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Domingo,
3/4/2016
De volta ao porão
Mirian de Carvalho (e-mail: [email protected])
+ de 800 Acessos
Sem sobressalto, exígua luz entrevê
na poltrona o couro de antiga sela
cavalgando dilemas do desgaste
das horas.
Esgotada a vida nessa relva
de algodão e lassas molas,
não sei aonde me levará o dia
ao rastro do cavaleiro.
Que rumo seguir meu cavalo sem corpo?
Que rumo tomar entre cupins
e a indiferença do esquecimento?
Enquanto imagino rotas de seda,
a malha do tecido morre uma vez mais.
Cão sem dono ante a preguiça da vida,
meu cavalo corre atrás da cauda
para fugir da “ameaça de eternidade”.
Para fugir do tempo neutro.
Para fugir desse tempo,
não sei que direção seguir.
Salva-me do engano
a desrazão do incerto.
(Do livro 50 poemas escolhidos pelo autor)
Postado por Mirian de Carvalho (e-mail: [email protected])
Em
3/4/2016 às 11h08
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