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Sábado,
21/4/2018
Os galos
Mirian de Carvalho (e-mail: [email protected])
+ de 700 Acessos
Para Luiz Ventura
Compondo a plumagem das tintas,
os galos cantam as cores das aves terrenas
diante do sol iluminando brasilidades
que acolheram caravelas portuguesas
e sonoridades d’África.
Esses galos rememoram
a tecelagem do dia no poema de João Cabral.
E antigos quintais de Belchior.
Um deles canta as aflições de São Pedro.
E todos sonorizam angústias humanas
levando matizes de esperança
aos sertões e cidades.
Ante as dobras da noite,
os galos costuram a manhã
nas Três Marias pontuadas no chapéu do Setestrelo.
Por encantação, as três estrelinhas
se transformam em asas festejando o sol.
Na madrugada, elas são lamparinas
guiando o chapéu do Conselheiro do Nordeste.
Então, compondo tintas do sono,
os galos dormem para redobrar
as cores do canto do dia seguinte.
Postado por Mirian de Carvalho (e-mail: [email protected])
Em
21/4/2018 às 16h56
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