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Domingo,
29/5/2016
Da razão do poema
Mirian de Carvalho (e-mail: [email protected])
+ de 900 Acessos
Reconheço-me no instinto das marés
batizando-se a si mesmas.
Reconheço-me em mansas turbulentas águas
batizando-me a pele.
Renasço no inchado ventre da espera
gerando o desconhecido.
Ao sentido dos amores e desamores,
resguardam-me os motivos dos intervalos.
Se me perguntas pela flexão do verbo
ou pela razão do nome, enlaço-me
à caligrafia dos não ditos
dilacerando vozes.
Mas sob tal fúria
não há dor nem desatino.
Todo fragmento torna-se epifania.
Antes da palavra, reconheço-me
antelinguagem matizando
orquídea e quaresma.
(Do livro 50 poemas escolhidos pelo autor)
Postado por Mirian de Carvalho (e-mail: [email protected])
Em
29/5/2016 às 12h29
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