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Sábado,
25/11/2017
O que sei do tempo III
Mirian de Carvalho (e-mail: [email protected])
+ de 700 Acessos
No convívio amoroso com a pintura
ilumina-se o deslizar dos pincéis
bordando o linho. É lilás a cor
da memória, me diz o pintor.
Mas das tintas do vindouro
nada posso dizer. Nem as telas.
Quando morrem as luzes,
não sei para onde vão as vidraças.
Quando se ausenta o burburinho
das cores, existirá vida?
Sei apenas que há um tempo
de inexistente resposta.
De tanta lembrança, o mundo
se tinge de matizes.
Como se fossem pássaros, as cores
do quadro sobrevoam-me a casa.
Entre o lilás e a véspera, a memória
invade meu canteiro de violetas.
(Do livro Nada mais que isto, São Paulo: Scotecci)
Postado por Mirian de Carvalho (e-mail: [email protected])
Em
25/11/2017 às 10h40
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