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Sábado,
26/3/2022
Primeira bem-aventurança
Mirian de Carvalho (e-mail: [email protected])
+ de 3800 Acessos
Para: João Pedro Stédile
Eu sou pobre, pobre, pobre
De marré, marré, marré
Eu sou pobre, pobre, pobre
De marré deci.
Mateus, no Sermão da Montanha
e Lucas, no Sermão da Planície
na devida ordem, chegariam à nossa era:
“Bem-aventurados os pobres de espírito
porque deles será o reino dos céus.”
“Bem-aventurados vós, os pobres,
ai de vós, os ricos!”
Ouvindo agora a voz de Lucas
não me diz a pobreza e a riqueza
medidas por moedas de ouro e prata.
Ricos, os poderosos, os opressores,
entre eles, mandatários e carcereiros.
Pobres, os seguidores do Cristo
os que se opõem ao mando
os que almejam fraternidade
nos arredores da Galileia.
E mundo afora.
Das palavras de Lucas,
vós, que sofreis a pobreza material,
podeis lutar contra a escravidão.
Das palavras de Mateus,
vós, pobres de espírito e discernimento,
podeis um dia enxergar a luz.
Das palavras dos Evangelistas
possamos nos valer todos nós.
Bem-aventurados vós, os pobres,
que sabem dividir o pão e os peixes.
Bem-aventurados vós, os pobres,
porque assim merecem o vinho.
Bem-aventurados vós, os pobres,
que desejam compartilhar a terra.
Bem-aventurados vós, os pobres,
porque almejam dividir a colheita.
Eu sou rica, rica, rica
De marré, marré, marré
Eu sou rica, rica, rica,
De marré deci.
Bem-aventurados esses pobres,
porque são ricos de marré deci.
Bem-aventurados esses pobres
porque podem virar a mesa.
(Série: Poemas dramatúrgicos)
Postado por Mirian de Carvalho (e-mail: [email protected])
Em
26/3/2022 às 18h56
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