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Sábado,
17/12/2016
Meus caminhos no Centro do Rio
Mirian de Carvalho (e-mail: [email protected])
+ de 800 Acessos
Prezados leitores,
No dia 12 de dezembro deste ano de 2016, fui agraciada (1º lugar) com o Prêmio João do Rio – Poesia 2016 da Academia Carioca de Letras.
A ACL me concedeu também a Medalha José de Anchieta. Por isso, interrompendo hoje a série “Sonetos”, escolhi para publicação o poema Meus caminhos no Centro do Rio que foi apresentado naquele concurso literário.
Ruas de ontem e de hoje seguem meus passos.
Nalgumas, danço samba. Noutras, declamo rap.
Indo ao passado, meu corpo a girar no lundu:
“A lua vai saí e eu vô girá.”
E Chiquinha Gonzaga ao piano.
Na Sete de Setembro, reencontro meu pai
comprando verniz pra algum quadro que pintou.
E pra outros jamais realizados. A papelaria:
caixa de luzes que ora me colorem o tempo.
E o Rio nas telas de Heitor dos Prazeres.
Pelos jardins sagrados, Dom João Evangelista
cantando poemas de Cecília Meireles. Ah! Cecília
e o mar! De então, rumo à Praça Mauá, desço
o morro de São Bento, como quem desce
a ladeira do mundo para ganhar o porto aberto
a todos os versos que vão dar nas águas.
E Bentinho a passeio no Largo da Prainha.
Pavões. Cotias: ─ Parece cachorrinho!
Foi no parque junto à rua de Santana.
Lenço no cabelo, minha madrinha e mamãe.
Até hoje na fotografia o sol nos ilumina o rosto.
E os roteiros de Tiradentes e João Cândido.
Das vielas às avenidas, meus devaneios.
Na Almirante Barroso, ainda ergo palanque
no saguão do prédio que não mais existe.
E em meus lábios flui a palavra “utopia”.
Trilhas da cidade, destino que me chama.
Pés amorosos aos caminhos que escolhi.
Postado por Mirian de Carvalho (e-mail: [email protected])
Em
17/12/2016 às 17h13
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