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Sábado,
10/9/2016
A rede
Mirian de Carvalho (e-mail: [email protected])
+ de 800 Acessos
No deserto da casa eu me refugio.
Não me assusta a noite que adere à vidraça.
Preciso do passado e do rumor do dia.
Objeto amado, conforta-me o corpo.
O quarto acolhe a rede dobrada,
vincando manchas no pano que
me envolve fio a fio, ao vestir-me
nas horas de antes.
Dentro das malhas de franjada ourela
acaricia-me o corpo esta penugem
do bege desgaste a transpirar comigo.
Beijos ruborizando-me o ventre.
O macho cobrindo-me os seios.
Movem-se na rede vestígios de mim.
Conforta-me o corpo, objeto amado.
(Do livro 50 poemas escolhidos pelo autor)
Postado por Mirian de Carvalho (e-mail: [email protected])
Em
10/9/2016 às 09h11
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