montagem.