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Segunda-feira,
26/8/2019
INDEFINIÇÕES
Mirian de Carvalho (e-mail: [email protected])
+ de 2100 Acessos
Dado o ermo das horas,
dos meus lábios flui aquilo que sinto.
Ou escondo.
Por isso reescrevo versos.
Por isso inicio diálogos com o desconhecido.
E a noite chega. E a casa dorme.
E no telhado repousam nuvens e teias.
E nas rosas de linha da cortina
sinto o perfume das flores vivas.
Mas a conjunção aditiva não ousa sustentar
palavra e carícia que, do indefinido,
se façam completude.
E nada poderá conter o que findará
em cópula e beijo.
E assim a espera não se conclui.
A desfiar o tecido das vestes, meu sangue flui.
Meu corpo estremece ante o desejo
de ser mensagem codificada.
Despojando-se à leitura.
Do livro 50 poemas escolhidos pelo autor.
Postado por Mirian de Carvalho (e-mail: [email protected])
Em
26/8/2019 às 10h03
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