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Terça-feira,
23/8/2016
Primeiro Debate dos Candidatos à Prefeitura
Julio Daio Borges
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Assisti mais por curiosidade. As eleições não estão longe, mas os escândalos no noticiário são tantos que querem adiar o assunto o mais que podem. Com o fim das Olimpíadas, porém, não têm como adiar mais
Me parece que todos os candidatos têm telhado de vidro e, mais uma vez, vamos votar "no menos pior". É lamentável, depois de tudo o que aconteceu na política desde a eclosão da Lava-Jato. Mas o fato é que a política brasileira não se renovou (como, aliás, é desejado desde as manifestações de 2013!)
Vale um puxão de orelha nos partidos novos - ou que se denominam assim - e nos movimentos de rua, que poderiam ter lançando um candidato próprio ou que até poderiam ter apoiado um candidato do establishment - mas não se pronunciaram e, hoje, deixam o eleitor sem opção, mais uma vez
Como foi o primeiro, me pareceu um debate "de aquecimento". Não vou entrar muito nos temas, porque considero que foram abordados superficialmente. Prefiro falar um pouco de cada candidato - do que imaginava de cada um; do que acabei vendo; e do que concluí a respeito
Começando pelo Major Olimpio. Você nunca deve ter ouvido falar nele (nem eu). Me pareceu o azarão do debate. Como não tem nada a perder, bate em quem é governo ou em quem está na frente, para ver se consegue algum Ibope. Agora, o interessante foi descobrir os "bolsonaristas" das redes sociais elogiando um candidado, no máximo, sofrível. Aí tem coisa. Mas não tem nenhuma chance. Não ameaça ninguém
Na sequência, o Haddad. Depois de uma gestão, diuturnamente, criticada, ou ele é muito sem noção (de se apresentar), ou é muito cara de pau mesmo. Quando perguntaram para ele do João Santana na sua campanha e ele não respondeu; ou quando veio falar que as multas não aumentaram e o auditório deu risada - você percebe que ele, simplesmente, adotou o padrão "PT" de negação da realidade. Parece um louco falando. Parece a "afastada" em seu delírio. Carta, provavelmente, fora do baralho. (Espero)
João Doria Jr. começou bem o debate, melhor do que eu imaginava. Mas sua postura muito ensaiada, querendo passar um excesso de informações, soou meio artificial. Vestido como um catálogo de moda, muito arrumadinho, não convence 100%. Parece "distante", não combina com o lado feio de São Paulo, por exemplo. (E sabemos que ele existe.) Precisa aprimorar sua "persona" política. Não foi dessa vez, Doria (não foi dessa vez, Alckmin)
Russomano, por incrível que pareça, me surpreendeu. Acho que está mais tranquilo, porque está na frente (não se sente na obrigação de bater em ninguém). Passa até uma certa serenidade. Mas, dele, devemos desconfiar bastante - veio da televisão, domina a linguagem etc. Foi o que melhor se saiu. Se não tivesse um lado obscuro - que ninguém explica (muito menos ele) -, convenceria muita gente... Quase ganhou a última eleição. Devemos ficar de olho. É perigoso
A Marta Suplicy começou mal. Acho que nervosa; enrolando a língua. De acordo com o que ela mesma revelou, apanhou muito com sua mudança de partido. E na internet, pelo visto, continua apanhando bastante. Abalou muito sua auto-estima - que era alta. Foi se saindo melhor à medida que o debate avançou... Ela conhece a cidade, sabe das limitações todas e me pareceu, depois de tudo, humilde. Prometeu não ser a Marta "das taxas", de novo. O problema é que tem um longo passado com o PT - e isso é difícil de se apagar na memória das pessoas... Vamos ver
Enfim, não enxergo muita escapatória. Ficamos entre o PSDB, oposição frouxa, e o PMDB, um poço de escândalos. Ou os evangélicos; ou a extrema direita. Ou o PT (sim, o PT). Lamentavelmente, esse é o cenário. Mais um ano sem renovação em São Paulo. Não anima. É uma pena. (Oremos)
Para ir além
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Postado por Julio Daio Borges
Em
23/8/2016 às 10h34
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