Começou na última quinta-feira, 15, e vai até o próximo domingo, mais uma festa da imagem e do som: O Festival Internacional do Documentário Musical que aporta mais uma vez em algumas salas de cinema da capital paulista.
O In-Edit, como o evento é conhecido, chega à sua 9 edição com um verdadeiro desfile de registros de ritmos, cenas musicais e formatos para nenhum cinéfilo ou amante da música desgostar ou nem comparecer.
Neste ano serão exibidos 60 filmes pulverizados em vinte salas da cidade como CineSesc, Centro Cultural São Paulo, Olido, MIS, Cinemateca e Matilha Cultural, sem contar as 17 salas do circuito Spcine. Outro motivo relevante para não deixar de ir é que serão exibidos muitos filmes que simplesmente não entrarão em cartaz no circuito comercial brasileiro, isto é, oportunidade única.
Os homenageados deste ano são o Punk e Tropicália, movimentos musicais sobretudo que comemoram quarenta e cinquenta anos respectivamente. A Mostra 40 Anos de Punk reúne 11 títulos nacionais e estrangeiros que vão desde “Garotos do Subúrbio”, o primeiro filme de Fernando Meirelles (1983), “Botinada!”, de Gastão Moreira (2006), a “Rude Boy”, de Jack Hazan e David Mingay (1980,) “Rough Cut and Ready Dubbed”, de Hasan Shah e Dom Shaw (1982); sem contar o show, exclusivo para o festival, da banda Restos de Nada, pioneira do gênero que se reúne após muitos anos.
Já a Mostra Meio Século de Tropicalismo reúne o imperdível clássico “Os Doces Bárbaros”, de Jom Tob Azulay, - com apresentação ao ar livre na Cinemateca -; “Tropicália”, de Marcelo Machado, e “Rogério Duarte - O Tropikaoslista”, de José Walter Lima assim como debates sobre o tema.
Parte do Panorama brasileiro, que faz um balanço do produzido recentemente do documentário musical do país, em curtas e longas, a aguardada Competição Nacional, selecionou 5 títulos inéditos. “O Piano que Conversa” , do diretor Marcelo Machado, nos leva a uma viagem ao mundo e sons por meio do “piano” de Benjamin Taubkin, “Perdido em Júpiter” , dirigido por Deo, é um filme sobre a figura de Júpiter Maçã, realizado através de pesquisas realizadas no Youtube; “Serguei, o Último Psicodélico” , de Ching Lee, Zahy Tata Pur’gte, reúne entrevistas de pessoas revelando histórias sobre um dos maiores ícones do rock nacional; “Sotaque Elétrico” , de Caio Jobim e Pablo Francischelli, fazem um panorama da guitarra elétrica no Brasil e como a identidade brasileira neste instrumento – que é difusa como a identidade nacional – se constrói. Completam a Competição “Eu, Meu Pai e Os Cariocas - 70 anos de música no Brasil” , de Lúcia Veríssimo, em que a diretora – e também atriz - conta a história de parte da música brasileira por meio do grupo de seu pai, Severino Filho, do grupo Os Cariocas.
O júri deste ano é formado por profissionais do cinema e da música como: Marcelo Costa, do Scream & Yell, editor e responsável pelo maior site de música independente do país; Roberta Martinelli, apresentadora de TV e rádio, criadora e curadora do Cultura Livre; Helena Ignez atriz e diretora, começou a carreira com Glauber Rocha e atuou em quase todos os filmes de Rogério Sganzerla e Duda Leite, cineasta e curador do Music Video Festival. O vencedor deste ano será o representante do Brasil na edição espanhola do In-Edit, em outubro, na cidade de Barcelona.
O blog trará indicações, resenhas e críticas dos filmes ao longo da semana, além dos horários em que os filmes indicados serão exibidos. Caso não queira esperar – rs - acesse a programação no site: http://br.in-edit.org/.
Bons filmes!