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Sábado,
3/12/2016
No rastro de Augusto dos Anjos (série: sonetos)
Mirian de Carvalho (e-mail: [email protected])
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Da asquerosa hemorragia ao bacilo,
o que poderia nascer não vive,
não guarda motivo que ora o cative
não conheceu nem leite nem mamilo.
Do feto, o que gorou sem redimi-lo
ao gosto do fel que o alimentou,
o que poderia ser não vingou
quando o refúgio exilou-se em sigilo.
No rastro dessa vida que amesquinhas,
ó medo, o coração se fragmenta,
debatendo-se no sangue das rinhas.
E no vazio que a pedra alimenta,
soletra a poesia as entrelinhas
lendo da sorte o que nos atormenta.
(poema inédito até então)
Postado por Mirian de Carvalho (e-mail: [email protected])
Em
3/12/2016 às 09h20
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