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Sábado,
27/8/2016
Rua da infância
Mirian de Carvalho (e-mail: [email protected])
+ de 1000 Acessos
Belas não eram as casas que ao pó retornaram.
O verde das árvores inascidas teu ventre não gerou.
Com pedrinhas de brilhante não te ladrilhei
só para ver meu bem passar.
Apontando lanças aos dragões de nuvem, precioso
não era o metal dos teus gradis. E ao retorno da festa
não havida, topázios e avencas não substanciam
a matéria que me atormenta os passos.
Sem desespero, a comungar esquecimento
e aguçada memória da missa de domingo, bela se faz
tua impossível arquitetura dos vivos e dos mortos.
E à dobra da esquina, belo o arcaísmo da placa
onde o nome do poeta abre feridas e asas
ao infinito limite em corroído azul.
(Do livro 50 poemas escolhidos pelo autor)
Postado por Mirian de Carvalho (e-mail: [email protected])
Em
27/8/2016 às 09h47
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