Se você não conhece Boogarins, corra para qualquer lugar onde possa encontrar informações e músicas dessa banda de rock Psicodélico com toques de Progressivo, formada em 2012, em Goiânia, idealizada primeiramente por Fernando "Dinho" Almeida (vocal e guitarra), integrante de outra banda do mesmo estado chamada Ultravespa e e Benke Ferraz (guitarra solo e sintetizadores), Logo depois entraram Hans Castro (bateria) , substituído posteriormente por Ynaiã Benthroldo , ex-Macaco Bong, em 2014, e Raphael Vaz (contrabaixo) , do projeto Luziluzia.
A história é incomum. Fernando e Benke, amigos desde a escola, realizaram algumas gravações caseiras e enviaram um EP para diversos sites, selos e revistas nacionais e internacionais via internet. Sem obterem resposta imediata de interessados no país, surgiu interesse gringo, e assim conseguiram contrato com a Other Music Recording, famosa loja de discos americana que se transformou em gravadora. A distribuição ficou a cargo da Fast Possum Records de bandas como Black Keys e Iggy and the Stooges.
Este é um dos motivos para o fato de a banda ser muito mais famosa fora do Brasil que aqui - cantando em bom Português! Ano passado rodaram o mundo com média de um show a cada três dias, com quase 110 apresentações! Para se ter uma pequena noção, em junho passado, realizaram nos Estados Unidos cerca de 24 apresentações apenas nesse mês.
Então o quarteto entrou em estúdio, e em 2013, lançou o disco – em formato de vinil também - As Plantas que Curam e seguiu em turnê europeia tocando nos principais festivais do mundo como South by Southwest – o SXSW -; Rock In Rio, Primavera Sound, Bananada e Levitation.
De 2015 para cá, lançou o disco Manual, ou Guia Livre de Dissolução dos Sonhos, indicado ao Grammy Latino, foi notícia em diversas publicações como The Guardian, New York Times e, ano passado, fez uma apresentação completa na importantíssima rádio de música indie de Seattle, KEXP, nos Estados Unidos.
No início deste ano, lançaram o EP Desvio Onírico, ao vivo, com registro de apresentações da banda em diversos desses festivais pelo mundo. O trabalho conta com quatro músicas todas com mais de nove minutos, que são: “Tempo” , “Infinu” , “Auchma” , e “Manchaca” , uma jam-session realizada em uma casa/estúdio que o grupo teve estadia em Austin, no Texas. Por fim, de maneira totalmente surpreendente, a banda jogou no Youtube e em outras plataformas, sem aviso prévio, o disco Lá Vem a Morte, gravado no estúdio Manchaca Roadhouse, no Texas. Das novidades do álbum podemos listar, a presença do Ynaiã como compositor e a maciça presença de sintetizadores pilotados por Raphael Vaz.
Show poderoso ao vivo, lisérgico e com a sinestesia de um som colorido, a banda prolonga a música em verdadeiras jams que possuem uma ambientação sonora que transforma um ‘simples’ show em uma experiência quase ritualística, ou totalmente! Recomendo!
E hoje tem show no Sesc Belenzinho, SP, 21:30, vamos colar?!?!?!