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Sábado,
11/6/2016
Indefinições
Mirian de Carvalho (e-mail: [email protected])
+ de 700 Acessos
Ante o ermo das horas,
dos meus lábios flui aquilo que sinto.
Ou escondo.
Por isso reescrevo versos.
Por isso inicio diálogos com o desconhecido.
E a noite chega. E a casa dorme.
E no telhado repousam nuvens e teias.
E nas rosas de linha da cortina
sinto o perfume de flores vivas.
Mas a conjunção aditiva não ousa
sustentar palavra e carícia que,
do indefinido,
se façam completude.
E nada poderá conter o que findará
em cópula e beijo.
E assim a espera não se conclui.
A desfiar o tecido das vestes,
meu sangue flui.
Meu corpo estremece ante o desejo
de ser mensagem codificada.
Despojando-se à leitura.
(Do livro 50 poemas escolhidos pelo autor)
Postado por Mirian de Carvalho (e-mail: [email protected])
Em
11/6/2016 às 12h27
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