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Domingo,
12/11/2017
O que sei do tempo II
Mirian de Carvalho (e-mail: [email protected])
+ de 600 Acessos
Para ressuscitar, nossos pássaros
reinventam motivos encantatórios.
Emplumados de cio, eles respondem
ao pólen da tarde aberta ao desejo.
Do tempo do pranto ao da fantasia,
entre lugares diversos, a caminhada
movimenta a solidão que me desgasta
as solas dos sapatos.
Ao preparo do unguento
que me suavizará as lacunas
da vida, mastigo flores.
Bebo as horas.
Debaixo do céu, para todos
os propósitos há um tempo.
Há intervalos do tempo.
À espera de sua passagem.
À espera de sua demora.
(Do livro Nada mais que isto. São Paulo: Scortecci)
Postado por Mirian de Carvalho (e-mail: [email protected])
Em
12/11/2017 às 14h08
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