Ás vezes, quando somos jovens, por não ter uma vivência maior, as coisas parecem fáceis demais. É aí que nossos planos podem dar muito certo ou totalmente errados. Acrescente a isso uma crise econômica inesperada e todos os fatores que ocorrem a partir disso...
Com certeza você vai chegar ao termo “caus financeiro”. Quando se é jovem, então? Caraca, ninguém merece! Queremos tudo e não temos nada, tanto a conquistar e muitas ofertas irresistíveis que aglomeram sonhos e conquistas numa vida que mal começou.
E seja por razão de estudos, vontade de conhecer o mundo, ajudar a família ou conquistar status e independência, atropelamos e contamos com algumas cartas que nem sempre podem se concretizar. Desse modo, investimos baseados em concursos que não chamam, empregos que não estão seguros, ganhos que não acontecem e voltamos diversos passos atrás, pra não dizer a estaca zero.
Esses ainda estão no lucro, em detrimento daqueles que ficaram endividados e não puderam terminar suas faculdades, tiveram que voltar a morar e depender dos pais, perderam seus carros e em consequência disso, relacionamentos, estabilidade e uma chance de conquistas a flor da idade. Se muitos adultos encontram-se nessa mesma situação, imagine os jovens que passam por isso pela primeira vez e ainda tem que assistir seus pais em situação similar, sendo quem sabe, usados como único apoio disponível.
Abrangendo um campo maior, há jovens no mundo que independentemente de situações de crise, não sabem se organizar financeiramente e nem recebem ajuda de alguém. Crescendo como adultos desastrosos que não sabem controlar seus gastos e ganhos, rendendo contas que não conseguem ser pagas. Tudo isso se deve a falta de educação financeira, que ao contrário do que dizem, também precisa vir do berço.
O problema é que apenas uma mínima parcela recebe esse tipo de orientação e ainda falta muito pra que algumas instituições aprendam a valorizar o consumidor cidadão, um indivíduo social que merece ser respeitado e conservado como cliente assíduo. Mas em vez disso, preferem “fidelizá-lo” com dívidas, combos de produtos que não interessam, tarifas exploratórias, juros e propostas surreais que prometem a reorganização financeiramente, porém no fim só auxiliará mesmo a instituição na cobrança descabida da “bola de neve”.
Acreditem, o mundo real tem muito disso. Falar nas entrelinhas pra tornar o inexperiente em especialista na marra. Contudo, thanks God, existem alguns jovens que são entendidos e disciplinados com as finanças. Geralmente, pessoas que receberam o exemplo e puderam acompanhar a família ou a escola, aprendendo o valor do dinheiro ou que estranhamente, se interessaram precoces pelo assunto e felizmente era o tema certo.
Entretanto, a maioria ainda se interessa e deposita sua energia voraz em boys bands e super heróis, me incluo nessa. Inocentes e contentes, sem saber que o futuro nos espera ali na porta com um bilhete precificado só de ida pra terra da “oportunidade”.