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Sábado,
29/10/2016
O tempo e a água (série: sonetos)
Mirian de Carvalho (e-mail: [email protected])
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Coroado de brilho e desafio,
se ligeiro ou lento à sua captura
ou em fuga da hora que o fratura,
faces do tempo remoto ou tardio.
O que dele não sei, ao rodopio,
não sei das ilhas de luz em lonjura,
nem da água que ao fluir se enclausura
entre os limos do passado arredio.
E igual à cera ao redor do pavio
a gotejar negando-se à planura,
o tempo e a fonte encobrem o vazio.
Destinada à trama que os transfigura,
com eles compartilho o desvario
de querer eterno o que não perdura.
(Do livro Vazadouro)
Postado por Mirian de Carvalho (e-mail: [email protected])
Em
29/10/2016 às 09h45
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