Que comecem os jogos! Finalmente, a polêmica Olimpíada, gerada há 7 anos, conseguiu nascer e que bom, apagou a horrível impressão deixada pela abertura da Copa em 2014. Parabéns, Brasil! Conseguimos um ponto e espero que se começou assim também termine bem. Vamos aguardar!
Porque o caminho até aqui foi duvidoso e cheio de percalços, pelos quais o brasileiro teve que passar por verdadeiras modalidades esportivo-sociais pra sobreviver. O país recebendo a Olimpíada pode ser comparado à uma família com sérios problemas hospedando parentes distantes, ou seja, todo mundo rindo pra todo mundo enquanto a cara dói.
A situação presidencial, os milhões de desempregados, escândalos que patrocinaram até casamento... Só mais alguns dos problemas que se agregaram a outros costumeiros. E aí, chegaram as prévias pra tocha correr estados e cidades gerando episódios à parte. Jogaram água, extintor, tentaram agarrar e nada... Ela continuou a queimar pra acender aquele sol maravilhoso! Exemplos de que não adianta a força bruta pra aquilo que já está definido.
É importante pensar que nessa brincadeira de Copa + Olimpíada o país gastou mais de 55 bilhões que poderiam ter sido usados para minimizar essa crise que há muito já era prevista, mas preferiram gastar com festa, a primeira mal sucedida, a segunda caminhando num rumo certo, ainda bem. Porém, trabalhar a imagem de uma nação é muito mais que mostrar sua alegria, como a dignidade, o respeito e a honestidade, por exemplo.
É sonhar demais que todo esse dinheiro chegasse à mão dos brasileiros, mas uma parte dele já faria enorme diferença na saúde, educação e segurança. As normas do COI (Comitê Olímpico Internacional) são duras e enquanto alguns países muito mais desenvolvidos se recusam a sediar eventos de custo tão grandioso, o Brasil o teve de bom grado. Claro, que um acontecimento desse pode levantar o local, como aconteceu com Barcelona em 92, mesmo assim, o comitê deveria exigir o mínimo de estabilidade política pra aceitar inscrições de países sede. O grande inimigo é o tempo que muda governos e a economia do mundo, porém o acompanhamento seria fundamental.
Também é lamentável que um evento desse porte não possa ser escolhido acontecer pelos habitantes da nação em questão, principalmente quando ela é instável economicamente. Um plebiscito seria ideal pra decidir por tantas cabeças, tudo bem, a Inglaterra se separou erroneamente num plebiscito, mas pelo menos eles tiveram a chance de ser perguntados sobre a escolha de seu país, já é um começo!
E o que vem depois? Como ficará o legado Olímpico? Muitas medalhas aos atletas enquanto os turistas e voluntários terão variadas e divertidas histórias pra contar. As construções deixadas ajudarão, sumirão? E quanto aos apartamentos que algumas delegações desprezaram, mas que viriam muito bem a calhar pra famílias desabrigadas ou morando em lugares inapropriados?
A Grécia, depois das Olimpíadas de Atenas, em 2004, abandou seus estádios e construções por serem muito longe dos centros e só foram usá-los o ano passado pra abrigar os refugiados da Síria e outros países em guerra. Curiosamente, outros países os transformaram em locais de aprendizado e incentivo ao esporte, enquanto outros os usam como simples estádios. Como num negócio, esse evento também gera perdas e ganhos retornando ou não o montante pelo país investido.
Outro ponto curioso é que, a segurança foi reforçada e grandes resultados com apreensão de drogas e até terrorismo, uma situação atípica pro país, foi tratada com empenho obtendo sucesso. Então, se conseguem por um mês, por que não demonstrar essa insistência sempre?
Agora já foi! Independente do que falemos, a Olimpíada começou e graças a Deus superou as expectativas, mostrou o que tem de melhor e mandou um recado político sútil e refinado de esperança e fé mundo afora. Definitivamente brasileiro enfrenta poucas e boas, mas não esmorece! O país amanheceu com a imagem mais fresca que a de ontem, não é a solução mágica, mas já que Inês é morta, usar essa energia boa pra crédito em outros setores e quando tudo acabar, volte a uma normalidade diferente.
Essa é uma visão simplista num quadro de números infinitos, porém são as informações buscadas em veículos que querem fazer bonito literalmente "pra inglês ver"!